terça-feira, 30 de novembro de 2010

Canadians Say Yes to Social Media

Nearly 60% of internet users visit social networks monthly

Canada boasts some of the world’s highest internet penetration and social networking usage rates. Social network users view social media as their online home—a hub for communication, entertainment and information.
“Canadians readily adopt social network activities, often at rates higher than users in the US, but gaining the trust of users on a social network is a brand manager’s biggest obstacle,” said Mike Froggatt, eMarketer research analyst and author of the new report “Canada Social Media Marketing.”
By year’s end, eMarketer estimates that about 15.1 million internet users in Canada will have visited social networking sites at least monthly, up from 13.6 million in 2009. Penetration will rise from 59% of the internet audience this year to 68% by 2014, when 18.4 million people in Canada will be socializing online at least once a month.

Social Network Users in Canada, 2008-2014 (millions and % of internet users)

As in the US, Facebook is far and away the top social networking site in the country, with Twitter coming in third by unique monthly visitors, according to comScore.

Usage Metrics for the Top 10* Social Media Sites in Canada, Sep 2010

“As internet users increase the time they spend on social networks, social media accounts for an increasing share of ad impressions,” said Froggatt. “Prices remain low because of abundant inventory, but increasing budgets and competition for inventory will drive prices up. As a result, now is the time for brand managers to test new social media campaigns on users.”


Source: eMarketer

Mobile Marketing essencial para 2011

Estudos recentes realçam a importância do mobile marketing em 2011, particularmente pela massificação da Internet no telemóvel que em 2014 ultrapassará a utilização nos desktops.

Mobile marketing could be an essential aspect of marketing in 2011, following the comments of one expert.
Assessing figures from recent surveys, Greg Sterling, writing in a guest post for Search Engine Land, suggests that mobile marketing will be particularly important when targeting users aged between 18 and 27.
Citing survey results from Opera.com, he notes that in 11 countries out of 13, mobile internet use outstrips desktop.
While some of this year's reports predict that mobile internet and location-based services will not take off, Mr Sterling encourages firms to take notice of figures suggesting otherwise.
Data from Morgan Stanley, he notes, predicts that mobile will be more widely used than desktop internet by 2014.
Managing director of YOC UK Christian Louca commented earlier this month that mobile is a natural choice when it comes to internet search - especially when the information people are searching for is time-sensitive.
Meanwhile, he also stated that - for this reason - mobile search could be a much bigger opportunity for brands than apps.


Source: e-goi

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não dê cargos. Dê projetos para a geração Y

Martin Nelzow, diretor-geral da Boehringer-Ingelheim: organização das pessoas em equipes multidisciplinares
Organizar a empresa por projetos e equipes multidisciplinares estimula os jovens da geração Y a entregar à empresa os melhores resultados e ainda inovar, na opinião de Martin Nelzow, da Boehringer-Ingelheim.
Quando uma certa tribo na Ásia precisa enfrentar algum grande problema, não é o chefe que decide sozinho qual vai ser a solução. Eles reúnem as pessoas das mais diferentes especialidades e faixas etárias para compor um grupo que vai tomar as decisões e executar as ações. “Isso tem dado certo há centenas de anos. Por que não repetir esse modelo na empresa?”, disse Martin Nelzow, diretor-geral da Boehringer-Ingelheim no Insights com Época NEGÓCIOS na manhã desta quarta-feira (24/11).

Nelzow defende que a melhor forma de harmonizar as demandas e necessidades das quatro gerações que coabitam o mercado de trabalho – desde os tradicionais que nasceram nos anos 40 até os Ys que nasceram entre 1979 e 1991 – é organizar as pessoas em equipes multidisciplinares. Para ele, os jovens devem ser expostos a desafios em que é necessária a experiência dos profissionais mais velhos mas também a ousadia e a inovação das pessoas que estão apenas entrando no mundo corporativo. “Quando o desafio é grande é preciso a contribuição de todo mundo.” Mais do que dar cargos pomposos, a empresa deve dar tarefas, pedir resultados, envolver os Ys em grupos de trabalho que, naturalmente, darão experiência aos jovens funcionários.
Na Boehringer, dois projetos recentes contaram com a presença maciça de jovens Ys. Ambos tratavam de medicamentos hospitalares para enfermidades complexas, Aids e enfarto. Conhecedores das redes sociais, o trabalho dos jovens envolveu a interlocução com integrantes de ONGs e de comunidades virtuais dedicadas aos dois temas. “O resultado do trabalho deles foi muito bom, porque aumentou nossa relevância na discussão do tema com esses públicos.”
O grande desafio de organizar a empresa por projetos é conseguir montar equipes com os profissionais e, principalmente, que se complementam. “É o papel do gestor organizar as pessoas em times.” A tarefa não é fácil. Mas os resultados, diz Nelzow, é certo.


Marketing digital crescerá 90% em três anos no Brasil

Pesquisa da McKinsey indica que interação entre consumidor e empresa aumenta a influência na decisão da compra em cinco vezes.
Pesquisa da consultoria McKinsey com 12,5 mil pessoas indica que a maioria dos consumidores acessa a internet em média três vezes antes de escolher o que e onde comprar. A utilização de mídias digitais para a decisão de compra já atinge 56% dos consumidores. Eles utilizam a rede para pesquisar as características de produtos, consultar avaliações de outros usuários e comparar preços. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira, 24, no Fórum FWD – Finding your Way to the mind of the Digital Consumer, em São Paulo.
“O reconhecimento do potencial dos meios online na construção da marca e nas vendas das empresas motivará um incremento nos investimentos em marketing digital”, afirma Vijay Gosula, sócio da McKinsey e responsável pelo estudo. Hoje, cerca de 10% da verba de marketing das empresas é direcionada para a internet. A expectativa da McKinsey é que este percentual pule para 19% nos próximos três anos. Nos países desenvolvidos, cerca de 40% dos recursos de marketing são direcionados para mídias digitais.
A maior dificuldade das empresas para lançar iniciativas de marketing digital é a contratação de profissionais capacitados, de acordo com a pesquisa. Dentre as 50 companhias de grande porte consultadas, 90% afirmaram que não têm equipe interna preparada para enfrentar os desafios digitais. Entre as empresas que participaram do levantamento estão Carrefour, Itaú, Magazine Luiza e Microsoft.
Os consumidores já demandam o serviço, mas se mostram descontentes com os canais de comunicação online das empresas. A pesquisa da McKinsey aponta para um índice de satisfação dos clientes de apenas 34% com as plataformas digitais de comunicação das empresas.
A agência Talk, de marketing digital, consultou 75 consumidores para entender que posicionamento eles esperam das empresas na internet. A conclusão aponta para uma necessidade de atendimento personalizado, oferta de serviços úteis na internet e uma exigência por respostas. “Eles não querem só ser ouvidos, querem ser respondidos”, afirma Dudu Fraga, diretor da Talk.
A disseminação do uso de redes sociais entre pessoas de todas as idades e classes sociais exige que as empresas criem perfis nestas plataformas para se comunicar. “As marcas têm de se deslocar para onde as empresas conversam”, afirma Yacoff Sarkovas, CEO do grupo Edelman, de comunicação. “Não adianta ignorar os clientes que reclamam fora da central de atendimento.”
Os canais nos quais há uma interação entre o consumidor e a empresa, como chats e redes sociais, influenciam cinco vezes mais na decisão de compra do que aqueles em que a informação vem por uma via única, aponta o estudo da McKinsey. “Essas ferramentas estão sendo subestimadas pelas empresas”, diz Gosula.
Iniciativas bem-sucedidas
Embora as empresas brasileiras ainda destinem uma parcela não tão grande dos investimentos em marketing para a área digital, algumas companhias apostaram na área e apresentam resultados de sucesso. A Tecnisa vai destinar no ano que vem 55% do seu orçamento de comunicação para a internet, superando os investimentos em veículos tradicionais, como jornais, revistas e a televisão.
Com investimentos baixos, a empresa conseguiu ser pioneira no ramo. Um aplicativo da empresa para o iPhone e o lançamento de uma plataforma de inovação aberta (sistema que recebe sugestões de consumidores) custaram cerca de R$ 25 mil cada uma. A empresa também monitora o uso de palavras-chave nos buscadores e nas redes sociais e, com isso, conseguiu vender 62 imóveis pelo Twitter.
A subsidiária brasileira da Fiat deu um passo à frente para ouvir os clientes no projeto Fiat Mio. A empresa recolheu sugestões de 17 mil pessoas de 160 países para lançar um novo modelo. O carro foi construído com base nas ideias dos internautas e apresentado neste ano no Salão do Automóvel de São Paulo.


Novo CEO da HP aposta em I&D

O novo CEO da HP informou que vai aumentar o investimento no desenvolvimento de novos produtos, embora mantenha a contenção de custos dentro da maior fabricante de computadores do mundo.
De acordo com a agência Bloomberg, Leo Apotheker pretende aumentar o investimento em pesquisa, parcialmente para criar software que torne os produtos da empresa mais atractivos para os clientes e utilizar a tecnologia de consumo para impulsionar os produtos empresariais.
Durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados anuais, Leo Apotheker referiu que a HP “tem uma fórmula secreta, um molho secreto”. A transferência de inovações dos equipamentos destinados aos particulares para os produtos empresariais irá proporcionar uma “enorme vantagem competitiva”, adiantou.
O CEO afirmou ainda que vai manter a política de aquisições, com foco nas empresas de software, e impulsionar o crescimento nos mercados emergentes.
Os custos com investigação e desenvolvimento cresceram 16% no último trimestre do exercício fiscal face ao mesmo período do ano anterior, para 601 milhões de euros, acima do crescimento das receitas que registaram uma subida de 8,4% para 24,6 mil milhões de euros. O resultado líquido no quarto trimestre subiu 5,2% para 1,9 mil milhões de euros, indicou a empresa norte-americana em comunicado.
No primeiro trimestre de 2011, as receitas irão oscilar entre os 24,2 mil milhões e os 24,4 mil milhões de euros. Para o final do exercício fiscal de 2011, a HP estima que as vendas alcancem entre os 97,5 mil milhões e os 98,6 mil milhões de euros, um valor que compara com os 93 mil milhões registados no final deste ano. As vendas aumentaram 10%, face aos 84,7 mil milhões reportados no final de 2009, com um crescimento de 10% nas Américas, de 6% na Europa, Médio Oriente e África e 8% na região Ásia Pacífico.


Tecnologia portuguesa testa energia das ondas irlandesa

Esta é uma turbina de ação auto-retificadora
 A empresa portuguesa Kymaner produziu a turbina de ar que será testada em 2011 numa central de energia das ondas na costa irlandesa.
O projeto europeu de aproveitamento de energia das ondas que vai ser testado em 2011 ao largo da costa irlandesa, perto de Spiddal, terá uma turbina de ar produzida pela empresa portuguesa Kymaner.
O projeto CORES – Components for Ocean Renewable Energy Systems vai dispor de uma turbina de ar portuguesa que será testada em Spiddal durante 2011.
Esta “turbina de ação auto-retificadora” configura, segundo fontes ligadas ao projeto, “uma evolução do conceito das turbinas de gás das centrais termoeléctricas e utiliza uma abordagem inovadora que lhe confere ganhos de rendimento significativos quando comparados com tecnologias semelhantes”.
As mesmas fontes referem que “a turbina, atualmente em fase de testes finais em fábrica, será instalada numa plataforma flutuante em Dezembro, o que faz com que a Kymaner seja a primeira empresa portuguesa exportadora de tecnologia para aproveitamento da energia das ondas”.
A Kymaner foi criada em 2005, para desenvolver a energia das ondas em Portugal. Atualmente tem a seu cargo a manutenção da Central de Ondas do Pico.



Fonte: Expresso

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Clientes de lojas ‘online’ disparam com a crise

Os portugueses compram cada vez mais através da Internet. ‘Sites’ como eBay, leiloes.net ou Miau.pt estão entre os mais procurados.
Electrónica, telemóveis, videojogos e equipamento de informática são os produtos que os portugueses mais compram via web. No último ano, as compras de artigos ‘online’ têm aumentado, sobretudo de produtos de preço mais baixo à venda no vasto mundo da Internet. Manuel Paula, da direcção da Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva (ACEPI), explica ao Diário Económico que, “no caso das vendas ‘online’ temos assistido a um aumento da penetração de computadores e de banda larga nos lares portugueses, situação que reflecte um potencial de crescimento superior ao que se verifica no comércio em geral.”
Seja qual for o negócio, os efeitos de uma crise alteram os hábitos de consumo e têm consequências para a economia. “Verificou-se um aumento da colocação de negócios ‘online’. A nível de vendas, nota-se que existe uma maior preferência por artigos de valor mais baixo e por vezes já usados em deferimento de artigos novos e de marca”, sublinhou Sofia Galvão, responsável de comunicação do ‘site’ de vendas Miau.pt.
Portugal surge, assim, na 18.ª posição numa lista que integra 22 países europeus, ordenados em função do dinheiro gasto ‘per capita’ em compras, serviços e publicidade na Internet. O ‘ranking’ faz parte de um estudo encomendado pela Google à empresa de consultoria Boston Consulting Group.
Os ‘sites’ de leilões com mais visitas em Portugal no terceiro trimestre de 2010 são o Leilões.net, Miau.pt e eBay, segundo dados da Marktest referentes ao NetPanel de E-commerce. Já nas lojas ‘online’ lidera o Ikea.
De acordo com o barómetro da ACEPI, relativo ao segundo trimestre deste ano, 46% dos associados respondeu que o volume de negócios cresceu até 10%, 33% afirmam que o volume de negócios cresceu entre 10% e 50% e apenas 14% assume ter diminuído o seu volume de vendas face ao período homólogo do ano anterior. Abaixo de Portugal fica apenas a Suíça, Eslováquia, Itália e Grécia. No topo da lista figura, sem surpresas, o Reino Unido, seguido da Dinamarca e Alemanha (contando com os poucos países não-europeus no estudo, o terceiro lugar é dos EUA).
Época de Natal aumenta vendas
Com a chegada do Natal, e um aumento natural do consumo, as vendas no comércio electrónico tendem a disparar. “O final de 2010 é uma altura de crescimento de negócio, muito devido ao efeito de Natal”, afirma Sofia Galvão, responsável de comunicação do Miau.pt, que prevê um crescimento no ‘e-commerce’ no próximo ano.
A associação do comércio electrónico está também confiante em relação às vendas. “Tanto no final de 2010 como em 2011 as perspectivas relativas ao comércio electrónico em Portugal são de continuação do crescimento do mercado, até porque se prevê a entrada de novos ‘players’ que virão dinamizar o negócio ‘online’”, diz Manuel Paula. A continuação do aumento de penetração de computadores e de banda larga fixa e móvel serão fulcrais para que o ‘e-commerce’ em Portugal continue com evoluções positivas.
eBay e Amazon em ‘versão’ portuguesa
A recente abertura do ‘site’ eBay.pt e o facto da Amazon fazer entregas gratuitas em Portugal irá, com certeza, animar as vendas ‘online’ no mercado português. “A presença do eBay e da Amazon em Portugal naturalmente que aumenta o nível de concorrência que os ‘sites’ portugueses enfrentam, dado que se tratam de importantes ‘players’ internacionais com elevado ‘know how’ nas suas áreas de competência”, sublinha o responsável da ACEPI. É importante, nesta fase, que as lojas ‘online’ portuguesas consigam responder, tentando apresentar produtos e serviços diferenciadores, inovadores e que gerem mais-valias à experiência de compra dos consumidores.
Uma das apostas destes ‘sites’, para a época de Natal, é a venda de roupas. O vestuário é, actualmente, a maior categoria individual de vendas na Internet nos Estados Unidos, mas era virtualmente ignorada por ambas as companhias em favor de produtos como os de electrónica.
As vendas ‘online’ de roupas de marcas como Nordstrom ou Gap continuam a crescer a uma taxa de dois dígitos, mas essas unidades são ainda relativamente pequenas. A categoria de roupas e acessórios deve representar 14%, ou 25 mil milhões de dólares (18,4 mil milhões de euros), do total de 173 mil milhões de dólares (127,4 mil milhões de euros) em vendas projectadas pela internet nos EUA em 2010, de acordo com a Forrester.
www.amazon.co.uk
Os internautas portugueses beneficiam, desde Outubro, de portes gratuitos quando fazem as suas compras na loja virtual britânica da Amazon. A oferta é válida para encomendas de valor superior a 25 libras (28,67 euros). O mesmo serviço de entrega gratuita da Amazon.uk fornece informação sobre o câmbio no momento do pedido.
www.miau.pt
O ‘site’ português de leilões tem cerca de 160 mil artigos ‘online’. As categorias que têm mais procura são a informática, coleccionáveis, audio, TV e fotografia, telefones e acessórios, jogos e consolas, vestuário e acessórios, relógios e joalharia e livros e revistas. O miau.pt conta com 638.687 utilizadores registados. É possível fazer negócios a partir de 0,10 cêntimos (um selo de colecção) e subir até aos quase 2,5 milhões de euros (valor de um terreno).
www.eBay.pt
A eBay lançou o eIM em língua portuguesa na semana passada, um serviço onde os consumidores podem comprar, fora do seu país de residência, artigos que podem não estar disponíveis no mercado local e a um preço, em princípio, mais baixo. O eIM permite procurar e comprar, a um preço fixo, no universo global de itens do eBay.
www.leiloes.net
A equipa fundadora da FixeAds, após o envolvimento embrionário no Miau.pt, decidiu sete anos depois que havia espaço em Portugal para um novo ‘site’ de leilões ‘online’ com cariz local. Assim, em 2007, lançou o Leiloes.net que tem uma oferta diversificada, sendo possível encontrar em leilão, produtos como caracóis gigantes africanos ou serviços Vista Alegre. Esta leiloeira virtual tem um total de 18 milhões de ‘page views’ por mês.


Fonte: Económico

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Google nega que queira competir nas redes sociais com Facebook

O Google assegurou neste domingo que as redes sociais são parte de sua estratégia global e que serão incluídas em muitos de seus produtos, mas negou que aspire no futuro a competir com o gigante Facebook.
O diretor financeiro do Google, Patrick Pichette, declarou à televisão australiana ABC que “o mundo digital está explodindo, e tem muitos capítulos (…) um deles são as redes sociais”. Pichette indicou que sua empresa se acha agora no centro de uma economia digital crescente na qual o poder do computador “aumenta de forma dramática” e onde a inovação é chave para sobreviver.
“O buscador é claramente o produto essencial do Google, mas não é o único”, acrescentou o executivo, lembrando que o impulso inicial da empresa na realidade não foi o dinheiro, mas entender que a internet está mudando o mundo.
O responsável do Google também opinou que as companhias Amazon e Apple estão na frente da corrida tecnológica, e a Microsoft é um concorrente “formidável”.


De onde vêm as boas ideias para a inovação?

A inovação não é fabricada, existe em ambientes onde a ligação  em rede é potenciadora. Inovação é o que falta a produtores e distribuidores de media, a repetirem  o passado. Uma  das muitas ideias discutidas no XX Congresso das Comunicações, que reuniu todos os operadores do mercado nacional para troca de experiências…tecnologia.
Da cólera ao GPS, da Web a Gutenberg, as ideias inovadoras não surgem num momento “eureka!” mas de um conjunto de factores que Steven Johnson, autor de Where Good Ideas come from, exemplificou no recente XX Congresso das Comunicações.
Johnson detectou um conjunto de padrões na emergência de ideias inovadoras, sendo o principal que “a sorte favorece as mentes conectadas” e que a intuição para algo novo surge nas formas mais bizarras.
Nos anos 40 do século XIX, Londres atravessou um período de perturbação por causa da cólera e do triunfo da teoria do miasma: uma nuvem venenosa infectava os cidadãos pelo ar.
Perante o rumor, o médico John Snow fez um mapa com a localização das mortes, falou com habitantes dessas zonas e – com a ajuda de Henry Whitehead, padre que passava as noites a beber cerveja e a falar com as pessoas (um “conector” com “inteligência social”, salienta Johnson) – cruzou o mapa com as fontes de água.
A “epifania” de que o mal não estava no ar levou Londres a tratar a água e, por volta de 1860, a doença foi erradicada da cidade.
Exemplo mais recente é o de Tim Berners-Lee. Durante dez anos, tentou hiperligar e arrumar a sua informação pessoal, à semelhança do projecto Xanadu, de Ted Nelson, ou da Apple, com o HyperCard para os Macintosh.
Berners-Lee “começou aos poucos, sem saber o que ia fazer, era um projecto paralelo” ao trabalho no centro europeu de física nuclear CERN, mas é em “espaços interessantes” com trocas intelectuais que a inovação surge. Os inovadores têm também uma boa rede de contactos, com profissões diversificadas e uma cultura de partilha de conhecimentos.
Foi assim que Berners-Lee criou a World Wide Web, mas, se a tentasse controlar, “não seria o que é hoje”, diz Johnson.
Se há inovações adaptadas – Gutenberg viu numa máquina de prensar uvas a forma de publicar Bíblias -, outras são inesperadas.
A 4 de Outubro de 1957, o lançamento do Sputnik levou, nos EUA, dois jovens a querer ouvir os sinais do satélite, que os soviéticos tinham deixado aberto para provar que não era mentira.
Eles determinaram a localização, velocidade e órbita, pelo que foram convidados para obter localizações na terra a partir de uma localização não definida (o objectivo era lançar mísseis contra Moscovo a partir de um submarino nuclear).
Foi assim que nasceu o sistema global de satélites GPS, com jovens a contribuir para a Guerra Fria mas que acabaram a ajudar pessoas a ir de uma cidade a outra. Até por estradas desnecessárias que justificam a frase do presidente da APDC, Diogo Vasconcelos: “Precisamos mais de inovação e menos de betão.”


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Leveraging Best Practices for Social Media

Achieving social media marketing goals, whatever your level of participation

Brands and marketers have different levels of participation in the social media space, but  many have similar goals and strategies. The “2010 Social Media Benchmarking Study” from Ketchum and FedEx found when looking at 62 study participants from a variety of industries that 100% had some degree of social media presence.
But they demonstrated different engagement levels, including observers who are determining how to best use social media and leaders who push boundaries and innovate.

Level of Social Media Engagement Among Companies Worldwide, Oct 2010 (% of respondents)

Yet objectives for social media were uniform across the industries and engagement levels. Some common goals were to generate word-of-mouth advocacy, develop brand loyalty and close relationships with customers, manage customer service issues, and educate the media and public about company-related issues. This supports data from SmartBrief and Summus, which found that 94% of brands hoped to increase awareness and interaction with consumers by using social media.

Leading Social Media Goals of US Companies, June 2010 (% of respondents)

The Ketchum-FedEx study discussed how companies could still achieve their social media objectives, whatever their engagement levels, noting that it was not necessary to always be a leader in the social media space. Companies should look at their goals and figure out if being a close follower or even an observer for a bit would be better suited to help its business.

One element that helps achieve social media goals discussed by both studies is integration of social media strategy into an overall communications and marketing plan. Thanks to the transparency, interactivity and informality of social media, collaboration between communications, IT, legal and marketing is a necessity to make a holistic plan work and bear fruit.
For more information about social media’s place at the marketing table, stay tuned for the forthcoming eMarketer report, “Social Media in the Marketing Mix.”

Source: eMarketer

Internet do futuro. Vamos vender Wi-Fi a partir de casa


Espécie de microgeração de internet será possível dentro de alguns anos e está a ser estudada pela equipa do Técnico que participa num projecto co-financiado pela Europa.
Montar um ponto de acesso e vender Wi-Fi a partir de casa é um dos próximos grandes negócios da internet. Qualquer consumidor poderá tornar-se num fornecedor intermédio de serviço, tal como hoje já acontece com as redes eléctricas no modelo de microgeração.
Quem o garante é o professor Luís Correia, que lidera o grupo de engenheiros do Instituto Superior Técnico que participa no consórcio europeu SAIL – Scalable and Adaptive Internet Solutions. A equipa portuguesa do IST está encarregue das tecnologias de virtualização do futuro – para que seja possível fornecer rede em moldes parecidos com os que os operadores móveis virtuais usam para fornecer serviço, através da rede de outros operadores.
“Nas redes do futuro, a virtualização vai ser levada ao próximo nível, isto é, permitir que as pessoas vendam rede a partir de casa”, explica ao i o professor do Técnico. “Posso ter um ponto de acesso em casa e vender Wi-Fi às pessoas que estão em redor do prédio ou aos vizinhos”, concretiza.
Para que isto aconteça, é necessário que haja um salto tecnológico na capacidade das redes e dos nós que as ligam. O professor aponta para o horizonte temporal de 2020, tendo como referência os ciclos de evolução das telecomunicações – os maiores avanços têm acontecido de dez em dez anos. Por outro lado, também é necessário encontrar um modelo comercial adequado.
“O que estamos a fazer no Instituto Superior Técnico é o desenvolvimento dos aspectos tecnológicos, o algoritmo”, adianta o professor, sublinhando que “a internet do futuro vai usar redes virtuais, aquilo a que chamamos cloud networking”. A equipa do Técnico está por isso a trabalhar de perto com algumas das maiores fabricantes do sector das telecomunicações: a Alcatel-Lucent na Alemanha, a Nokia Siemens na Finlândia e a Ericsson na Suécia. Um dos maiores desafios é o facto de o consumo de dados aumentar dez vezes a cada dois anos, o que obriga a que cada vez mais seja necessário garantir capacidade em todos os tipos de acesso à internet.
“É um projecto de muita tecnologia“, reconhece Luís Correia, detalhando que a equipa também está a trabalhar em vários cenários futuros de utilização. Um desses cenários é a criação de comunidades ad hoc, de forma muito mais complexa do que o que existe hoje. Estamos a falar da criação de grupos instantâneos e em tempo real, com base na localização geográfica e nos interesses dos utilizadores. Por exemplo, uma comunidade de fãs da série “Lost” que se encontram, por acaso, num aeroporto ou num centro de congressos.
Outro dos objectivos do consórcio, que reúne 24 operadores e instituições académicas na Europa, é desenhar o próximo protocolo para a internet – além do IPV6, que é a geração que se segue. O protocolo IP já está velho e não será capaz de suportar os serviços que se projectam para a internet dentro de dez anos. Estamos a falar, em última análise, de uma migração total para um novo tipo de protocolo – que será faseada e vai decorrer mais ou menos como está a ser feita a transição da televisão analógica para a digital.
Este projecto tem um valor global de 20 milhões de euros e é co-financiado pela União Europeia em 12,4 milhões. Também inclui o pólo de desenvolvimento da Portugal Telecom Inovação em Aveiro, e irá decorrer até Dezembro de 2012, tendo-se iniciado em Julho.


Fonte: Jornal i

Obama quer investir em energia e ciência em Portugal

O líder da maior potência mundial, presente na Cimeira da NATO, anunciou que quer reforçar os investimentos no País, sobretudo nas áreas das energias renováveis e da ciência. 

Receber elogios de Barack Obama é só por si um motivo de vaidade para qualquer político. Melhor é conseguir, em simultâneo, que o Presidente da potência mais poderosa do mundo assuma o reforço de investimentos em Portugal. E ontem, Sócrates arrecadou os dois prémios. Com Lisboa a servir de palco para uma das mais importantes cimeiras deste início de século – a da NATO -, Sócrates ouviu Obama enaltecer o seu “pacote vigoroso” de medidas para consolidar as contas públicas e deixar a garantia de que os EUA vão reforçar a presença em Portugal na ciência e nas energias renováveis.
Boas notícias, numa altura em que Portugal precisa urgentemente de investimento na economia e em que Sócrates tem estado debaixo de fogo cerrado com a forte pressão dos mercados.
A presença de Obama na cimeira da NATO, traduziu-se num conjunto de encontros bilaterais que prometem reforçar as relações entre Portugal e EUA. As energias renováveis e a ciência foram os focos destes encontros, com Obama a mostrar-se “impressionado” com os avanços portugueses neste sector e a sublinhar que deve haver um “aprofundamento” da cooperação entre os dois países “no comércio, investimento, ciência e tecnologia“.


Fonte: Económico

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Don’t Create an App for Apps’ Sake

Three-quarters of mobile app users expect major brands to have an app

The trendiness of mobile apps has made them a popular tactic among some marketers who want the latest, coolest thing—even if it doesn’t always make sense for their brand. In some sense, they may be right.
Consumers do consider apps a must, according to an October 2010 survey from interface design agency EffectiveUI conducted by Harris Interactive. More than three-quarters of mobile app users said they expected all brand name companies to have a mobile application, and nearly as many said they expected the app to be easier to use than the company’s website.

US Mobile App Users

But the survey also highlighted the danger of developing an app for its own sake. Almost seven in 10 app users said their perception of a brand would be negatively affected if it had an app that wasn’t useful or helpful. And many apps appear to fall into this category; 38% of respondents said they were not satisfied with most apps from their favorite brands.
An earlier survey from Adobe found most mobile device users preferred using browsers to apps for a variety of functions, despite the assumption among marketers and industry experts that apps provide a better user experience. These users may also have been unimpressed with many of the apps they had tried.

Preference for Using a Mobile Browser vs. App for Select Shopping Tasks, Aug 2010 (% of US mobile device users)

Marketers must keep ease of use and also utility in mind when designing apps. The application must be a natural fit for the brand and offer a genuine value to users, or they could be actively turned off from the brand.


Source: eMarketer

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

13 mercados vistos à lupa

As geografias são múltiplas mas convergem numa única direcção. São países que oferecem oportunidades de negócios às empresas que se querem internacionalizar. A Espírito Santo Research fez o retrato-robô e analisou o estado da economia de cada um deles. Veja com o que pode contar se está a pensar internacionalizar a sua empresa para um destes 13 países.
POLÓNIA

População em 2010 (milhões): 38.1
PIB per capita em 2010 (euros): 8262.8
Inflação em 2010: 2.4%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 72/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 39/139
Risco Cosec (1 a 7): 2
Sociedades portuguesas que exportaram para a Polónia (2009): 564
Percentagem de empresas exportadoras nacionais presentes na Polónia (2009): 3.2%
Produto mais exportado: Automóveis de passageiros e outros veículos automóveis
ANÁLISE:
A Polónia é uma das economias com melhor desempenho na região. A recuperação da actividade vai prosseguir nos próximos trimestres, suportada em grande parte por um forte investimento público – estimulado pela realização do Campeonato Europeu de Futebol. Em 2011 o PIB deverá situar-se nos 3.7% contra os 3.4% deste anos. O Banco Central poderá elevar, em 2011, a taxa de juro de referência de 3.5% para 4%.
ÁFRICA DO SUL

População em 2010 (milhões): 49,9
PIB per capita em 2010 (euros): 5.092.4
Inflação em 2010: 5.6%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 34/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 54/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a África do Sul (2009): 448
Produto mais exportado: Obras
de cortiça natural e produtos de tabaco.
ANÁLISE:
Após vários anos de crescimento sustentado, pela primeira vez desde 1992, a economia sul-africana entrou em recessão, com o PIB a recuar 1.8% em 2009. Em 2010, um conjunto de políticas governamentais, (nomeadamente medidas de estímulo fiscal) e a recuperação da procura interna por via da realização do Mundial de Futebol impulsionaram a economia prevendo-se um crescimento do PIB.
ANGOLA

População em 2010 (milhões): 17.8
PIB per capita em 2010 (euros): 4.793
Inflação em 2010: 15%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 169/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 138/139
Risco Cosec (1 a 7): 6
Sociedades portuguesas que exportaram para a Angola (2009): 7.845
Produto mais exportado:
Construção, cerveja e móveis.
ANÁLISE:
Em 2010, a aceleração da actividade económica suporta-se no aumento das receitas petrolíferas e num maior dinamismo dos sectores não-energéticos (construção, serviços, agricultura, etc.). O acordo com o FMI para a concessão de um empréstimo num montante até USD 1.4 mil milhões e a atribuição de rating por parte da Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch, ajudou a fazer face ao desequilíbrio da balança corrente. Perante a pressão sentida sobre as reservas externas líquidas, as autoridades decidiram abandonar o peg que a moeda angolana tinha face ao dólar norte-americano.
ARGÉLIA

População em 2010 (milhões): 35.5
PIB per capita em 2010 (euros): 3211.3
Inflação em 2010: 5.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 136/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 86/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Argélia (2009): 231
Produto mais exportado:
Barras de ferro e aço não ligado; transformadores e conversores eléctricos.
ANÁLISE:
Indicadores sugerem uma forte dependência da economia argelina em torno do sector energético. Os hidrocarbonetos representam 29% do PIB, 70% das receitas governamentais e 98% do total das exportações. O Governo argelino definiu a “diversificação da economia” como prioridade e tem vindo a incentivar o investimento em outras actividades. No entanto, no decurso deste ano promulgou um conjunto de iniciativas que visam um controlo mais apertado, por parte do Estado, relativamente ao investimento directo estrangeiro.
BRASIL

População em 2010 (milhões): 193.3
PIB per capita em 2010 (euros): 7 509.2
Inflação em 2010: 5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 129/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 58/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Brasil (2009): 1.069
Produto mais exportado: Azeite e minérios de cobre.
ANÁLISE:
A queda do desemprego em Agosto (para 6.7% da população activa) reforça o cenário de uma procura interna forte e de uma ligeira tendência de subida da inflação. Taxa SELIC deverá manter-se inalterada em 10.75% até final do ano, mas pressão para nova subida dos juros deverá ser mais visível no início de 2011. Apreciação do BRL face ao USD (para USD/BRL 1.71) é negativa para as exportações.
CABO VERDE

População em 2010 (milhares): 523
PIB per capita em 2010 (euros): 1 970.6
Inflação em 2010: 1.8%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 146/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 117/139
Risco Cosec (1 a 7): 5
Sociedades portuguesas que exportaram para a Cabo Verde (2009): 2.773
Produto mais exportado: Cimentos hidráulicos e móveis.
ANÁLISE:
Cabo Verde é uma pequena economia aberta muito condicionada pela conjuntura externa, o que se explica pela dependência face às importações de energia e de alimentos e face aos fluxos de capitais oriundos do estrangeiro (p.e., remessas de emigrantes e donativos). É uma economia terciarizada, onde os serviços (incluindo o turismo) representam mais de 70% do PIB, sendo a indústria pouco desenvolvida (essencialmente ligada aos têxteis, calçado e pescas).
O outlook para Cabo Verde mantém-se favorável. A recuperação da economia mundial, o crescimento do investimento directo estrangeiro, em áreas como o turismo e a construção, a evolução favorável das reservas externas (que confere uma grande estabilidade às políticas monetária e cambial) e a prudência na política orçamental conferem optimismo para o desenvolvimento, que deverá apresentar taxas de crescimento do PIB entre 5-6%, nos próximos anos.
CHINA

População em 2010 (milhões): 1.341.4
PIB per capita em 2010 (euros): 3 071.5
Inflação em 2010: 3.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 89/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 27/139
Risco Cosec (1 a 7): 2
Sociedades portuguesas que exportaram para a China (2009): 732
Produto mais exportado: Mármores, granitos e hidrocarbonetos.
ANÁLISE:
Apesar de ligeira desaceleração no 3º trimestre, o crescimento do PIB manteve-se bastante forte, em 9.6% v.h. (compara com 10.3% y-o-y no trimestre anterior). Apesar dos esforços anteriores para arrefecer o crescimento da actividade, a procura interna mantém-se muito dinâmica, com as vendas a retalho a subirem 18.8% (y-o-y) e de investimento fixo 24.5% (y-o-y) no mês de Setembro. A taxa de juro de referência a 1 ano subiu de 5.33% para 5.56%.
EUA

População em 2010 (milhões): 310.3
PIB per capita em 2010 (euros): 33 798.7
Inflação em 2010: 1.4%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 4/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 4/139
Risco Cosec (1 a 7): 1
Sociedades portuguesas que exportaram para a EUA (2009): 1.988
Produto mais exportado: Óleos de petróleo e hidrocarbonetos .
ANÁLISE:
A economia mundial está a atravessar um período de recuperação global em diferentes velocidades: crescimento forte nos mercados emergentes, moderado nos EUA e Zona Euro core; e crescimento baixo, ou negativo na periferia da Zona Euro. A procura de um mais forte ritmo de crescimento tem conduzido a políticas monetárias expansionistas nos EUA que contribuem para a depreciação do dólar. A expectativa para o 3º quadrimestre de 2010, em função de um défice comercial menor do que o esperado, aponta para 1.9% em termos anualizados (em ligeira aceleração face a 1.7% no 20 trimestre) mas inferior ao necessário para reduzir o desemprego.
ÍNDIA

População em 2010 (milhões): 1.215.9
PIB per capita em 2010 (euros): 843.4
Inflação em 2010: 13.2%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 133/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 51/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Índia (2009): 429
Produto mais exportado: Peças para rádios e antibióticos.
ANÁLISE:
A economia indiana deverá registar, no ano de 2010, um crescimento de 9.7%, após 5.7% em 2009, devendo crescer cerca de 8% nos anos seguintes. A evolução demográfica e o forte investimento poderão levar a Índia a exibir um crescimento mais forte que a China, já a partir de 2011. A inflação média poderá permanecer acima de 6% nos próximos anos, devido a pressões sobre os preços da alimentação e dos bens industriais.
MARROCOS
População em 2010 (milhões): 32
PIB per capita em 2010 (euros): 2 056.9
Inflação em 2010: 1.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 128/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 75/139
Risco Cosec (1 a 7): 3
Sociedades portuguesas que exportaram para a Marrocos (2009): 873
Produto mais exportado: produtos semimanufacturados e automóveis de passageiros.
ANÁLISE:
Indicadores sugerem recuperação da actividade doméstica no 2Q 2010 (produção industrial), acelerando as importações e as exportações. Tendo mostrado uma boa resistência à crise internacional em 2009 (com o PIB a crescer 5%), Marrocos encontra-se bem posicionado para continuar a crescer a bom ritmo nos próximos anos. No entanto, a dependência de Marrocos do mercado europeu poderá representar um factor de risco para a sua economia, nomeadamente no que respeita às exportações.
RÚSSIA

População em 2010 (milhões): 140.4
PIB per capita em 2010 (euros): 7545.4
Inflação em 2010: 6.6%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 120/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 63/139
Risco Cosec (1 a 7): 4
Sociedades portuguesas que exportaram para a Rússia (2009): 369
Produto mais exportado: Cortiça e tomates.
ANÁLISE:
A grave seca e os incêndios do Verão de 2010 provocaram uma quebra importante da produção agrícola e um acentuado aumento dos preços da alimentação. No conjunto do ano de 2010, contudo, a inflação média deverá descer de 11.7% em 2009 para 6.6% em 2010, podendo voltar a agravar-se para um nível superior a 7% em 2011. A subida dos preços poderá conduzir a um ciclo de subida da taxa de juro de referência pelo Banco Central, a partir do actual nível de 7.75% para cerca de 9%.
MOÇAMBIQUE

População em 2010 (milhões): 21.6
PIB per capita em 2010 (euros): 339.3
Inflação em 2010: 9.3%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): 135/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 131/139
Risco Cosec (1 a 7): 6
Sociedades portuguesas que exportaram para a Moçambique (2009): 1 362
Produto mais exportado: Livros e brochuras, cabos e fios.
ANÁLISE:
Em tempo de recessão, Moçambique apresenta valores elevados do crescimento económico, que se manterão a médio prazo, principalmente devido aos mega-projectos em torno do aproveitamento dos recursos minerais. A diversificação sectorial da economia, relevante para o perfil exportador do país, relativamente concentrado, incentivará o dinamismo da economia moçambicana, gerando um crescente número de oportunidades.
LÍBIA

População em 2010 (milhões): 6.5
PIB per capita em 2010 (euros): 8 650
Inflação em 2010: 4.5%
Facilidade em fazer negócios (ranking DB de 2010): –/183
Competitividade (Ranking GCI 2010/2011): 100/139
Risco Cosec (1 a 7): 6
Sociedades portuguesas que exportaram para a Moçambique (2009): 110
Produto mais exportado: Veículos de mercadorias e máquinas de peneirar.
ANÁLISE:
A sólida situação macroeconómica da economia líbia, aliada a uma limitada exposição do seu sector financeiro, permitiu que o país atravessasse a crise financeira mundial sem comprometer a continuidade do seu processo de crescimento económico e, apesar da quebra do preço do petróleo nos mercados internacionais, com saldos muito positivos ao nível das contas públicas e da balança corrente. A Líbia tem mantido políticas orçamentais expansivas não só para apoiar a diversificação da economia como para reforçar as suas infra-estruturas e promover a criação de emprego.



Does Social Media Marketing Make Sense for the Smallest Businesses?

Small businesses unsure about reaching audience on social sites

eMarketer estimates that 127 million people in the US, or 57.5% of internet users, will use social networks at least monthly this year. Facebook alone has over half a billion active users worldwide. Still, many of the smallest businesses don’t believe their customers can be marketed to on such sites, according to an August 2010 survey from customer review platform RatePoint.
Respondents, the majority of whom were business owners with just one to five employees, were split on whether social media was a quick way to connect with current or future customers, but sentiment was largely negative. When asked if they thought customers wanted to hear from them on social sites, only a quarter of businesses thought they did.

Attitudes of US Small Businesses Regarding Connecting with Customers via Social Media, Aug 2010 (% of respondents)


In addition, 20% of small businesses did not think their customers spent time on social networking sites; another 27% were undecided. And nearly a quarter did not believe their customers did research online before doing business with their company.

Attitudes of US Small Businesses Regarding the Online Behavior of Their Customers, Aug 2010 (% of respondents)


With a majority of US internet users on social networks, chances are the customers of even small local businesses are there. According to BIA/Kelsey and ConStat, 97% of US internet users used online media to look for local products and services in Q1 2010, and 90% used search engines. Research from comScore and TMP Directional Marketing shows that, looking for local businesses, searchers are much more likely to use a search engine than a social networking site as their primary resource, but both are used, especially among young people.
“Social media use is no longer limited to one demographic; everyone is adopting,” said Neal Creighton, CEO and co-founder of RatePoint, in a statement. “While many small-business owners are uncertain, big brands are investing heavily in social media. Social media can be a great equalizer for small businesses to compete alongside larger brands and SMBs are missing out if they are not involved.”

Source: eMarketer

Revolução digital é o novo paraíso dos empreendedores

Mesmo com todo o avanço tecnológico vivido nos últimos anos, as empresas mundiais utilizam apenas 5% de toda a capacidade que a internet oferece para os negócios. As possibilidades da rede devem ser exploradas principalmente pelas micro e pequenas empresas, orientou o especialista em inovação Walter Longo, consultor do grupo Newcomm, em palestra realizada na manhã desta quarta-feira (17), segundo dia do XIV Encontro Internacional de Empreendedores, que se estende até quinta (18) no Centro de Convenções HSBC Arena, no Rio de Janeiro.
“Ainda não usamos todo o potencial que esse novo mundo nos oferece. Utilizar o facebook ou o twitter para vender, por exemplo, significa lidar com um mundo à parte, além de seu mercado consumidor tradicional. O facebook, por exemplo, se fosse um país, seria o terceiro país mais populoso do mundo. É uma capacidade imensa de comunicação que está sendo usada de graça, basta saber fazê-lo com competência”, orienta.
Para os pequenos negócios é mais fácil se adaptar, segundo ele. Walter orienta os empresários a utilizarem a rede e as tecnologias para pesquisar sobre quem são seus fornecedores até quem são seus clientes. “Tamanho não é documento neste mundo digital. Para que a empresa desenvolva um bom trabalho, basta ter uma boa estrutura digital que lhe permita uma nova forma de pensar o varejo. O tamanho da empresa não importa. A capacidade de competitividade da empresa é maior se ela tiver uma capacidade maior de se adaptar às novas tecnologias”, afirma.
A revolução digital, destaca, é o paraíso dos empreendedores. Para saber aproveitar ao máximo as oportunidades, as empresas devem estimular a competência de seus funcionários. O consultor ressaltou que o mercado hoje necessita de profissionais nexialistas e não mais especialistas, como há pouco tempo. “Nexialista é aquele profissional que não necessariamente sabe a resposta para todas as perguntas, mas aquela pessoa que sabe onde buscar as respostas para todas as perguntas por meio de nexos. Tem uma visa abrangente de sua realidade e tem informações para resolver problemas”, define.
Longo destacou ainda que a inovação é a enzima da sustentabilidade. O mundo digital é propício para se pensar em práticas sustentáveis. Enviar um e-mail, por exemplo, é bem mais sustentável que enviar uma carta. “A questão não é não consumir, é saber o que fazer após consumir. É encontrar soluções viáveis e econômicas que permitam avançar sem destruir. Preservar é olhar para frente e não olhar para trás. Não é trocar o carro pela bicicleta, mas desenvolver meios de transporte com as tecnologias existentes”.


Fonte: Femicro

Governo aposta em rede de nova geração fixa e móvel

O Governo quer ter uma rede fixa de nova geração até 2012, uma nova rede móvel de quarta geração até 2015 e um conjunto de produtos e serviços de suporte às PME em 2013, anunciou Paulo Campos.
«A nossa ambição é termos uma rede fixa de nova geração construída até 2012, uma nova rede móvel também de nova geração até 2015 e um conjunto de produtos e serviços – também definidos na agenda digital [para 2015] – que são um suporte às Pequenas e Médias Empresas (PME) e vão contribuir decisivamente para uma igualdade de oportunidades no desenvolvimento das empresas em Portugal até 2013», disse o secretário das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos.
O secretário de Estado falava à margem do XX Congresso das Comunicações organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorre em Lisboa, cita a Lusa.
O Governo quer concretizar a rede móvel de 4ª Geração até 2015, depois do lançamento do concurso para a emissão das licenças durante o próximo ano, mas não adianta, contudo, qual o encaixe que poderá ter com esta rede, também conhecida por LTE (Long Term Evolution).
De acordo com Paulo Campos, esta rede estará acessível em todo o território, sendo disponibilizado «um conjunto de serviços inovadores» para todas as empresas.
«Será mais fácil ter um conjunto de recursos através desta rede de comunicações e da partilha de recursos», disse.
O secretário de Estado das Comunicações adiantou ainda que será realizado um investimento total de 2,5 mil milhões de euros no desenvolvimento de serviços de valor acrescentado e na criação duma infra-estrutura com cobertura nacional para oferta de aumento da largura de banda na interligação ao utilizador.
Cerca de 1.100 milhões serão investidos pelos operadores em infra-estruturas de fibra instaladas no mercado, 600 milhões serão investidos pelos diversos agentes do mercado no desenvolvimento de serviços e conteúdos e 750 milhões em desenvolvimento e modernização de redes, especificou.
O programa de redes rurais, único com comparticipação directa de fundos públicos mobilizará 200 milhões de euros.


Google vai vender livros esgotados

É um acordo pioneiro, aquele que a gigante norte-americana da Internet estabeleceu com a editora francesa Hachette. 40 mil e 50 mil livros antigos, uma vez digitalizados, serão colocados à venda na plataforma da Google.
A Google vai digitalizar e vender online os livros de língua francesa esgotados da editora Hachette, líder do setor, anunciaram hoje as duas empresas.
O acordo, divulgado pelo presidente da Hachette Livre , Arnaud Nourry, e pelo responsável da Google Books , Dan Clancy, representa uma novidade para o mercado francês, onde até agora as editoras pareciam avessas à digitalização dos seus fundos de catálogo por parte da gigante norte-americana da Internet.
As principais editoras levaram, aliás, a Google a tribunal por ter começado a digitalizar obras suas que se encontravam em bibliotecas norte-americanas e a Hachette especificou que o acordo hoje assinado não põe termo ao processo judicial.
A Google disporá dos fundos de catálogo da editora líder do mercado francês sempre que estejam esgotados nas livrarias e não haja oposição expressa do autor.

Acordo inédito

O acordo envolve entre 40 mil e 50 mil livros antigos, que vão desde a literatura geral a obras universitárias, passando por livros enciclopédicos ou de consulta, e que uma vez digitalizados, serão colocados à venda na plataforma da Google.
As consequências económicas do acordo não serão significativas, já que a venda de livros esgotados é marginal, dirigida a estudiosos, especialistas e universitários.
No entanto, tem uma grande importância simbólica, por ser o primeiro acordo deste tipo entre uma grande editora francesa e o motor de busca norte-americano: até agora, a Google digitalizava livros esgotados que encontrava em bibliotecas norte-americanas, o que levou o Sindicato Nacional da Edição de França a apresentar uma denúncia contra a empresa norte-americana.

Processo judicial mantém-se

Com este acordo, a Hachette, que pertence a este sindicato, rompe a unidade que até agora mantinham os editores franceses.
Nourry justificou o acordo assegurando que este representa “um passo em direção ao futuro” e que nada tem que ver com o passado, ou seja, com o processo judicial, que “irá até ao fim”.
O responsável da Hachette acrescentou que a editora está a estudar a digitalização do resto das suas obras, mas que pensa poder fazê-lo sem a ajuda da Google.
O acordo prevê também que a Google coloque as obras digitalizadas à disposição da Biblioteca Nacional de França.


Fonte: Expresso

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A segunda vaga da China na economia portuguesa

Há alguns anos especulava-se para quando a segunda vaga chinesa em Portugal. Ela apareceu em força com a recente visita do presidente Hu Jintao a Lisboa e o consequente anúncio de compra da dívida soberana, de parcerias e de eventuais entradas no capital de várias empresas do PSI 20. A ligação a África faz a diferença. Mais. A economia portuguesa está a ser assediada por investimentos de países emergentes: Brasil e Angola representam os maiores volumes, mas também jovens países, como Timor-Leste, estão disponíveis para adquirir dívida soberana. A entrada no capital de empresas de todos os sectores, desde a financeira até à indústria pesada, passando pela alta tecnologia ou aeronáutica, é uma realidade incontornável.
A China, o maior mercado emergente e uma previsível primeira potência mundial dentro de alguns anos, será determinante para a evolução da economia portuguesa nos próximos três anos. Mais. A China abriu a possibilidade de vir a adquirir dívida púbica portuguesa, numa altura em que os investidores convencionais estão a retirar-se da dívida soberana, caso dos fundos soberanos da Rússia e da Noruega.
Nas empresas, os parceiros chineses irão entrar no capital ao longo dos próximos meses, assumindo responsabilidades de gestão e definindo estratégias, o que lhes permitirá conhecer o que se faz nas economias periféricas. A estratégia da China não é nova, pois as propostas que estão a chegar a Portugal já estão a ser concretizadas na Grécia, podendo vir a entrar em outros países europeus que revelam contas públicas fragilizadas.
Mas o gigante chinês interessa-se por Portugal por razões estratégicas e seculares. A transferência da soberania de Macau correu muito bem, ao contrário da de Hong Kong, e a entrada das empresas chinesas e de trabalhadores chineses em todos os países de expressão portuguesa não poderia ter corrido melhor. A participação no capital do Millennium bcp através do ICBC – Industrial and Commercial Bank of China, que poderá chegar aos 10%, ou no BPI (que, ao que tudo indica, começará por  uma cooperação que significará o reforço da parceira já existente entre a sucursal offshore do banco BPI em Macau e o Bank of China), é o trampolim para Angola e Moçambique, onde estes bancos têm uma posição relevante. Aliás, as participações daqueles dois bancos em Moçambique significam cerca de 80% do sistema financeiro. Num artigo recente, o presidente da Fundação Oriente alertava para que a transacção do BCP pudesse ocorrer a qualquer momento, já que as negociações duravam há um ano. Mas as companhias chinesas vieram ver o interesse da EDP, e o CEO da empresa acredita mesmo que a entrada do capital cria um núcleo mais forte, podendo a participação chegar aos 5%. Aliás, a eventual entrada da China Power International no capital da eléctrica pode alterar os pratos da balança a favor de investidores estrangeiros. Registe-se que, no próximo quarto de século, a procura de energia por parte da China irá aumentar 75%. As projecções são da Agência Internacional da Energia e vêm publicadas no seu “World Energy Outlook”.
Na Portugal Telecom, a associação com a Huawei visa reforçar a área de I&D e a criação de um centro de competências. Este facto é de grande relevo, pois potenciará o acesso a novas tecnologias e a novas geografias onde o sucesso é a marca da presença da PT. Na recente visita do presidente chinês, regista-se ainda um outro acordo entre a multinacional chinesa do sector tecnológico ZTE e a portuguesa Zapp.pt. A portuguesa Temple, por seu lado, assinou um acordo de processamento e serviços de comércio de café com a China Bailian.
A ligação a África está facilitada pelo facto de a China e as empresas chinesas se terem tornado parceiros de primeiro nível para vários países: Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, para além de Cabo Verde não enjeitar a ideia de que a China será o seu futuro grande parceiro comercial. E estamos sempre a falar de geografias onde as empresas que as companhias chinesas querem estão presentes. O triângulo não fica completo sem a inclusão do Brasil, um país que está a estabelecer parcerias com a China e Angola e onde as empresas portuguesas têm um papel de ligação.
Uma outra área de forte interesse para os chineses são os portos, e a administração do Porto de Sines tem frisado que a empresa tem capacidade de acolhimento de novas entidades. Lídia Sequeira, presidente da instituição, foi afirmativa quando recentemente a questionaram sobre o interesse de entidades chinesas, tendo concretizado uma reunião com a delegação do porto de Tianjin.
As ligações a Angola
Uma análise recente da Lusa conclui que a China, com avultadas linhas de crédito iniciadas em 2004, é o grande financiador da reconstrução angolana após 27 anos de guerra terminados em 2002, mas Angola retribui como maior fornecedor mundial de petróleo ao gigante asiático.
Graças às exportações de petróleo, Angola passou a ser o principal parceiro comercial da China no continente africano, tendo, em 2008, ultrapassado a Arábia Saudita, com uma média de quase 700 mil barris/dia, conforme revelaram em Pequim as autoridades chinesas.
Com o fim da guerra, Luanda começou a preparar-se para uma nova batalha, a do desenvolvimento, para a qual era urgente reconstruir o país devastado por uma das mais longas e violentas guerras do continente africano, que durou de 1975 a 2002. E foi para a China que o governo de Luanda se virou devido às relações difíceis que mantinha, na época, com o FMI e o Clube de Paris, aproveitando a sede de petróleo de Pequim para sustentar o seu vertiginoso crescimento.
De 2002 a 2009, os organismos da ONU estimam que as linhas de crédito chinesas tenham ultrapassado os 15 mil milhões de dólares, com destaque para a actividade do Eximbank chinês, embora nenhum dos governos tenha tornado públicos os números reais.
E essa realidade tem uma tradução no terreno com milhares de operários e dezenas de empresas chinesas responsáveis pelas grandes obras do Programa de Reconstrução Nacional, como a recuperação das três linhas de caminho de ferro, mas também  de rodovias, pontes e edifícios estatais, escolas e hospitais
No entanto, Luanda tem mostrado que não está disponível para aceitar uma excessiva dependência do financiamento chinês. Em 2009, assinou um acordo de empréstimo volumoso com o FMI, reatando relações há vários anos “adormecidas”, devido a exigências do fundo sobre transparência, nomeadamente nas contas do petróleo angolano e na actividade da Sonangol, a empresa estatal do sector,
Este acordo no valor de 1,4 mil milhões de dólares, visando o equilíbrio da balança de pagamentos bem como fazer face à crise económica e financeira que abalou Angola, foi visto pelos analistas angolanos como um sinal de Luanda ao mundo de que não está dependente do dinheiro chinês. E, ao contrário do que acontece na generalidade dos países africanos com quem Pequim tem relações privilegiadas, nas cidades angolanas, não existem lojas chinesas e mesmo os produtos a baixo preço “made in China” que surgem no mercado são importados por empresas privadas.
Na capital angolana, existem apenas dois restaurantes chineses, localizados na Ilha de Luanda, contrastando, por exemplo, com, pelo menos três indianos.
É na construção civil que a presença chinesa se impõe em relação às restantes comunidades, com milhares de operários espalhados não só pelas grandes obras do país, mas também nas pequenas, estando em crescimento o número de empresas chinesas que se dedicam à recuperação de habitações e pequenos projectos privados.
Brasil
A entrada das empresas brasileiras no mercado e nas empresas portuguesas começou com a Lusosider aços planos, onde o grupo CSN tomou o controlo global da empresa para, uns anos depois, o sector da aeronáutica ter aproveitado a hipótese de privatização das OGMA e com os franceses da EADS terem ficado a controlar o capital da companhia, que tem como sócio minoritário o Estado, através da Empordef.
Os grupos brasileiros fizeram aquisições na construção civil (Bento Pedroso), mas falharam as empresas de celulose e de pasta de papel. Na banca, a maior expressão está no BPI.
Mais recentemente ganharam em toda a linha os cimentos com uma disputa entre dois grupos rivais, a Camargo Corrêa e a Votorantim, a maioria do capital da Cimpor, dominando aquela que é considerada a “jóia da coroa” da internacionalização portuguesa, pois é a companhia com presenças mais diversificadas nos mercados mundiais. Curiosamente, a Cimpor Zaozhuang, na China, é o mais recente investimento da Cimpor. Naquele país, irá produzir dois milhões de toneladas/ano de cimento, tendo investido 100 milhões de euros. Na corrida também esteve a CSN. O sector dos petróleos, através da Galp, é uma hipótese, caso se desfaça o interesse dos italianos da Eni em continuarem com a minoria de bloqueio. Aqueles 33,3% são desejados por angolanos e pela brasileira Petrobrás, podendo vir a existir uma divisão salomónica.
Mas outras economias emergentes estão a entrar em Portugal, caso do capital angolano, que já é um dos maiores accionistas do BCP (Sonangol detem 10% do capital), e está no núcleo duro do BPI, ou ainda uma posição relevante na Galp Energia, via Amorim Energia, ou ainda na Zon, para além de investimentos na agricultura e na agro-indústria. Timor-Leste, um jovem país, poderá também entrar nesta “onda” com uma eventual compra de dívida soberana nacional.
O impacto dos emergentes no mercado desenvolvido
A situação que se vive nos mercados emergentes é muito diferente da que vive o mundo desenvolvido, que, devido a estes seus fundamentais fortes, quer também a melhor saúde das suas finanças públicas, privadas e empresariais, escrevem os analistas do Millennium Investment Banking.
As projecções destes analistas indicam que o crescimento do PIB no mundo emergente chegará aos 6,5% este ano, contra um crescimento de 3,5% do PIB mundial. Em alguns mercados emergentes, as pressões inflacionistas aumentaram, obrigando a políticas monetárias restritivas. Os analistas consideram que os mercados emergentes não quererão criar bolhas especulativas, mas “não permitirão que uma política mais restritiva destabilize a recuperação sustentável da economia”.
Com liquidez abundante e um recuo dos receios de uma recessão profunda, os analistas antecipam, para os mercados emergentes, a continuação da recepção de grandes volumes de fluxo de capital, impulsionando os retornos dos mercados bolsistas e cambiais. Numa análise fina dos mercados, constata-se que, com base no price earning ratio de 11 vezes nos mercados emergentes globais, em linha com a sua média de longo prazo, o crescimento dos lucros deverá aumentar mais de 20% durante os próximos 12 meses.
Os analistas alertam para o facto de grandes sectores de actividade dos países desenvolvidos dependerem do consumo dos mercados emergentes. Dados de 2009 e ainda citados pela research do BCP, revelam que cerca de 25% das vendas efectuadas por empresas europeias dependeram dos mercados em desenvolvimento, um aumento significativo face aos 16% que representavam em 2004. Entre os sectores mais expostos aos mercados emergentes estão a alimentação e bebidas e ainda os combustíveis, com cerca de 40% das suas vendas indexadas às regiões em crescimento. Os produtos químicos, a saúde e as telecomunicações estarão expostas aos mercados emergentes entre 25 e 30%. Por último, o sector europeu de tecnologia tem uma exposição de quase 50% das vendas e, mesmo assim, está com grandes dificuldades, enfrentando alguns dos desafios estruturais mais intensos de concorrência emergente.


Portugal conta com 1,4 milhões de casas com fibra óptica

Acessos de alta velocidade centram-se nas regiões de Lisboa e do Norte.
Mais de 1,4 milhões de habitações já estavam «cabladas» com fibra óptica no final do terceiro trimestre de 2010, no conjunto de todos os operadores portugueses, divulgou esta quarta-feira a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Segundo um comunicado do regulador, o número de alojamentos com acessos suportados na tecnologia Eurodocis 3.0 – utilizado pelos operadores de TV por cabo para prestarem serviços de alta velocidade – atingiu os 3,4 milhões, sendo cerca de 2,4 vezes superior ao número de alojamentos «cablados» com fibra óptica (FTTx).
Ao todo, o número de alojamentos preparados para aceder à internet de alta velocidade atingiu os 4,8 milhões, contra quatro milhões no final de 2009, revela a Anacom, acrescentando que os acessos de alta velocidade concentram-se nas regiões de Lisboa e do Norte.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E-mail @facebook.com vem mesmo aí

Rede social lança serviço de correio electrónico. Mas garante que não quer fazer tremer a concorrência.
«Que ninguém encerre a sua conta no Yahoo!, Hotmail ou Gmail». Foi este o pedido feito esta segunda-feira pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, no anúncio do correio electrónico com o nome da rede social. Os rumores  tornaram-se mesmo realidade. O @facebook.com vem mesmo aí, não para destronar os líderes do e-mail, mas antes criar uma oferta «minimalista».
«Este não é um e-mail assassino. É um sistema de mensagens que tem no e-mail apenas uma parte daquilo que pode oferecer», explicou o fundador do Facebook, citado pela Reuters. A ideia é harmonizar as diferentes formas de comunicação electrónica: texto, correio electrónico e chat. E há ainda outra novidade: este e-mail integra um serviço de SMS (mensagens de texto).
«O correio não necessita de novas funções, necessita menos» e é esta a filosofia seguida pelo novo serviço que será, por isso, mais informal e básico. Isto porque, alega, cada vez mais os jovens consideram o correio electrónico demasiado lento e formal.
O acesso ao @facebook.com irá processar-se, inicialmente, através de convite. Mas, daqui a poucos meses, estará acessível a todos os facebookers. Literalmente à distância de um clique.

China vai ser a maior economia do mundo daqui a 10 anos

EUA vão ser ultrapassados por gigante asiático, dizem analistas da Standard Chartered.
Há muito tempo que corre a previsão de que a China vai ultrapassar os EUA e tornar-se na maior economia do mundo dentro de alguns anos. Há previsões para todos os gostos, mas a mais ousada é a da Standard Chartered, que prevê esta «troca» para 2020, ou seja, daqui a apenas uma década.
Os analistas do banco dizem que o forte crescimento da economia e a valorização da sua moeda, o yuan, serão as armas da China para destronar os EUA.
«Acreditamos que o mundo está num super ciclo de crescimento elevado e sustentável» e que «a escala de mudança durante os próximos 20 anos vai ser enorme», refere a análise, citada pela Bloomberg. De acordo com a sua descrição, este «super ciclo» caracteriza-se por um período de crescimento global forte, durando uma geração ou mais, com elevado comércio internacional, altas taxas de investimento, urbanização e inovação tecnológica, caracterizadas pela emergência de novas e grandes economias».
Daqui a duas décadas, diz o banco, a China não só será a maior economia do mundo, como corresponderá ao dobro da economia norte-americana e a sua produção vai representar 29% do total mundial, em vez dos actuais 9%.
Recorde-se que, este ano, a China já ultrapassou o Japão, roubando-lhe o segundo lugar na lista das maiores economias. Para trás ficaram também já o Reino Unido (em 2005) e a Alemanha (em 2007).