O mercado da mediação de luxo não funciona como o tradicional.
As empresas não funcionam com franchisados, as comissões podem chegar a 6% e nem sempre são fixas. Além disso, a carteira de imóveis é sempre mais reduzida, mas mais exclusiva, podendo as casas ultrapassar 20 milhões de euros.
1. As empresas que dominam o mercado
São pelo menos cinco as empresas de mediação de luxo em Portugal. A Luxus, com uma loja em Lisboa e outra em Cascais, é uma delas. É a única 100% portuguesa e já actua neste mercado desde 1990. No início de 2008 chegaram a Portugal mais duas: a Sotheby’s e a Christie’s. A primeira permanece, com cinco lojas, mas a segunda já saíu do país (ver texto ao lado). Já este ano, foi criada a IRG Luxury e a britânica Fine & Country abriu as primeiras duas lojas em Portugal (Algarve e Madeira). Por fim, opera ainda no País a alemã Engel & Volkers, a única em regime de ‘franchising’. As restantes actuam em nome próprio ou num sistema de afiliação: escolhem um representante que use o nome nas transacções, como era o caso da Christie’s. A Remax, atenta ao mercado, também criou uma divisão que vende casas de luxo.
2. Negócio (quase) imune à crise económica
2. Negócio (quase) imune à crise económica
O negócio da mediação de luxo continua menos vulnerável à crise. Segundo o administrador da Sotheby’s, Tiago Queiroga, o que se nota é que “os negócios que se fechavam em três meses agora demoram seis”. Contudo, não falta negócio. A recém-criada IRG Luxury já vendeu mais de metade dos apartamentos do Palácio Estoril Residências, onde os preços rondam quatro milhões de euros. A Sotheby’s é, apenas quatro anos depois de entrar em Portugal, a número um na rede internacional da empresa em termos de novas angariações. Além disso, as casas que vende custam, em média, um milhão de euros e a mais cara que vendeu o ano passado custou três milhões. Esta situação explica-se por haver muitos estrangeiros, nomeadamente brasileiros, a apostar em Portugal, não tanto no Algarve, mas mais em Lisboa, Estoril ou Cascais.
3. Comissões de 6%
Nas mediadoras tradicionais, como a Remax ou ERA, a comissão cobrada pelo mediador é de 5% e, segundo os responsáveis dessas empresas, o valor é fixo. Nas mediadoras de luxo, apesar das casas serem mais caras, a comissão é de 6% e nalguns casos pode ser variável. A IRGlux pratica comissões que oscilam entre 3% e 6%.
4. Casas a partir de um milhão de euros
As casas à venda nestas mediadoras de luxo não custam menos de um milhão de euros e há casos em que podem mesmo ultrapassar 20 milhões de euros. É o caso de moradias na Quinta Patiño, em Cascais, na Quinta do Lago ou Vale do Lobo, no Algarve ou até de um palacete histórico em Lisboa.
Fonte: Económico
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