Bancos devem utilizar novas ferramentas no relacionamento com cada cliente.
Com os bancos obrigados a reforçar os capitais, Eugenio Bonomi considera, em entrevista ao Económico, que é necessário também repensarem a forma como operam e como se relacionam com os clientes.
Disse que os bancos portugueses precisam de se ajustar ao novo contexto de mercado, tendo por base os rácios ‘core tier 1′ e ‘loan to deposits’. De que forma e com que prioridades?
No caso do ‘tier 1′, dos novos requisitos de adequação de capital, não é uma questão portuguesa, mas algo solicitado a todo o sector bancário, onde quer que opere. Porque, por um lado, traz maior solidez ao sistema e, por outro lado, ajuda a recuperar a confiança dos consumidores. Quanto à alavancagem não se trata tanto de encolher o balanço, mas de o tornar mais saudável, retirar de lá os activos que neste ponto não são tão saudáveis, incentivar a poupança através de depósitos e restabelecer, de forma consistente, aquela que é a verdadeira missão de um banco, que é ser um intermediário na economia.
No caso do ‘tier 1′, dos novos requisitos de adequação de capital, não é uma questão portuguesa, mas algo solicitado a todo o sector bancário, onde quer que opere. Porque, por um lado, traz maior solidez ao sistema e, por outro lado, ajuda a recuperar a confiança dos consumidores. Quanto à alavancagem não se trata tanto de encolher o balanço, mas de o tornar mais saudável, retirar de lá os activos que neste ponto não são tão saudáveis, incentivar a poupança através de depósitos e restabelecer, de forma consistente, aquela que é a verdadeira missão de um banco, que é ser um intermediário na economia.
Nesse aspecto é, de certo modo, um ‘back to basics’?
Se ‘back to basics’ for entendido como não arriscar demais, não alavancar demais, por exemplo, isso é algo bom. Mas preferia ir ao ‘back to basics’ compreendendo quais são as diferenças do mercado agora em termos de procura, quais são os pontos críticos, reconstruir portefólios de produtos mais sofisticados – o que não significa mais complexos mas, pelo contrário, mais simples.
Se ‘back to basics’ for entendido como não arriscar demais, não alavancar demais, por exemplo, isso é algo bom. Mas preferia ir ao ‘back to basics’ compreendendo quais são as diferenças do mercado agora em termos de procura, quais são os pontos críticos, reconstruir portefólios de produtos mais sofisticados – o que não significa mais complexos mas, pelo contrário, mais simples.
Termos bancos de retalho também menos formais no relacionamento com o cliente?
Sim. É isso, mas também, por exemplo, os media sociais, que são uma oportunidade incrível. Através dos media sociais, os bancos conseguem ter uma ideia do comportamento, das discussões, expectativas dos seus clientes, sem grande investimento. O ‘cloud computing’ é algo que está também a ter cada vez maior atractividade, assim como o ‘outsourcing’. O objectivo é voltar a usar tudo o que é reutilizável. Não há dinheiro para estar sempre a começar tudo de novo, a ideia é, assim que se tiver algo que esteja a funcionar, optimizá-lo ao máximo e partilhá-lo internamente. É também uma forma de libertar recursos para aumentar o desenvolvimento do lado da inovação.
Sim. É isso, mas também, por exemplo, os media sociais, que são uma oportunidade incrível. Através dos media sociais, os bancos conseguem ter uma ideia do comportamento, das discussões, expectativas dos seus clientes, sem grande investimento. O ‘cloud computing’ é algo que está também a ter cada vez maior atractividade, assim como o ‘outsourcing’. O objectivo é voltar a usar tudo o que é reutilizável. Não há dinheiro para estar sempre a começar tudo de novo, a ideia é, assim que se tiver algo que esteja a funcionar, optimizá-lo ao máximo e partilhá-lo internamente. É também uma forma de libertar recursos para aumentar o desenvolvimento do lado da inovação.
Um caminho será aumentar a eficiência, através de investimento em tecnológico?
Na minha opinião, a combinação da crise global com factores estruturais que aconteceriam de qualquer modo mesmo sem a crise global, onde por exemplo a tecnologia é um dos principais ‘drivers’, teriam de qualquer forma levado a indústria bancária a repensar, não diria o modelo de negócio, mas pelo menos a forma de operar.
Na minha opinião, a combinação da crise global com factores estruturais que aconteceriam de qualquer modo mesmo sem a crise global, onde por exemplo a tecnologia é um dos principais ‘drivers’, teriam de qualquer forma levado a indústria bancária a repensar, não diria o modelo de negócio, mas pelo menos a forma de operar.
Fonte: Económico
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