segunda-feira, 29 de agosto de 2011

8 erros que as empresas cometem nas redes sociais

As redes sociais são importantes aliadas de empresas interessadas em se aproximar de seus consumidores e construir um relacionamento duradouro com eles. Mas, para garantir o sucesso da estratégia, é necessário entender como funciona este universo e evitar deslizes comuns que podem transformar estes canais em temíveis algozes da sua reputação.
A WebMint, empresa especializada em comunicação digital do Grupo Mint, mapeou com exclusividade para EXAME.com os erros mais frequentes que as empresas cometem em suas estratégias de mídias sociais. Saiba quais são eles e confira as dicas de Victor Macedo, diretor do Grupo Mint, para evita-los:
1. Não ouvir os clientes
Ao mostrar sua cara nas redes sociais, uma empresa deve estar preparada tanto para ouvir elogios quanto reclamações e responder de maneira satisfatória ao cliente. Os comentários devem funcionar como indicadores de qualidade dos produtos e serviços que a empresa está oferecendo. “É nas críticas que estão as melhores oportunidades de mudança”, diz o especialista.
2. Não interagir com os clientes
Criar um perfil nas redes sociais e deixa-lo às moscas é o maior erro que uma empresa pode cometer. Crie uma estratégia para manter seu perfil sempre atualizado com novidades e dialogue com os seus fãs e seguidores – dessa forma eles se sentirão estimulados a continuar interagindo com a sua marca.
3. Não monitorar os resultados
Deixar de observar como sua marca está repercutindo nas redes sociais é um risco que nenhuma empresa pode se dar ao luxo de correr. Mesmo que você não tenha um perfil, conversas espontâneas envolvendo seus produtos e serviços podem estar acontecendo sem que você se de conta. Na melhor das hipóteses, você pode estar perdendo uma oportunidade de entender como os seus clientes pensam e se comportam em relação à sua marca. Na pior, pode estar alheio enquanto uma campanha negativa de graves proporções atinge sua credibilidade. “Tenha uma equipe preparada para monitorar os perfis e antecipar possíveis crises”, alerta Macedo.
4. Perder a concorrência de vista
Deixar de monitorar seus concorrentes fará com que sua empresa esteja sempre um passo atrás. Acompanhe o que outras empresas estão fazendo para poder identificar tendências e avaliar os principais erros e acertos. “O objetivo não é copiar, mas se manter atualizado sobre o que está sendo feito e de que maneira você pode adaptar para a realidade da sua empresa”, recomenda o especialista.
5. Agir de maneira precipitada
As redes sociais abrem espaço para um relacionamento menos duro e formal com o cliente, mas é preciso ter muito cuidado para não reagir de maneira precipitada diante de reclamações e denúncias. Apure as informações antes de tomar qualquer providência. “Não saia dando RT ou respondendo questionamentos antes de entender a atmosfera na qual aquela mensagem se encontra. É preciso ter o cuidado de buscar fontes e outros usuários para confirmar informações e histórias”, opina o diretor.
6. Pecar na revisão
As informações se propagam muito rapidamente nas redes sociais, portanto faça uma boa checagem antes de publicar algo. Revise o português, verifique os links e o próprio conteúdo da mensagem. “Frações de segundos podem causar um grande barulho negativo (ou positivo) na sua divulgação”, lembra Macedo.
7. Embarcar na fofoca digital
Usar as redes para difamar a concorrência é uma falha grave na estratégia de mídias sociais. “Falar mal de concorrentes pode causar não só a morte da reputação digital da empresa como também da marca off-line”, destaca o especialista. “Se a sua empresa contratou uma agência para realizar esse tipo de trabalho, tenha atenção redobrada”, acrescenta.
8. Menosprezar a relevância do conteúdo
Bombardear os clientes apenas com informações institucionais e se autopromover o tempo todo vai afastá-los do seu perfil. Alimente sua conta com informações úteis, interessantes e relevantes para o seu público. “A mesma rapidez com a qual um usuário escolhe seguir uma empresa no Twitter é a que o faz desistir quando seu canal não tem mais nada de interessante para transmitir”, alerta Macedo.
Fonte: Exame

As 5 revoluções de Steve Jobs

Produtos criados pela Apple sob o comando de Steve Jobs transformaram desde a indústria de computadores até o mercado de música.
Numa época em que ícones da indústria de tecnologia desabam – Motorola e HP são os exemplos mais recentes – a sequência de sucessos da Apple impressiona. A empresa revolucionou o mercado pelo menos cinco vezes. Quando foram lançados, Apple II, Macintosh, iPod, iPhone e iPad causaram transformações radicais na maneira como as pessoas usam a tecnologia.
Esses cinco produtos foram criados quando Steve Jobs tinha papel preponderante na Apple. Os últimos três, em particular, parecem ser obra da liderança obstinada que ele exerceu em sua segunda temporada na companhia, de 1997 até sua renúncia, nesta semana. A década em que esteve ausente, de 1985 a 1996, foi bastante menos brilhante para a empresa. Vejamos alguns detalhes sobre as cinco revoluções de Steve Jobs.

1977 – O Apple II inaugura a computação pessoal
Steve Wozniak era o nerd que construiu o Apple I, um embrião de computador. Steve Jobs era o tipo obsessivo que levava as ideias adiante quando seu sócio vacilava. Também tinha um lado artista, origem do design primoroso que a Apple desenvolveria ao longo dos anos. A união de duas pessoas tão diferentes deu origem à empresa e ao pioneiro computador Apple II, que inaugurou a era da computação pessoal.
Computador Apple IIWoz projetou o Apple II, e Jobs o transformou em sucesso comercial
Como sabemos, na metade dos anos 70, os computadores, enormes, ficavam em grandes salas refrigeradas, onde eram operados por especialistas de jaleco branco. O único modelo que podia ser chamado de pessoal era o Mits Altair, para o qual Bill Gates criou seu primeiro software comercial (uma ferramenta de programação). Mas o Altair era vendido desmontado, contava apenas com um mostrador numérico para exibir informações e não tinha aplicativos. Em resumo, não tinha muita utilidade.
Assim, o Apple II, projeto de Woz que Jobs transformou em sucesso comercial, foi o primeiro computador pessoal completo e realmente funcional. Ele logo teve a concorrência de outros, como o Radio Shack TRS-80 e o Commodore PET. Mas o Apple II exibia gráficos coloridos, algo que os outros não faziam. E a Apple assumiu a liderança desse mercado nascente.
O vento virou de vez a favor da Apple em 1979, quando Dan Bricklin inventou a planilha Visicalc, bisavó do Microsoft Excel. O Visicalc fez com que o Apple II – visto, no início, como brinquedo ou ferramenta didática – passasse a ser usado também em empresas. Pela primeira vez, qualquer pessoa poderia ter seu próprio computador. E as empresas podiam fazer seus cálculos sobre a mesa de trabalho, sem interferência da turma do jaleco branco.

1984 – O Macintosh populariza o mouse
Uma mudança radical na maneira de usar um computador começou a acontecer em 24 de janeiro de 1984, quando Steve Jobs apresentou o Macintosh numa reunião de acionistas da Apple. Em lugar de comandos em forma de texto, as pessoas passariam a usar um mouse para controlar o computador. Aplicações relacionadas com fotos, ilustrações e gráficos tornaram-se possíveis. Foi a segunda revolução de Steve Jobs.
A interface gráfica foi inventada nos anos 70 pela Xerox, que não conseguiu transformá-la em produto comercial. Em 1979, Jobs e sua turma fizeram uma visita à empresa, observaram tudo atentamente e, de volta à Apple, trataram de recriar o que haviam visto. A primeira tentativa resultou no Lisa (nome da primeira filha de Jobs), que custava 10 mil dólares e fracassou comercialmente.
Macintosh 512K, da AppleO Macintosh transformou a interface dos computadores
Em outro canto da Apple, o matemático Jeff Raskin já trabalhava num projeto paralelo, o Macintosh (nome de uma variedade de maçãs). Jobs assumiu, então, a liderança desse grupo. Foi sob seu comando que foi criado o antológico anúncio de TV que apresentou o Mac em 1984. Produzido pelo cineasta Ridley Scott a um custo de 1,5 milhão de dólares, o filme fazia referência à obra de George Orwell. Nele, uma garota de shortinho jogava um martelo no “grande irmão” que representava a IBM.
O Mac ganharia impulso em 1985, quando a Apple apresentou sua impressora LaserWriter e o primeiro aplicativo de editoração para computador pessoal, o MacPublisher. Nesse mesmo ano, a Aldus lançou o PageMaker, programa que transformou o Macintosh em ferramenta profissional para a elaboração de publicações. O PageMaker foi, para o Macintosh, o que o Visicalc havia sido para o Apple II.
2001 – O iPod reinventa a música
Em 2000, Steve Jobs encarregou o engenheiro Jon Rubinstein (que, anos depois, seria CEO da Palm) de desenvolver um player de música de bolso, o iPod. Alguns aparelhos da época usavam CDs para armazenar as músicas e eram grandes demais. Outros guardavam os arquivos em chips de memória e tinham capacidade para um ou dois álbuns apenas.
A inexistência de uma modelo pequeno com grande capacidade era frustrante. Além disso, esses tocadores eram alvo de processos judiciais das gravadoras, que acusavam os fabricantes de estimular a pirataria. O iPod e a loja iTunes mudariam tudo isso, iniciando uma revolução no mercado de música.
Rubinstein encontrou a solução para o armazenamento das músicas num laboratório da Toshiba. Os japoneses haviam criado um disco magnético minúsculo e sua primeira grande encomenda veio da Apple. O primeiro iPod, lançado em 2001, tinha capacidade para mais de 1.000 músicas, algo inédito na época. Sua interface com o usuário, baseada no botão circular Click Wheel, foi outra inovação significativa.
O primeiro iPodCom o iPod a Apple passou a vender conteúdo multimídia
Outra grande façanha de Jobs veio em 2003, com a criação da loja iTunes. Ele conseguiu convencer as gravadoras a oferecer músicas para venda por download, ainda que com um sistema que evita cópias não autorizadas. A Apple tornou-se líder em venda de músicas, posto que ainda mantém. Hoje, a loja iTunes foi levada a 24 países (mas o Brasil não está entre eles) e vende também filmes. E cerca de 300 milhões de iPods já foram vendidos, mudando a maneira de ouvir música de milhões de pessoas.
2007 – O iPhone eleva o QI dos smartphones
Steve Jobs iniciou sua quarta revolução em 2007, quando o iPhone sacudiu o mercado de smartphones. Antes dele, esses celulares dependiam de uma canetinha para ser comandados pela tela sensível ao toque, ou de um teclado físico.
Antes do iPhone, eram raros os usuários que instalavam muitos aplicativos no smartphone, já que era preciso caçá-los nos sites dos produtores. Com a App Store, inaugurada em 2008, a Apple passou a selecionar e vender os aplicativos. Isso trouxe confiança e conveniência aos usuários, que começaram a baixar os programinhas em quantidade.
O sucesso da iniciativa atraiu mais e mais desenvolvedores. Em julho deste ano, a loja passou a marca de 500 mil aplicativos disponíveis e a de 15 bilhões de downloads realizados. O iPhone tornou-se o smartphone mais vendido no mundo, com 18% de participação no mercado, segundo os números mais recentes do Gartner Group.

2010 – O tablet vira realidade com o iPad
O iPad foi antecipado por muita gente e, mesmo assim, surpreendeu a quase todos quando foi apresentado por Steve Jobs, em fevereiro de 2010. A ideia de um computador em forma de livro ou prancheta é até anterior à dos PCs e telefones celulares. Já em 1969, o filme 2001:  Uma Odisseia no Espaço mostrava dois astronautas usando aparelhos de aparência idêntica à dos tablets atuais.
Reprodução
Newsstand, a banca de jornais e revistas do iPhone e do iPadiPad e iPhone têm impacto também no mercado de livros e revistas
Muitas empresas tentaram tornar realidade essa visão. Mas a Apple foi a primeira a obter sucesso. Ela já contava com a App Store e suas centenas de milhares de aplicativos, e com o bem elaborado sistema operacional do iPhone, o iOS, que foi modificado para trabalhar numa tela maior. Um projeto cuidadoso e a disponibilidade de componentes miniaturizados permitiram construir um tablet fino, leve e capaz de funcionar muitas horas com uma carga da bateria.
O sucesso foi imediato e até hoje não foi igualado por outros fabricantes. Calcula-se que, neste ano, serão vendidos 60 milhões de tablets no mundo. É um número notável para uma categoria de produtos que nem existia há um ano e meio. Desse total, 44 milhões serão iPads. É a quinta revolução de Steve Jobs.
Fonte: Exame

5 dicas para evitar que seu negócio feche as portas

Segundo dados do Sebrae-SP,  27% das empresas paulistas fecham as portas antes de completar o primeiro ano de vida. Mesmo para as que conseguem sobreviver a esse período crítico, as potenciais ameaças à saúde do negócio não podem ser subestimadas. Problemas como a falta de planejamento e de processos, a lentidão para reagir a mudanças no mercado e a inexistência de uma estratégia bem definida para atrair clientes podem colocar tudo a perder. Confira dicas do especialista Carlos Mendonça, sócio da consulotria PwC-Brasil, para evitar que o seu negócio morra prematuramente:
1. Invista na aquisição de clientes
Antes mesmo de abrir as portas ou logo no início das atividades, a busca por clientes é fundamental para que um negócio possa decolar. Segundo Mendonça, o principal objetivo de um jovem negócio é validar sua proposta através da aceitação ou não dos consumidores. “Pode ser uma grande ideia e um produto diferenciado, mas precisa do aval dos clientes”, comenta. Ao longo da trajetória da empresa também é fundamental continuar atraindo novos consumidores. Em pequenos negócios, as limitações de orçamento podem representar uma barreira, mas seja criativo – faça promoções, invista em ações de divulgação locais e, principalmente, inove nas suas propostas – isso pode gerar marketing espontâneo para o seu negócio.
2. Corte as gorduras
O momento de crise é oportuno para identificar falhas passadas. Decisões tomadas no início do negócio podem comprometer seu atual orçamento porque foram implantadas desnecessariamente ou mal calculadas – é o caso de um aluguel de escritório mais caro do que a realidade da sua empresa comporta, por exemplo. O mesmo vale para funcionários a mais e gastos excessivos. “A empresa deve crescer com uma estrutura eficiente, sem gorduras”, explica o especialista.
3. Coloque ordem na casa
Passado o desespero inicial, não se acomode. É hora de olhar para a sua empresa e estruturá-la. Esta é uma fase delicada para o empreendedor mais apegado. “Talvez algumas das pessoas que cresceram com ele até aquele ponto não vão poder ajudá-lo na etapa seguinte. O próximo patamar, para funcionar, é sair do esquema caseiro”, comenta Mendonça, destacando a importância de contratar profissionais que contribuirão para o empreendimento crescer.
4. Crie processos e implante sistemas
Para o empreendedor que começa o negócio de forma quase amadora, investir na definição de processos e na aquisição de sistemas de gestão pode parecer sinônimo de gastos e esforços desnecessários. Mas, para que a empresa possa se consolidar e continuar a crescer, é preciso profissionalizar o negócio. “Os empreendedores acham que estruturar a empresa não agrega valor. Acham que não precisam do sistema, mas de uma máquina nova para a produção”, explica.
Sem ter uma visão mais detalhada de como o negócio funciona no dia a dia, o empreendedor perde a oportunidade de identificar gargalos e antever possíveis percalços . “Esta é a fase mais crítica para pequenas empresas”, comenta Mendonça. Para evitar contratempos, invista em sistemas para aperfeiçoar as atividades, como o controle do estoque, logística, contas a pagar e receber. Trazer um sócio com habilidades complementares pode ajudar no processo de transição.
5. Reinvente-se
A fórmula para uma empresa se manter no mercado é evoluir constantemente ao longo do seu ciclo de vida. “O risco é achar que as fórmulas de sucesso do primeiro estágio vão funcionar no segundo e no terceiro”, comenta o especialista. Desafios externos, como a economia, mudanças nas preferências do consumidor, novas tecnologias, mudança de leis e a chegada de novos competidores no mercado, impõem ao empreendedor a necessidade constante de reinventar seu negócio. Quem não estiver atento a essas movimentações, pode ficar para trás. “É fundamental observar o que está à sua volta e antecipar tendências”, diz o consultor. “O empreendedor precisa aprender a se desvencilhar do passado”, ele acrescenta.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Lições de empreendedorismo com quem deu certo

Empreendedores de sucesso como Alexandre Costa, da Cacau Show; Eduardo Ourivio e Mário Chady, do Spoleto; Marcelo Alecrim, da Ale Combustíveis; e Sônia Hess, da Dudalina, contam o que aprenderam durante suas trajetórias
Aquela velha frase de para-choque de caminhão “É fácil falar de mim, o difícil é ser eu” poderia ter sido cunhada por 9 entre 10 empreendedores de sucesso no país. Prosperar com um negócio próprio não é tarefa fácil. Prova disso é o alto índice de empresas que fecham as portas antes de completar cinco anos de existência, que chega a 58%, segundo pesquisa do Sebrae, realizada em 2010.
Por conta de tanta dificuldade, dividir experiências com quem é do ramo pode ser muito valioso. Uma pesquisa da Endeavor/UNCTAD feita este ano indicou que 65% dos empreendedores inovadores se inspiraram em um caso de sucesso durante suas trajetórias.
Pensando nisso, a Endeavor Brasil, ONG que promove o empreendedorismo, realizou o Day 1, um evento para inspirar e incentivar novos empresários a sonharem grande. O encontro, que aconteceu na noite de terça-feira (16/08), em São Paulo, reuniu cinco grandes empreendedores: Alexandre Costa, da Cacau Show; Eduardo Ourivio e Mário Chady, do Spoleto; Marcelo Alecrim, da Ale Combustíveis; e Sônia Hess, da Dudalina.
Utilizando o badalado método de storytelling, eles falaram de suas trajetórias, incluindo os momentos difíceis, e deram dicas valiosas para o sucesso.
1. Trabalhe, trabalhe, trabalhe – todos os empreendedores de sucesso, sem exceção, dedicaram boas horas de sua juventude ao sucesso do negócio. Alexandre Costa, da Cacau Show, chegou a passar dias e noites fazendo ovos de páscoa numa cozinha emprestada. Já Marcelo Alecrim, da Ale Combustíveis, chegou a dormir nos seus postos de gasolina, com a atenção 100% voltada para o trabalho.
2. Aprenda com seus erros – acertar logo na primeira tentativa não é a regra. A rede Spoletto, por exemplo, surgiu após os sócios Eduardo Ourivio e Mário Chady se darem mal com alguns restaurantes no Rio de Janeiro.
3. Vá atrás do sim, porque o não você já tem – no comando da Dudalina, a maior exportadora de camisas do Brasil, Sonia Hess iniciou a fabricação de camisas femininas mesmo contra a vontade de alguns de seus sócios e se deu bem.
4. Tenha a coragem de correr riscos – o risco é a condição sine qua non para o crescimento de um negócio. Para criar sua distribuidora de combustíveis, Marcelo Alecrim chegou a entregar ao banco todos os seus bens. Eduardo Ourivio e Mário Chady estavam totalmente sem dinheiro e acumulando prejuízo atrás de prejuízo quando decidiram arriscar tudo e partir para o ramo de franquias.
5. Lidere pelo exemplo – o fazer vale mais que o mandar fazer. Mostre a seus funcionários como você quer que as tarefas sejam executadas e deixe claro que o sucesso da empresa depende também deles. Foi o que fez Marcelo Alecrim, na Ale Combustíveis. Quando sua empresa mudou a sede de Natal para Belo Horizonte, ele foi o primeiro a se mudar e matricular os filhos numa escola na capital mineira. Ao fazer isso, todos os diretores da companhia ficaram mais seguros para fazer o mesmo.
6. Sociedade em sintonia – negócios abertos em sociedade necessitam de uma sinergia grande entre os sócios para dar certo. Para Eduardo Ourivio e Mário Chady é importante que as partes tenham o mesmo foco e se complementem. “Sociedade de 1+1=2 não dá certo. Tem que ser 1+1=6”, dizem os fundadores do Spoleto.

Volkswagen anuncia carro eléctrico de um só lugar

Construtora quer oferecer um pacote de serviços específicos para carros eléctricos.
A Volkswagen (VW) vai apresentar dentro de semanas um carro eléctrico não poluente, de um só lugar. A empresa planeia ainda oferecer um pacote completo de serviços para os clientes dos seus carros eléctricos, com a venda de energia a partir de fontes renováveis.
O conceito de carro de um lugar – que será revelado ao público no Salão Automóvel de Franfurt – é um sinal da ambição do fabricante alemão em construir carros que não produzam dióxido de carbono. “É um novo tipo de mobilidade, um novo conceito de veículo”, disse Jürgen Leohold, responsável pela investigação ao “Financial Times”. “Além disso, é física: se se limitar o carro a uma só pessoa este vai ser mais pequeno e leve e vai precisar de menos energia, o que melhora as emissões de CO2 e reduz os gastos de combustível”, adianta.
O novo carro foi criado com objectivos específicos, nomeadamente para deslocações curtas. O responsável, contudo, não quis avançar qual a cilindrada ou velocidade máxima, escusando-se a adiantar qualquer outro detalhe sobre o veículo.
Fonte: Económico

Uso da tecnologia faz com que estudantes esqueçam livros

A fixação das crianças pelo uso de aparatos tecnológicos, como os smartphones e computadores que lhes permitem acessar as redes sociais, tem feito com que as crianças em idade escolar leio casa vez menos livros. É o que indica um estudo realizado na Grã-Bretanha. De acordo com a pesquisa, fora da escola as crianças estão mais suscetíveis a navegar na internet ou enviar mensagens aos amigos do que ler obras literárias.
Ainda segundo os pesquisadores, entre adolescentes com idade entre 14 e 16 anos, as chances de que o estudante leia um livro em detrimento do uso do computador é 10 vezes menos do que entre os mais novos. A pesquisa foi comandada pela National Literacy Trust depois que a avaliação do Pisa, promovida pela OCDE (organização que reúne as nações mais desenvolvidas do mundo) apontou que a habilidade de leitura dos estudantes britânicos tinha caído do 17º para o 25º lugar. A National Literacy, então, ouviu 18.000 crianças e jovens entre 8 e 17 anos de todas as partes da Grã-Bretanha e descobriu que apenas 13% deles não haviam lido nem um livro sequer – o que para os padrões britânicos é preocupante.
Entre as modalidades mais comuns de leitura apontada por participantes de todas as idades, a mensagem de texto foi a mais citada, seguida pelo email e pelas redes sociais, como o Facebook, o Twitter, o MySpace e o Bebo.
Outra descoberta feita pelos pesquisadores mostra que o hábito da leitura diminui com a idade. De acordo com o levantamento, as crianças do anos finais do ensino primário – que equivale ao ensino fundamental I no Brasil – têm seis vezes mais chances de serem consideradas leitoras assíduas (ou seja, leem cerca de 10 livros ao ano) do que as crianças mais velhas.
Jonathan Douglas, director da National Literacy Trust diz que o estudo lança luz sobre possíveis problemas de letramento. “A nossa preocupação é que essas crianças podem se tornar adultos que tenham a habilidade de leitura de uma criança de 11 anos”, afirmou Douglas. “Dar a essas crianças a oportunidade de amar a literatura é fazer com que elas possam ter acesso a oportunidades e aspirações.”
Aqui no Brasil, uma pesquisa semelhante apontou recentemente que os universitários brasileiros leem de 1 a 4 livros ao ano. Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 23,24% dos estudantes não leem um livro sequer. Já na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os alunos parecem mais ávidos por leitura: 22,98% deles leem geralmente mais de dez livros por ano.
Fonte: Veja

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

50 GB de memória num milímetro de vidro

Um grupo de investigadores descobriu uma maneira de armazenar 50 GB de informação num pedaço de vidro com um milímetro de espessura. O grupo acredita que esta nova tecnologia será “muito importante para o futuro das empresas”.
O processo de armazenamento passa pelo uso de pontos minúsculos chamados voxels, que são embutidos na estrutura molecular do vidro, feito integralmente de sílica. Os investigadores da Universidade de Southampton descobriram como utilizar estes pontos para dobrar a luz que atravessa a “bolacha” de vidro, permitindo o armazenamento de dados, o mesmo que acontece com os cabos de fibra óptica.
Segundo o comunicado emitido pela Universidade, os investigadores também descobriram uma forma de apagar e reescrever os dados através da alteração da posição dos voxels, que podem ser apagados e reescritos noutros locais do vidro.
Quando comparado com outros tipos de armazenamento não voláteis, como o DVD ou o Blu-ray, o vidro apresenta algumas vantagens. Aguenta temperaturas até cerca de 1000 graus e, uma vez que os voxels ficam no interior da estrutura do vidro, a informação permanece, virtualmente, para sempre e sem qualquer tipo de degradação de dados.
“Desenvolvemos um tipo de memória que permite armazenar dados no vidro e fazer com que durem para sempre”, afirmou Martynas Beresna, chefe da equipa de investigação.
“Esta nova tecnologia será muito importante para as empresas, que agora são forçadas a criar cópias de segurança dos seus arquivos de cinco em cinco anos, devido sobretudo à durabilidade dos discos rígidos”, concluiu.

‘Twitter’ chinês tem mais de 200 milhões de usuários

A gigante da internet Sina.com anunciou nesta quinta-feira que o primeiro serviço de microblogging da China tem mais de 200 milhões de usuários.
O serviço de microblogs Sina Weibo é similar ao Twitter, bloqueado na China. De acordo com a Sina.com, o serviço tinha 140 milhões de usuários no fim de abril.
O governo chinês bloqueia as páginas de redes sociais, como Facebook e Twitter, mas alguns usuários parecem ter acesso às mesmas através de redes privadas virtuais ou de servidores proxy.
Fonte: Exame

IBM cria chip que reage como o cérebro humano

A IBM anunciou o desenvolveu um chip para computador inspirado no cérebro humano
A tecnologia usada foi designada de «computação cognitiva» e de acordo com a empresa torna possível prever vários fenómenos, que vão de tsunamis a quebras nos mercados financeiros.
De acordo com a IBM esta tecnologia está programada para reconhecer padrões, fazer previsões e aprender com os erros.
O desenvolvimento deste projecto foi patrocinado pelo Departamento de Defesa dos EUA, tendo a IBM tido um financiamento 31 milhões de dólares para criar aplicações com base na tecnologia de «computação cognitiva»
Entre as potencialidades da nova tecnologia estão, para além das previsões dos fenómenos já referidos, o uso do chip na área da medicina, tendo em comunicado a empresa avançado o exemplo da colocação do mesmo na luva de um médico para a transmissão em tempo real de dados do doente no decurso de uma cirurgia.
Fonte: Sol

terça-feira, 9 de agosto de 2011

São viciados e usam «smartphones» na cama

Há cada vez mais britânicos viciados no uso de «smartphones», que usam na cama, retrete ou à mesa das refeições, contribuindo para a mudança de hábitos e a mistura entre vida social e trabalho, indica um estudo divulgado esta quinta-feira.
Segundo a Ofcom, entidade reguladora das telecomunicações no Reino Unido, quase metade dos adolescentes (47 por cento) e mais de um quarto dos adultos (27 por cento) têm actualmente um destes aparelhos.
Os «smartphones» são telemóveis com características semelhantes às de um computador pessoal, possibilitando o acesso à internet, email, uso de aplicações e câmara fotográfica, cuja popularidade tem aumentado nos últimos anos.
Mais de metade dos inquiridos (59 por cento) confirmou ter comprado um nos últimos 12 meses e muitos, sobretudo os adolescentes, admitiram que mudaram o comportamento social, escreve a Lusa.
A maioria dos utilizadores (81 por cento) dizem que têm o telemóvel sempre ligado, incluindo na cama, e quatro em dez admitem que o usam logo após acordar.
Até a comer e na WC faz companhia
Mais de metade reconhecem que o usam o telemóvel enquanto falam com outras pessoas, um quarto dos adultos e um terço dos adolescentes mexem no «smartphone» durante as refeições.
Nem a retrete escapa: 47 por cento dos adolescentes e 22 por cento dos adultos não resistem a levar o aparelho para a casa de banho.
Outra consequência do uso cada vez maior de «smartphones» é uma mistura entre vida social e trabalho.
Trinta por cento dos «convertidos» afirmam atender chamadas pessoais durante o horário de trabalho contra 23 por cento dos utilizadores dos telemóveis tradicionais.
Mas é também mais provável que um utilizador de «smartphones» atenda chamadas de trabalho durante as férias, tendo 70 por cento admitido já tê-lo feito e 24 por cento confiado que o faz frequentemente.
Dos utilizadores de telemóveis normais, só 16 por cento atende as chamadas quando vê o número do emprego no visor.

3 dicas vitais de como obter sucesso com inovação

CIOs contam suas experiências em projetos inovadores e como eles fizeram para alcançar bons resultados nesse processo.
Há muitas contradições no papel do CIO. A figura está intimamente envolvida em cada aspecto do negócio, mas muitas vezes está separada dele. O executivo é ainda aquele que busca sempre reduções de custos, mas especialmente agora também deve impulsionar a inovação. Não há como negar que tecnologia é fundamental para o sucesso da empresa, mas é difícil de demonstrar seu valor.
A CIO Magazine identificou cem CIOs em todo o mundo que estão à frente de projetos inovadores usando liderança, parcerias de negócios, pensamentos estratégicos e grandes equipes. Veja a seguir o que eles têm feito para ser bem-sucedidos na missão.
1- Conheça o seu público. Todo CIO conhece o olhar vazio de executivos que não conseguem ver o valor dos investimentos em infraestrutura. Steve Agnoli, CIO mundial da empresa de advocacia K and L Gates, superou esse desafio com um projeto bem-sucedido para centralizar os data centers e realizar a integração de aplicações e redes em uma única plataforma.
Ao apresentar o projeto para o board, Agnoli focou na principal preocupação dos clientes internos (os advogados): a entrega ao cliente. “Fizemos nossa lição de casa e citamos clientes que gastam milhões de dólares ao ano por usar nossos serviços. O pulo do gato foi esse, já que os advogados querem saber o que está acontecendo com seus clientes”, diz Agnoli.
2- Estabelecer governança em várias camadas. Em janeiro, a Hess, que atua no setor de Oil&Gas, completou a transição de seus processos financeiros empresariais e de suporte da SAP para vários provedores globais de outsourcing. O projeto envolveu uma grande área de TI da Hess, unidades de negócios e vários fornecedores. Por esse motivo, o estabelecimento de linhas claras de comunicação era vital.
O CIO da companhia, Jeff Steinhorn, acredita que o sucesso do projeto está relacionado ao modelo de governança da Hess. “As pessoas pensam que governança é apenas o estabelecimento de direitos para a tomada de decisão”, diz Steinhorn. “Mas eu penso como comunicação, gestão, atividades operacionais e o ritmo do projeto”. Steinhorn afirma que o processo envolveu todas as camadas da organização.
“Nós alinhamos especialistas em negócios e em tecnologia com os seus respectivos fornecedores para que eles pudessem estabelecer os seus objetivos diários, semanais e mensais de reuniões e depois passasse para mim e os executivos de negócios. Montamos um conjunto estruturado de atividades de comunicação e isso é estabelecer boa governança”, afirma.
3- Envolva todos. Quando Maria Gendron foi para a Celestica, que fabrica eletrônicos, como CIO em 2008 a empresa estava rodando dois sistemas de manufatura, um deles era customizado. O processo de manufatura é um diferencial competitivo para a empresa, por isso a companhia queria padronizar a tecnologia. “Dabatemos muito sobre qual sistema iríamos usar”, diz Gendron. Um comitê escolheu a solução personalizada, mas ainda precisava da aceitação da comunidade de negócios.
“Nós usamos nossa plataforma de networking profissional para dar voz aos usuários internos”, diz Gendron, que usou um wiki com os requisitos do projeto. Em seis meses, o wiki registrou 16 mil visitas de um grupo global de colaboradores e a fase de definição de requisitos foi muito mais rápido do que em projetos gerenciados por meio de teleconferências e e-mails.
“Foi muito interessante essa metodologia e poderosa, porque todos se sentiram como parte do projeto e eles podiam ver os resultados da sua contribuição”, diz Gendron. “Quanto mais pessoas você pode inserir no processo melhor”, finaliza.

A influência de celebridades no comportamento de compra

Os seres humanos ao longo da nossa história consomem bens e serviços de acordo com o contexto onde estão inseridos motivados por uma série de estímulos. As mais diversas técnicas de persuasão vêm sendo empregadas através dos tempos intencionando capturar a intenção de compra, exercer controle sobre o comportamento do consumidor e mapear seus passos a fim de prever o seu comportamento. Analisar o comportamento do consumidor neste contexto torna-se o alvo principal de atenção das empresas para lançamento de novos produtos e manutenção daqueles que já estão à disposição do mercado, verificando se estes necessitam de adaptações para sustentar o seu posicionamento de marca e share.
Conhecer os anseios dos consumidores, dentro das categorias de inserção de cada grupo de indivíduos e suas particularidades de consumo descortina para os profissionais de comunicação um importante enigma quanto ao significado do consumo. Segundo Solomon (2008), as pessoas não compram produtos pelo que eles fazem, mas principalmente pelo que significam. Uma marca é a união dos atributos tangíveis e intangíveis, gerenciados de forma adequada, que criam influência e geram valor (Martins, 2004). Marcas fortes e bem posicionadas na economia de marketing do nosso tempo constituem um bem imaterial para os seus detentores. É a questão mais importante da economia moderna (Passarelli, 2010).
Em sentido amplo, o papel da propagada é influenciar os consumidores para a aquisição de um produto, devendo chamar a atenção, despertar interesse, estimular o desejo, criar convicção e induzir a ação. A propaganda comunicando os atributos e benefícios da marca de maneira lúdica, como em narrativa ficcionada, fazendo uso de personagens, lugares e situações de modo a favorecer o envolvimento do consumidor (Randazzo, 1997). “O fato é que todas as marcas possuem uma imagem associada a elas, marcas boas as formatam em termos de significado e diferenciação” (Zyman e Miller, 2001).
A análise funcional do comportamento é o instrumento básico de trabalho dos analistas do comportamento. Para conduzi-la, consideram-se a história passada do indivíduo, as contingências mantenedoras atuais; dessa forma, é possível prever, ou mesmo, controlar o comportamento futuro dadas as condições de sua ocorrência. A importância de fazer a análise funcional está na possibilidade de identificar os elementos envolvidos (antecedentes, respostas e consequências) e verificar se existe ou não a relação de dependência.
Para a análise do comportamento, mudanças na probabilidade de respostas só podem ocorrer por meio das mudanças nas contingências mantenedoras, sejam nos eventos antecedentes, sejam nos estímulos consequentes. É possível propor, criar ou estabelecer relações de contingências para o desenvolvimento de certos comportamentos. A propaganda é uma ferramenta poderosa que articula a busca da identificação com a história de determinado grupo de indivíduos integrados em um determinado meio cultural. Para criar propaganda de efeito no consumidor e eficaz na questão de mudança de hábitos de consumo, é essencial considerar diversos aspectos: conhecer o público-alvo e a cultura na qual se insere esse público e, em termos comportamentais, definir quais estímulos são reforçadores e quais são aversivos para o público em questão.
Por esta razão, torna-se valioso investigar como a publicidade elabora os comerciais de televisão, utilizando recursos da psicologia para fundamentar sua estratégia. Nesse aspecto, a análise do comportamento parece ter papel de grande importância, se aplicada à publicidade. Assim, é possível propor análises funcionais das propagandas de forma a observar quais processos e comportamentais estão envolvidos. Lipovetisky&Roux (2005) pontuam que identificação imprime diferenciação em relação a grupos ou em uma lógica de distinção de classes e servem como emblema para compradores que reivindicam determinados códigos sociais, seu pertencimento real ou simbólico.
A publicidade se caracteriza pela apresentação de diversos estímulos que provocam uma identificação do publico alvo com o produto ou serviço ofertado. Elege-se um target e então um caminho é traçado para atingir aquele grupo focal. Muitas vezes são usados recursos da psicologia para fundamentar a idéia, ainda que de maneira precária, mas alguns estímulos são apresentados e manipulados como: cor, sons, ambiente a fim de contextualizar a mensagem dentro da ótica do consumidor. A publicidade é uma forma de criar mitos. Ela aproveita o poder do mito e dos símbolos para criar e manter marcas de sucesso. Esses mitos remetem à história da origem do homem e do mundo, permitem que um indivíduo sinta-se identificado com um grupo além de fornecer estrutura e ordem às suas vidas (GILLMAN, 2007).
Uma das técnicas comumente utilizadas é o emprego de celebridades como estímulo discriminativo, ou seja, um estimulo que antecede o comportamento, neste caso de consumir, através de um processo de identificação com o referido personagem que se torna porta voz da mensagem. A utilização da técnica visa transferir alguns atributos do porta voz da mensagem para o produto, através do emparelhamento de estímulos. Esta técnica se baseia na mitologia cultural, criando mitologias de marca que refletem e consolidam as mesmas imagens que tradicionalmente vêm dominando a nossa cultura. As imagens femininas, baseadas na Grande Mãe ou na donzela sedutora (virgem tentadora) ou as masculinas reforçando os arquétipos do Grande Pai ou do Guerreiro (Randazzo, 1997).
Se alguma coisa pode ser utilizada, é porque ela pode representar alguma coisa, exercendo sua função sígnica. A propaganda de forma geral, procura estimular o desejo do leitor e criar a convicção sobre a qualidade produto anunciada, a partir de ilustração, imagem ou slogan associado. (Vestergaard & Schoder,1996). A técnica de identificação é bem mais eficaz para ensinar novos hábitos – mostrando pessoas com as quais eu estou envolvido por meio de meus sentimentos, usando novas marcas ou novos tipos de produtos – do que a abordagem direta, argumentativa e racional. A abordagem racional traz à tona todas as habilidades críticas das pessoas” (GILL, 1997). Para este mesmo autor, identificação significa fazer com que o consumidor se coloque no lugar de outra pessoa, no caso, a celebridade ou a personagem da propaganda.
Isso implica a transferência de propósitos, ideais, emoções, sentimentos. A identificação é de extrema valia para a propaganda. Se o consumidor conseguir identificar-se com os usuários do produto e se puder ver-se na mesma situação, então a propaganda tem mais probabilidade de mudar o comportamento de compra desse consumidor (ZYMAN, 2002/2003; GILL, 1956.). Em linguagem comportamental, a identificação ocorre quando o indivíduo discrimina no modelo certas características que também observa em si mesmo. Neste sentido, o indivíduo pode passar a ser controlado por reforçadores que mantêm o comportamento do modelo. Em outras palavras, se um ator ou personagem (um modelo) tem comportamento reforçado por um produto em uma propaganda, o produto pode passar a exercer função reforçadora sobre o comportamento do indivíduo, quando este se identifica com o modelo.
Se o modelo em questão for uma celebridade, isso significa pegar emprestada a personalidade e a percepção da celebridade para dar relevância a uma marca ou produto. O público deixa de ver o produto como “comum” e passa a vinculá-lo às qualidades que associam à celebridade. A mensagem do modelo, especialmente quando se trata de celebridades, é: “eu sou bem-sucedido, famoso e rico e, realmente, utilizo esse produto; se você comprá-lo, poderá ser igual a mim’ ou ‘pessoas interessantes e legais iguais a mim usam esse produto; se você não comprar, ficará de fora. (Zyman, 2003).
Mas por que consideramos determinadas celebridades estímulos discriminativos? O poder que cada estímulo tem de influenciar o comportamento vai depender da história do indivíduo com este estímulo ou estímulos semelhantes a este. Para a cultura ocidental, artistas, e nessa categoria podemos incluir todos aqueles cuja profissão experimenta o estado da arte, em seu sentido mais abrangente, tais como cantores, atores, pintores, bailarinos, modelos, teriam sido “abençoados” com a iluminação, que seria o reconhecimento da sua “radiância” em meios as coisas que sejam julgadas, na visão temporal, boas ou más, na sua revelação da verdade (Campbell, 1990).
A existência de estímulos relevantes à história de reforçamento do consumidor na propaganda pode aumentar a probabilidade de consumir o produto veiculado que provoca nos consumidores essa identificação e um processo claro de “endeusamento” destes personagens. Temos uma necessidade intrínseca de constituição de “mhytos”, que segundo Grimal (1983) é a palavra grega que se presta para designar “toda a história que se conta”. Portanto, não se espera que um mito comprove racionalmente coisa alguma. Por natureza o mito não precisa demonstrar sua veracidade. A “verdade” é intrínseca a ele, para aqueles que o recebem como tal.
Joseph Campbell no livro (O poder do mito – 1990), quando afirma que cada indivíduo deve encontrar um aspecto do mito que se relacione com a sua própria vida, divide o mito em quatro funções básicas:
1 – A função mística. Os mitos abrem o mundo para a dimensão do mistério, para a consciência do mistério que subjaz a todas as formas. Ai percebemos o fenônemo do fascínio, experiência sensorial experimentada pelos que cultivam o mito, uma constatação de que esses seres são a imagem do bem e do mal. Como se escolhidos  para um “ olímpo” imaginário.
2 – A dimensão cosmológica, da qual a ciência se ocupa – mostrando qual é a forma do universo, mas fazendo-o de tal maneira que o mistério, outra vez, se manifesta.
3- A sociológica, suporte e validação de determinada ordem social. Aí percebe-se a questão da aceitação, da necessidade de pertencer a um determinado grupo social cujas particularidades fazem a busca pela segmentação tribal contemporânea, provocar a criação de “guetos” urbanos em todos os níveis sociais.
4- A função pedagógica, como viver uma vida humana sob qualquer circunstância e reconfirmadas pela interação social. Neste sentido, o mercado é fonte de autoridade, possui legitimidade para definir a validade das ações individuais, orientando-as nesta ou naquela direção.
Analisando esta visão pela ótica da analise comportamento, sabemos que o comportamento do individuo é fruto de seu processo de aprendizagem e história pessoal. Consumir bens permite satisfazer necessidades materiais e sociais. Os grupos sociais identificam-se por atitudes, maneiras, jeito de falar e hábitos de consumo. Assim, aquilo que é usado ou consumido deixa de ser mero objeto de uso para transformar-se em veículo de informação sobre o tipo de pessoa que o consumidor é ou gostaria de ser. Para Baum (1994/1999), as histórias e os mitos de uma cultura estão relacionados às regras porque também se referem a contingências de reforço e punição.
Estamos inseridos em um contexto social, fruto de toda a carga histórica e cultural que carregamos nossas crenças, nossos valores, nosso padrão de comportamento é fruto de um processo de aprendizagem ancestral. Se nossos ancestrais acreditavam em determinados mitos, cultos, acabamos por acreditar nos mesmos, pois nosso comportamento foi modelado dentro dessa  formatação, assim como o comportamento de nosso antepassados foi modelados pelos que os precederam.
A definição de cultura cunhada inicialmente pelo antropólogo Edward Burnett Taylor são práticas e ações culturais que seguem um padrão determinado no espaço. Esse processo de transformação das chamadas celebridades em “mhytos” obedece este contexo histórico por um processo de contigência, ou seja, um sistema que envolve um comportamento, o estímulo discriminativo que o possibilita e a consequência que esse comportamento recebe do ambiente (no qual estão incluídas as outras pessoas), o que contribui em nossa formação enquanto indivíduos acarretará uma carga significativa na constituição de nosso comportamento.
Skinner (1953/2000) já afirmava que há três grandes determinantes do comportamento: a filogênese, a ontogênese e a cultura. A história filogenética, pela seleção das espécies, produz, no indivíduo, repertório comportamental inato, composto de um conjunto de reflexos incondicionados. Além disso, propicia  características fisiológicas que influenciarão a interação do indivíduo com seu ambiente durante a sua vida. A história ontogenética individual, por outro lado, diz respeito à interação do indivíduo diretamente com o ambiente durante a sua vida, estabelecendo comportamentos e funções de estímulos. Já a cultura vai estabelecer comportamentos por contingências sociais de reforço e punição, além de modificar a probabilidade de respostas pela modelação e pelo controle por meio de regras.
Todorov e Moreira (2004), de forma resumida, afirmam que as práticas culturais também são selecionadas ao longo do tempo: diversos comportamentos individuais são incentivados e mantidos, através de rituais e outros dispositivos, em prol de um objetivo comum em longo prazo. Nossa formação cultural impreterivelmente passa por um processo histórico do homem pela constituição de “mhytos”, há uma carga simbólica contida nesse enquadramento a qual não podemos negar e inevitavelmente nosso comportamento de consumo esta carregado dessas práticas culturais.
Constituímos celebridades como figuras dotadas de carga mítica, sobrenatural, como se elas pudessem atravessar um portal proibido aos mortais comuns. O grande agente transformador de pessoas comuns em mitos é a mídia, que nos transporta através do tempo e do espaço, num mergulho surreal de poder, beleza, glamour, atributos distantes dos simples mortais, que perseguem o belo e que pela repetição da ação reforçam a cada dia este fenômeno cultural.

Japoneses lançam roupas com ventilador para espantar o calor

Enquanto no Brasil estamos cobertos dos pés à cabeça contra o frio deste inverno, no Japão até roupas com ventilador foram criadas para amenizar o calor. A empresa japonesa Kuchofuku implantou mini-ventiladores em calças, jaquetas e camisas e lançou as “air-conditioned clothes” (roupas ventiladas). Segundo a fabricante, o objetivo é aumentar a evaporação do suor do corpo, proporcionando uma sensação refrescante.
O novo produto fez sucesso e já vendeu cerca de 25 mil unidades no país, a US$ 120 cada. A empresa aproveitou o sucesso e também implantou a ventilação em sofás e roupas de cama para aliviar as noites quentes.

7 formas de exercitar seu lado empreendedor

Não é preciso estar à frente de um negócio para exercitar seu lado empreendedor. Atividades cotidianas, como organizar as finanças pessoais ou propor iniciativas no trabalhao, podem prepará-lo para os desafios de comandar uma empresa no futuro. Confira, a seguir, dicas de especialistas em empreendedorismo para desenvolver estas aptidões:
1. Pratique o planejamento
O planejamento é uma habilidade fundamental para um empreendedor de sucesso e você pode exercitá-lo através de várias tarefas do dia a dia. O controle das finanças pessoais é uma delas. Projete os seus gastos ao longo do ano e faça a provisão do quanto deve entrar na sua conta. Além de ter uma visão de longo prazo do seu fluxo de caixa, você poderá identificar e cortar despesas desnecessárias, definir prioridades e planejar investimentos futuros. Fazendo este exercício, você poderá não só colocar em ordem sua conta bancária, como também preparar-se para gerir as finanças da sua futura empresa.
2. Faça contatos
Ter uma boa rede de relacionamentos ajuda na busca por novas oportunidades. Mesmo não tendo um plano concreto de negócio, procure frequentar eventos e espaços voltados a empreendedores. Ouvindo as experiências dos outros, você pode se preparar melhor para os desafios que irá encontrar pelo caminho. Converse com pessoas e ouça opiniões diversas para aprimorar o conceito do seu empreendimento. Além disso, os contatos que você faz hoje podem ser muito valiosos para o seu negócio amanhã. Quem sabe você não encontra até mesmo um sócio ou alguém interessado em financiar seu projeto?
3. Analise outras trajetórias
Ler biografias de empreendedores de sucesso é um ótimo exercício de análise, segundo o consultor do Sebrae SP, Renato Fonseca. “Você pode aprender lições valiosas sobre como correr riscos, trabalhar com metas e encontrar oportunidades”, exemplifica.O professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), Paulo Lage Terassovich recomenda observar como funcionam outras empresas, independente do tamanho delas. Analise a estrutura, o corpo diretivo e o estilo de liderança dos gestores.
4. Empreenda no trabalho
Se você ainda não tem seu próprio negócio, pode praticar o empreendedorismo mesmo no local onde trabalha. Tome a iniciativa de identificar desafios e problemas da sua área, elabore um projeto e apresente aos superiores. “Isso mostra que o funcionário sabe andar com as próprias pernas”, diz Terassovich. Só tome cuidado para não atropelar a hierarquia e tenha certeza de que você é capaz de entregar aquilo que está propondo para não queimar o filme com os seus superiores.
5. Empreenda nas horas vagas
Se no seu ambiente de trabalho não há espaço para propor iniciativas e tocar projetos, busque outras alternativas. Organizar alguma atividade em grupo – como um clube de leitura, um bazar para a caridade ou um campeonato de futebol – podem ajudar a exercitar habilidades fundamentais para um empreendedor, como a capacidade de liderar, tomar decisões, planejar eventos, fazer orçamentos, captar recursos e motivar pessoas, entre outras. Renato Fonseca também indica participar de grupos com fins sociais, como ONGs, por exemplo, onde é possível participar de atividades que vão desde a elaboração do projeto até o controle de gastos e busca por resultados.
6. Pesquise sobre o negócio
Mesmo que você não esteja pronto para abrir um negócio de imediato – seja por limitações financeiras ou outras prioridades profissionais ou pessoais –, você pode começar a conhecer melhor a área em que pretende atuar no futuro desde já. Busque instituições de apoio ao empreendedor, como o Sebrae, leia livros, faça cursos e, principalmente, converse com empreendedores do ramo que você “namora”.
Nessa fase de “aquecimento”, você pode ter a certeza de que está no rumo certo ou até descobrir que quer fazer algo totalmente diferente. “Aquele que encontra uma oportunidade no que gosta, vai pesquisar mais. Ele terá satisfação de tocar um negócio e não vai se importar de trabalhar até tarde da noite ou aos finais de semana”, diz o professor da FIA.
7. Coloque suas ideias no papel
Enquanto você não pode colocar suas ideias em prática, coloque-as ao menos no papel. Se você teve uma ideia de negócio, experimente escrever um documento descrevendo como ele funcionaria, quais seriam seus diferenciais, quem seriam os concorrentes, como você iria faturar com ele. Esse é um bom treino para, no futuro, escrever um plano de negócios da sua empresa. Segundo Terassovich, colocar as ideias no papel ajuda a identificar necessidades e facilita o planejamento.
Fonte: Exame

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Foxconn terá 1 milhão de robôs em fábricas

A gigante da tecnologia Foxconn vai substituir uma parte de seus trabalhadores por 1 milhão de robôs nos próximos três anos. De acordo com informações da agência Xinhuanet, o fundador da empresa, Terry Gou, declarou, na sexta-feira, que a manobra é uma forma de cortar custos e aumentar a eficiência.
Os robôs serão usados para tarefas simples e rotineiras. Atualmente, a Foxconn é a maior fabricante de componentes de computadores do mundo e monta gadgets para Apple, Sony e Nokia. A empresa possui 1,2 milhão de funcionários – sendo a grande maioria, um milhão, em fábricas na China.
Há tempos, a Foxconn sofre pressão devido às condições de trabalho que oferece. Baixos salários, horas extras obrigatórias e muito tempo passado em pé são algumas das acusações. Vários casos de suicídio, ou tentativas de suicídio, foram registradas nas instalações. Hoje, a companhia possui 10 mil robôs, que passarão a ser 300 mil no ano que vem e 1 milhão em três anos.
Fonte: Exame

Google – À procura do sucesso nas redes sociais

Google+ é aposta para recuperar terreno neste mercado, o único que falta na hegemonia da Google
A Google vive meses que serão cruciais na sua história. Trocou de presidente e intensificou a aposta em novos produtos. A gigante joga a “última cartada” no lucrativo mercado das redes sociais, com o Google+, um segmento em que se deixou ultrapassar e o “elo” que falta na hegemonia de que goza no mercado das novas tecnologias.
Eric Schmidt, recentemente substituído no cargo de CEO por um dos fundadores da Google, Larry Page, reconheceu que a empresa descurou o potencial das redes sociais, deixando caminho aberto para o crescimento do Facebook. Entre as tentativas frustradas destaca-se o Orkut, popular no Brasil mas secundário nos EUA e na Europa. E o Google Buzz, que cometeu o “pecado capital” de se apropriar dos contactos do Gmail para compor a lista de “amigos” da malograda rede social.
À terceira, a investida nas redes sociais está a ser gerida de forma mais cuidada, com a introdução do Google+. A Google procurou atacar o Facebook no seu ponto fraco – a indiferenciação dos “amigos” – e apostou na composição de diferentes redes de contactos. A Google utilizou também uma técnica de “marketing” que funcionou quando do lançamento do Gmail: a formação de uma “fila à porta”.
Ou seja, nos primeiros meses do Google+ o registo só pode ser feito por convite, o que ajuda a criar ansiedade e curiosidade no público. O serviço passou ontem a registo aberto, após conquistar 20 milhões de utilizadores durante o período experimental.

Custos preocupam investidores

A empresa tem investido fortemente em contratações e em salários, bem como em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. O aumento dos custos operacionais estava a gerar alguns receios entre os analistas, mas a gigante voltou, há duas semanas, a apresentar lucros que “esmagaram” as estimativas.
As receitas dispararam 32% no segundo trimestre, para mais de nove mil milhões de dólares, um valor que cai para 6,92 mil milhões descontando os custos de aquisição de tráfego, ou seja, as comissões que a Google paga aos parceiros publicitários. Os resultados com publicidade em motores de busca e no YouTube suportaram os resultados.
Já os custos totais aumentaram 38%, uma subida que reflecte, em parte, a contratação de quase 2.500 novos funcionários durante o segundo trimestre, que se juntaram aos mais de 1.800 contratados no primeiro trimestre. Larry Page pede fé aos investidores e accionistas, prometendo que os frutos virão.
“Continuamos compradores de acções da Google, depois dos bons resultados do segundo trimestre, o sucesso inicial do Google+ e a aceleração das activações de sistemas operativos Android mostram que a Google está a dar cartas em todas as frentes”, diz Jeetil Patel, analista do Deutsche Bank.
As acções estão a valer 611 dólares, abaixo dos máximos de 740 tocados em 2007 mas a “léguas” de distância dos 85 dólares a que os títulos foram vendidos, em 2004. Entre os 43 bancos consultados pela Bloomberg, 38 recomendam “comprar” e cinco “manter”. A média das avaliações coloca a Google nos 735 dólares.

















Fonte: Jornal de Negócios

Nova tecnologia mostra como ficará a sua casa

Empresas usam imagens em 3D para que o comprador saiba como será o imóvel

A divulgação dos empreendimentos imobiliários na planta estão cada vez mais criativos e “reais”. Isso porque a tecnologia tem se tornado aliada do mercado imobiliário, acompanhando o bom momento do setor. A tendência faz com que o comprador consiga visualizar como será a casa nova antes de ela ficar pronta.
Os famosos books — livros que reproduzem como será o novo condomínio — estão ainda mais sofisticados. Eles retratam a realidade, além dos apartamentos e escritórios decorados e maquetes virtuais em 3D, entre outros.
Rafael Duarte, da Percepttiva, diz que os books, mais sofisticados, retratam melhor a realidade do futuro empreendiment
Segundo o sócio diretor da Percepttiva, agência de publicidade especializada em marketing imobiliário, Rafael Duarte, atualmente é possível representar em até 95% como será o empreendimento quando estiver pronto.
“São imagens, maquetes e filmes em 3D, aliados ao material impresso que produzimos (books), que contribuem para a percepção clara do que o comprador vai receber, além da unidade decorada no estande de vendas”, diz.
Duarte lembra que há 10 anos não havia tanto recursos para imóveis na planta. “Por isso, de tudo o que se lança hoje, 90% são vendidos sem ser colocado um tijolo”.
Ele adianta que o próximo lançamento da construtora Calçada terá maquete em 3D oleográfica. Como um espelho de alta rotação, ela vai reproduzir o empreendimento.
Na Calper, o lançamento do Wonderfull, novo condomínio no Recreio dos Bandeirantes, também será de tirar o fôlego. O empreendimento será mostrado ao cliente da forma mais próxima da realidade possível.
Projeção virtual simula o prédio em tamanho real
A Brookfield também investe em criatividade para lançar seus empreendimentos. No One World Offices, o espetáculo foi a céu aberto. No evento, foi feita projeção virtual mapeada em 3D, que simulava a construção do prédio em tamanho real.
Foto: Divulgação
Maquete em 3D, da Brookfield, retrata como será o complexo comercial
A tecnologia foi desenvolvida pela agência Vértex, a mesma que projetou os personagens Mônica e Cebolinha, no Criança Esperança. “Precisávamos de algo à altura do empreendimento, algo que demonstrasse modernidade, tecnologia, arquitetura inovadora e a grandeza do One World Offices”, disse o diretor de Incorporação da Brookfield, Caetano Sani.
No megaestande do empreendimento, na Avenida Abelardo Bueno 600, na Barra da Tijuca, é possível ver escritórios decorados e uma maquete virtual que mostra como será o complexo comercial de dia, à tarde e à noite, apenas apertando botões.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Marca de 7 bilhões de habitantes limitará recursos mundiais, diz especialista

O planeta Terra chegará a 7 bilhões de habitantes neste ano e grande parte deste crescimento irá afetar os países em desenvolvimento. Com o aumento populacional, as regiões serão forçadas a limitar os seus recursos, afirmou David Bloom, professor de economia de Harvard em entrevista à rede de televisão a cabo CNN.
As principais dificuldades estarão relacionadas a comida, água, moradia e energia. As Nações Unidas (ONU) projetam que a população chegará a 10,1 bilhões de habitantes em 2100. Nos próximos 40 anos, praticamente todos os 2,3 bilhões de novos habitantes (97%) irão crescer em países subdesenvolvidos, sendo quase a metade na África (49%).
Segundo o estudioso de Harvard, cerca de 135 milhões de pessoas irão nascer e 57 milhões irão morrer neste ano – o que significa um aumento de 78 milhões de habitantes.
Apesar das projeções, os resultados vão depender da continuidade da queda de natalidade. De acordo com indicadores do Banco Mundial, a taxa de fertilidade no mundo registrada em 2009 era de uma média de 2,52 filhos por casal, muito abaixo do ano de 1960 (4,91 filhos). No Brasil, essa média é de 1,83, também abaixo da década de 1960, quando nasciam em média 6,21 crianças.

Como os carros eléctricos estão a mudar as estradas

Três portugueses contam a sua experiência ao volante dos novos veículos eléctricos.
Mário Cordeiro tem 62 anos e tinha de ter um carro eléctrico. É apaixonado pela questão ambiental e para ele fazia todo o sentido ter um automóvel movido a energia eléctrica. Depois de se informar sobre as várias opções no mercado, decidiu-se pelo Nissan Leaf. “Estou francamente satisfeito com a prestação do carro”, afirma Mário Cordeiro, sem deixar de realçar que “o carro não foi propriamente barato mas, a médio prazo, compensa o investimento. É uma excelente opção”.
Este português a residir em Condeixa-a-Nova tem na ponta da língua o dia em que foi buscar o Leaf: “3 de Maio, depois de nove meses de espera”, desabafa. Até agora ainda não recebeu do Estado os cinco mil euros de incentivo – mas acredita que esteja para breve. Faz cerca de 90 a 100 quilómetros diários e a rotina é sempre a mesma. Ao final do dia carrega o carro em casa. “Sou cuidadoso”, explica Mário Cordeiro, para quem a questão da autonomia dos carros eléctricos, apontada por muitos portugueses como uma desvantagem, é uma falsa questão.
Uma opinião partilhada por Joana Virgolino, 33 anos, que também tem um Nissan Leaf. Todos os dias faz entre 80 a 90 quilómetros e não tem problemas quanto à autonomia. “Só tenho de me preocupar em pensar, de véspera, qual vai ser o meu percurso no dia seguinte. E raramente carrego a bateria a 100% porque não tenho essa necessidade”. Com o carro desde Maio deste ano, Joana admite que esta foi uma boa decisão de compra e lança o desafio a todos: “quando tiverem oportunidade financeira, comprem um carro eléctrico”. É que, além da questão ambiental, Joana ainda valoriza mais o lado económico. A viver em Leiria, Joana – que também ainda não recebeu o incentivo do Estado pela compra do veículo eléctrico – conta que a única coisa que mudava no Leaf “era mesmo os bancos traseiros que deveriam ter mais uns quantos centímetros”. Mãe de três crianças pequenas, diz que este não é um carro de família, pois as três cadeiras de segurança não cabem.
Já Adriano Rodrigues, médico e professor na Universidade de Coimbra, comprou um carro eléctrico exactamente por ser uma energia limpa e o carro do futuro. No Leaf destaca o conforto, “o facto de ser robusto e com uma aceleração contínua o que nos dá uma condução bastante equilibrada”. Utiliza-o sobretudo nas suas voltas em Coimbra, onde faz 30 a 40 quilómetros diários. “Quando vou para fora da cidade, tenho receio que não haja carregadores por perto”, explica o professor que considera que a infra-estrutura ainda é deficitária no País no que respeita a postos de carregamento. “Por exemplo, no outro dia fui aos quatro postos de carregamento em Coimbra e estavam todos desligados”.
Um cêntimo por quilómetro
Ainda assim, Adriano Rodrigues considera ter feito a escolha certa em função das suas necessidades: “Se não passar dos 80 km/hora, nem se sente o consumo. Claro que se ligarmos o ar condicionado ou formos a mais de 120 km/hora, a bateria gasta-se rapidamente”. Limitações de um veículo eléctrico. Feitas as contas, Adriano calcula que gaste entre 60 a 70 cêntimos por carregamento eléctrico total. Também Mário Cordeiro fala de poupança quando admite que gasta um cêntimo por quilómetro.
Os adeptos portugueses de veículos eléctricos vão crescendo aos poucos. Desde que a Nissan, a Peugeot e a Mitsubishi lançaram em Portugal os seus modelos eléctricos, no início do ano, já foram vendidos 111 veículos eléctricos. Um número reduzido face às vendas de carros a combustão mas que, ainda assim, satisfaz as marcas de automóveis. Quanto ao perfil de cliente, a Nissan Portugal, por exemplo, identifica a classe média/média-alta, conscientes da questão ambiental e com forte racionalidade na análise de custos/benefícios.”
Fonte: Económico

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Geração Y, desafio para o RH e pequenos empresários

Entender e compreender em que tempos estamos posicionados faz com que reativemos os pensamentos de grandes filósofos que sempre questionaram: o que é preciso para criar? Saber? Conhecer? Compreender o que realmente é problema? Ou simplesmente deixar a mente vagar?

Sem dúvida há algo além do trabalho no espírito criativo, principalmente na geração Y, que pode, e deve, inclusive, se dar ao luxo de praticar aquilo que hoje se chama “ócio criativo”, para que as idéias venham. O autor do termo, Domenico De Masi, o definiu assim: “Quando trabalho, estudo e jogo coincidem, estamos diante daquela síntese exaltante que eu chamo de ócio criativo”. Em outras palavras e com seu estilo inconfundível, Plínio Marcos traduziu: “Coçar o saco é parte fundamental do trabalho do artista.” E o filósofo Alexander Koyré, com um argumento definitivo: “Não é do trabalho que nasce a civilização: ela nasce do tempo livre e do jogo”.

Com esta visão, temos, o exemplo da Microsoft, que faz com que seus funcionários de criação tenham todo o tempo livre e assim possam criar. Outras experiências em empresas de sucesso, como Google, Facebook e Linkedin fazem parte deste ideário de tempo livre versus criação.

As áreas de RH de empresas com essa visão têm a missão de alicerçar e entrecruzar trabalho e tempo livre para criação, gerando resultados. Parece simples, mas não é.

Uma inovação não tem preço: as empresas que já se posicionaram tendo esta visão como base já colheram grandes frutos e lucros. A geração Y é também responsável por esses resultados. São famosas as frases “ação e reação”, “dar para receber”, que movem a geração Y.

Lidar com este público é em certos momentos, trabalhar com quebras de paradigmas e sair da zona de conforto. São profissionais que não trabalham diretamente ligados aos recursos financeiros que podem ser obtidos com o trabalho, mas, sim, vinculados ao desafio do “eu posso”. Com isso, reafirmamos, a geração Y é a geração da inovação. Crie os desafios e terá grandes profissionais Y ao seu lado.

Contudo, nem sempre há flores. Os pequenos empresários muitas vezes não tem tempo, nem dinheiro, para apostar em inovação. Assim, acabam encontrando e optando por profissionais da geração anterior, os profissionais da geração X. Estes se diferem da geração y, por serem um pouco mais conservadores e terem o “pé no chão” quando o assunto é estabilidade pessoal e familiar.

O ponto crucial nesta história é saber qual o limite entre criatividade e lazer e como o tempo e ócio criativos podem ser aliados ou não desta nova geração.

Para as empresas, essa pseudoindependência deve ser administrada de forma que gere resultados concisos, ou seja, apesar de serem livres no seu dia a dia, os profissionais Y devem cumprir prazos e metas da Companhia, trazendo resultados que possam ser avaliados.

É de conhecimento do mercado que um profissional da geração Y não hesita em mudar de empregador. O executivo Y vive o momento e não se comporta como os profissionais da geração anterior que ficavam anos e anos na mesma empresa, preocupados com o futuro.

Por conta desse modo de conduzir a carreira muitas Companhias confundem o que realmente estes profissionais querem e criam regras de bônus e incentivos mirabolantes.

Contar com profissionais da geração Y e administrá-los é um desafio para o gestor de RH. Na maioria das vezes, prescinde um desapego de métodos conservadores de motivação da equipe. Faz-se necessário métodos criativos e, muitas vezes, inéditos, para criar um senso de pertencimento aliado à resultados perenes.

A geração Y solicita dos gestores novos olhares e novas perspectivas do como, quando, onde e por que se desenvolve determinada função dentro de uma organização. Lidar com este “diferente” dentro de uma instituição faz com que novas abordagens frente a este novo se estabeleçam e, nesse horizonte, uma nova cultura organizacional se concretize na empresa.

Portugueses criam sistema revolucionário contra fogos

Investigadores portugueses desenvolveram um programa inovador de combate aos fogos, o FireTrack, que permite detetar incêndios em tempo real. Este projeto poderá pôr fim às dramáticas destruições massivas das chamas e resulta de uma parceria de várias empresas liderada pela MediaPrimer, de Coimbra.
“As consequências devastadoras dos incêndios podem ter os dias contados”, afirma em comunicado enviado ao Boas Notícias, José Carlos Teixeira, CEO da MediaPrimer.
O FireTrack consiste num sistema de deteção e acompanhamento da evolução dos fogos florestais que assenta em redes de sensores sem fios e comunicações por GMS (SMS), ou através de TCP/IP com o servidor central, num sistema de Gestão de toda a informação.
“Ao detetar condições potenciais de incêndio, ou uma ignição, o FireTrack comunica imediatamente a situação aos clientes do sistema, que poderão ser as autoridades competentes”, avança José Carlos Teixeira, afirmando que esta inovação “vai permitir uma resposta mais rápida e, consequentemente, mais eficiente”.
Este serviço permite um avanço nas operações de combate aos fogos, fornecendo informação em tempo real e reduzindo os riscos de “perdas humanas e materiais ao possibilitar uma reação imediata das equipas”, afirma o Comunicado.
O FireTrack já foi testado em laboratório, no segundo semestre de 2010, onde os resultados foram positivos, tendo-se também realizado testes no início deste ano no Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais, na Lousã.
Passando para o terreno, em maio, o FireTrack “passou com distinção no teste em campo aberto”, conclui José Carlos Teixeira.
Este projeto foi desenvolvido numa parceria entre a MediaPrimer, com a ISA – Intelligent Sensing Anywhere, o Instituto Pedro Nunes e a Associação para o Desenvolvimento de Aerodinâmica Industrial.

Google compra 1.030 patentes da IBM

Em mais um lance na crescente disputa de patentes entre as empresas de tecnologia, o Google anunciou que está adquirindo um pacote de 1.030 patentes da IBM. O valor do negócio não foi divulgado pelas duas empresas.
O site especializado SEO by the Sea analisou as patentes incluídas no pacote e encontrou uma ampla variedade de tecnologias descritas nelas. Há desde registros de processos de fabricação de chips até algoritmos usados em bancos de dados. Algumas delas podem ter relação com o negócio de buscas do Google. Outras talvez sejam úteis para proteger fabricantes de smartphones com o sistema Android.
Esses fabricantes têm sido alvo de outras empresas, que cobram royalties pelo uso de tecnologias patenteadas. A Microsoft, por exemplo, recebe US$ 5 em royalties por smartphone com Android vendido pela HTC, segundo estimativas do mercado. A empresa de Steve Ballmer também processa a Samsung e deve fechar um acordo com ela que inclua pagamento de royalties. À medida que essa prática se espalha, ela tende a encarecer os smartphones com Android, algo que, obviamente, contraria os interesses do Google.
Mercado aquecido
Quanto à IBM, como outras grandes companhias, ela desenvolve, há décadas, tecnologias que nem sempre se encaixam em sua linha de produtos. Vender as patentes que não terão utilidade na própria empresa é uma maneira de gerar receita e obter retorno do investimento em pesquisas.
A movimentação no mercado tem sido tão intensa que levou ao aparecimento de empresas especializadas em negociar propriedade intelectual, às vezes chamadas, de forma pejorativa, de patent trolls (algo como brutamontes das patentes). Uma delas, a Intellectual Ventures, do ex-diretor da Microsoft Nathan Myhrvold, possui um acervo estimado em 30.000 patentes. Outra dessas empresas, a InterDigital, colocou à venda, neste mês, todo o seu patrimônio de 8 mil patentes. O Google vem sendo apontado como o principal interessado na compra.
Em abril, Kent Walker, vice-presidente sênior do Google, abordou a questão no blog oficial da empresa. “O mundo da tecnologia tem visto uma explosão nas disputas de patentes. Elas envolvem, frequentemente, patentes de software de baixa qualidade, que prejudicam a inovação. Alguns processos são movidos por empresas que nunca criaram nada. Outros são motivados pelo desejo de bloquear produtos concorrentes ou de lucrar com o sucesso dos rivais”, escreveu ele.
O caso Nortel
Walker publicou o post no blog do Google para explicar a participação da empresa no leilão de patentes da Nortel, que fez parte do processo de falência dessa empresa. Na ocasião, o Google apresentou, à Nortel, um enigmática oferta igual ao número pi em bilhões de dólares.
Quem levou o pacote de 6.000 patentes, porém, foi um grupo liderado por Apple e Microsoft, que pagou US$ 4,5 bilhões. Faziam parte do pacote tecnologias de comunicação sem fio, celulares 4G LTE, redes de dados e voz, conexões ópticas, protocolos da internet e semicondutores. Depois da derrota, o Google parece ter encontrado uma alternativa para reforçar seu acervo fechando o negócio com a IBM.
Fonte: Exame

TIMWE prepara-se para ser primeira empresa portuguesa no NASDAQ

A tecnológica TIMWE está prestes a tornar-se na primeira empresa portuguesa a ser cotada no índice Nasdaq e apresentou na quinta-feira o registo à SEC para uma Oferta Pública Inicial, segundo documentos consultados pela Lusa.
Os documentos, que se encontram disponíveis na página do regulador norte-americano, apresentam uma proposta de registo de perto de 13 milhões de ações, num valor máximo individual de 14 dólares, representando um máximo agregado de 181,12 milhões de dólares.
A operação de entrada no Nasdaq deve estar concluída dentro de cerca de um mês, com o Credit Suisse e o Citigroup a atuarem como intermediários financeiros na operação, segundo os documentos entregues à Securities Exchange Commission (SEC).