
Há, porém, duas coisas que os utilizadores devem saber acerca deste empréstimo: a primeira é que durante os 14 dias em que o livro estará na posse da pessoa a quem se emprestou a obra, o proprietário original do e-book não poderá ter acesso a ele; a segunda é que só se pode emprestar cada livro uma única vez.
Convém igualmente explicar que a decisão de tornar as obras disponíveis ou não para empréstimo está a cargo das diferentes editoras e não da Amazon. Os analistas acreditam que esta decisão de empréstimo – que, na prática, ainda não se sabe como vai acontecer, se via wi-fi ou 3G – foi “forçada”, após a cadeia de livrarias americana Barnes&Noble ter criado a tecnologia “LendMe” com o mesmo propósito, para os seus aparelhos Nook.
O Kindle – da gigante online Amazon – é um aparelho para ler livros e jornais em formato electrónico que começou a ser vendido para Portugal há cerca de um ano. O dispositivo funciona através de wi-fi e da rede 3G e é possível descarregar (em qualquer lugar onde esta rede tenha cobertura) os e-books que se compram na Amazon. É igualmente possível fazer o download de livros através do computador, e depois passá-los para o dispositivo.
Para além da novidade anunciada pela Amazon para os livros electrónicos, há outra: até ao momento, a imprensa periódica comprada através do Kindle só podia ser lida nesse dispositivo. Dentro de pouco tempo, isso irá mudar. A Amazon irá certificar-se que os assinantes de jornais e revistas através do leitor de e-books poderão ler esses títulos através das aplicações para outros dispositivos móveis, como o iPhone, o iPad, o iPod Touch e smartphones com o sistema operativo Android.
Estas novidades da Amazon acontecem numa altura em que se está a operar uma revolução na maneira de ler. A empresa anunciou igualmente esta semana ter vendido, durante o mês passado, mais livros electrónicos para o Kindle do que livros de capa dura e de capa mole combinados das listas dos 10, 25, 100 e 1000 livros mais vendidos.
Além disso, a Amazon também informou que já vendeu até este mês de Outubro mais aparelhos Kindle de nova geração (lançado em Agosto último) do que durante todo o último trimestre do ano passado, que costuma ser o mais forte do ano. O próprio aparelho está entre os artigos mais vendidos quer na loja americana quer na loja britânica da Amazon – mas a empresa nunca revela números de vendas. Sem custos de armazenamento e transporte, o negócio dos livros electrónicos permite à gigante dos livros online grandes margens de lucros.
Analistas estimam que o próximo Natal será uma época forte para os leitores de e-books. Para além do Kindle – que foi o primeiro a aparecer – há outros modelos, de diferentes empresas, a competir por quota de mercado, nomeadamente o Nook, da Barnes&Noble (que deverá em breve lançar um novo modelo, mesmo a tempo das compras natalícias), e o Sony Reader.
Na semana passada, a Fnac anunciou igualmente o lançamento do seu FnacBook, que estará disponível em França (de onde a empresa é originária) no próximo mês de Novembro. O PÚBLICO já tentou saber quando estará este aparelho à venda em Portugal mas até agora ainda não conseguiu obter qualquer resposta.
Fonte: Público
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