sexta-feira, 29 de abril de 2011

Marcas de automóveis de luxo encontram oportunidade de ouro no mercado chinês

Os carros de luxo começaram a sua época de ouro na China, o mercado que mais cresce no mundo, segundo os maiores fabricantes que participaram no salão automóvel de Xangai, alguns com encomendas superiores à capacidade de produção.
O director Executivo da Rolls Royce, Torsten Muller-Otvos, não esquece um episódio do salão de 2010 em Pequim, quando um cliente chinês surgiu entre os visitantes do seu stand carregando uma grande mala.
Abriu-a e Muller-Otvos disse que viu “milhões de renminbi”, usando o nome oficial do yuan, moeda chinesa. “Realmente, era inacreditável, ele comprou um Phanton”, modelo top de luxo da marca, que pela primeira vez lançou em estreia mundial um novo modelo na Ásia.
Nenhum saco de notas apareceu durante o salão automóvel de Xangai, que agora terminou, mas o negócio está em crescendo num momento em que a China se tornou o mercado que mais cresce, a nível mundial, para carros de luxo.
A Rolls Royce vendeu, mesmo antes do salão abrir ao público, dois Phantom, com o preço base de 9 milhões de yuans, ou 990 mil euros, e quatro modelos Ghost, por 5,1 milhões de yuans, ou 560 mil euros cada, apesar de um imposto de 145 por cento sobre os veículos importados.
A China superou no ano passado a Grã-Bretanha ocupando o segundo lugar no ranking de vendas da Rolls Royce, atrás dos Estados Unidos.
As vendas totais de carros de luxo na China devem aumentar este ano, para 909.900 unidades, contra 727.200 o ano passado, segundo previsões da IHS Automotive, que acredita que possam chegar a 1,6 milhões em 2015.
Esse crescimento reflecte a explosão de riqueza na economia mundial, segundo o qual tem 115 bilionários, segundo a revista Forbes.
“Há cidades com mais milionários na China do que na Europa agora”, disse à France Press Matthew Bennett, diretor para a Ásia-Pacífico da marca de luxo Aston Martin.
A Ásia é o mercado de maior crescimento para a Aston Martin, e a China ultrapassou o Japão para se tornar o principal mercado para a marca britânica naquela região, com mais de 100 veículos vendidos, número que Bennett espera dobrar em 2011.
A italiana Lamborghini acredita que a China também se vai tornar o seu maior mercado este ano.
China está a gerar ordens de compra mais rápido do que as marcas conseguem produzir alguns modelos e os clientes que vivem em Xangai foram informados que deveriam esperar até 2012 pelas entregas, segundo o China Business News.
Fonte: Económico

A Apple já fatura mais que a Nokia com smartphones

Nokia ainda é a maior fornecedora de smarpthones em volume de vendas, mas perdeu o posto de líder em receita para a Apple no primeiro trimestre deste ano. Segundo levantamento da consultoria Strategy Analytics, a companhia finlandesa vendeu 108,5 milhões de smarpthones, que tiveram receita de US$ 9,4 bilhões, enquanto a Apple vendeu 18,6 milhões de aparelhos, que alcançaram receita de US$ 11,9 bilhões.
Segundo o analista da Strategy Analytics, Neil Mawston, o movimento ocorreu por conta do maior preço médio dos aparelhos da Apple, que também contam com ecossistemas de hardware, software e serviços completamente “proprietários”. Enquanto um smarpthone da empresa americana custa, em média, US$ 638, um aparelho da Nokia custa, em média, US$ 87.
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a Apple registrou maior crescimento, tanto em volume de vendas quanto na receita de sua divisão de aparelhos móveis, do que a Nokia. Ao passo que a fabricante de eletrônicos viu o número de dispositivos vendidos saltar de 8,8 milhões para 18,6 milhões entre o primeiro trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, o volume de vendas da companhia finlandesa cresceu apenas 0,6%, de 107,8 milhões para 108,5 milhões.
A receita da divisão da Apple também cresceu mais de duas vezes do ano passado para este, saindo de US$ 5,3 bilhões para US$ 11,9 bilhões. As vendas da Nokia para o setor saíram de US$ 8,9 bilhões e foram para US$ 9,4 bilhões, alta de 5,6%.
Fonte: Exame

Porsche cria carro “Facebook”

Porsche cria carro para comemorar a marca de mais de um milhão de fãs em sua página no Facebook. Cerca de 27 mil fãs da marca na rede social tiveram seus nomes pintados na lataria da edição especial do 911 GT3 R Hybrid. O carro pode ser encontrado no New York Auto Show e depois irá para o museu da empresa em Stuttgart, na Alemanha.

Um negócio para todos os bolsos e gostos

Venda e compra de ouro e artigos de estética e bem-estar são os franchisings mais procurados em Portugal. O investimento inicial pode variar entre três mil e 450 mil euros
De certeza que já pensou várias vezes em mudar de vida, dizer adeus aos chefes e horários e ser dono do seu próprio nariz . O franchising pode ser uma via para a independência, numa altura em que os despedimentos estão na ordem do dia. A crise, de resto, «é um dos principais impulsionadores da expansão do franchising, uma vez que as pessoas procuram alternativas profissionais e este mercado apresenta-se como uma das principais vias para a criação de emprego», explica Andreia Jotta, directora geral do Instituto de Informação em Franchising (IIF).
O leque de opções é diversificado, quer em termos de sectores, quer de custos: pode ser dono de um negócio investindo apenas três mil euros (nas áreas da reciclagem de consumíveis ou lavagem manual de automóveis por exemplo). Se tiver mais disponibilidade financeira, pode aplicar na abertura de um McDonald s por 450 mil euros. Estes preços, tendo em conta a tendência registada nos últimos meses, devem continuar a descer. «É expectável que continuemos a assistir ao aparecimento de um número cada vez maior de conceitos com baixo investimento, bem como ao reajustamento da proposta de valor de negócios já existentes», consolidando esta tendência que se iniciou em 2009 «e que, sem dúvida, se irá manter, mesmo quando a situação económica melhorar», adianta a directora-geral do IIF.
Prós e contras
Quanto à balança de prós e contras, o maior peso recai nas vantagens. Segundo Andreia Jotta, os empreendedores «beneficiam da mais-valia de apresentarem conceitos vencedores já formatados e testados, das sinergias de trabalhar em rede e de uma economia de escala. Pode ser a oportunidade de fazer parte de uma rede já amplamente reconhecida pelos consumidores, o que oferece ao potencial investidor maior confiança e segurança», explica.
Por outro lado, por serem conceitos já estruturados «a margem para inovação é mais limitada, o que, por vezes, pode originar alguma incompatibilidade entre trabalhar em rede e o perfil do próprio empreendedor», diz.
Ouro e estética no topo
A Optivisão, a 5 à Sec e a Remax mantêm-se no topo das marcas mais procuradas pelos empreendedores portugueses para franchising. Mas as redes de negócio de ouro e de estética e bem-estar foram as que mais cresceram no ano passado. Em 2010 abriram mais 86 unidades da Valores face a 2009, mais 65 da Não+Pêlo e 45 da Depilstyle.
No ano passado surgiram 73 novas marcas de franchising em Portugal – um aumento de 6% face a 2009 – e foram criados 3.600 empregos. No total, o sector emprega actualmente mais de 73 mil pessoas e já representa 570 insígnias, num total de 12.014 lojas em Portugal
O volume de negócios gerado pelas empresas de franchising atingiu 5.472 milhões de euros em 2010, o que corresponde a 3,1% do PIB nacional – um crescimento de 8,5% face ao ano anterior.
Fonte: Sol

quinta-feira, 28 de abril de 2011

As vantagens das WebTVs e WebCasts para as empresas

Anos atrás, apenas as maiores empresas possuíam um website e hoje é inconcebível qualquer empresa sem um bom site.
Apesar de terem surgido há quase dez anos, as formas de comunicação de WebTV – transmissão de uma grade de programação pela internet – e WebCast – transmissão de áudio e vídeo utilizando a tecnologia streaming por meio da internet ou rede corporativa – ainda são adotadas por poucas empresas em sua plenitude no Brasil. Apenas as empresas mais afeitas a tecnologia já aderiram à essas novas ferramentas de comunicação. A minha previsão e expectativa é que esse quadro deve mudar em breve.

Anos atrás, apenas as maiores empresas possuíam um website e hoje é inconcebível qualquer empresa sem um bom site. Assim, no futuro, também será inaceitável um bom website sem serviço de vídeo, que é hoje a forma mais completa de comunicação.

Multinacionais, que precisam se comunicar com um grande número de filiais espalhadas pelo mundo ao mesmo tempo, de forma rápida, eficiente e com custo acessível, já descobriram o potencial das WebTVs e WebCasts. Na área de RH são ideais para realização de treinamentos ou para um discurso do presidente. Na área comercial e de marketing servem para exibição de novos produtos e até para alinhamento de estratégias.

No caso dos WebCasts, os principais benefícios citados pelas empresas são a redução de custos e a maior interação. Diferente de email, carta ou DVD, a transmissão de um vídeo ao vivo permite influência mútua em tempo real, onde é possível argumentar e esclarecer as dúvidas em tempo real.

Claro que o WebCast não substitui o presencial, porém o baixo custo compensa em muitos casos. Por exemplo, uma grande montadora adota atualmente o WebCast quando anuncia um recall. O engenheiro e os mecânicos mostram aos profissionais das Oficinas Mecânicas o que deve ser trocado e como efetuar o recall para todas as concessionárias do país ao mesmo tempo e com a interação dos participantes em tempo real. Ou seja, o custo para fazer isso é muito inferior ser comparado ao gasto para reunir pessoalmente todos ou mesmo enviar um engenheiro para cada região para explicar todo o procedimento do recall.

Com os avanços tecnológicos e ganhos de escala, pequenas e médias empresas podem (e devem) fazer uso dos serviços de WebCast ou WebTV. Muitas fornecedoras desses serviços têm por cultura democratizar a tecnologia e praticam custos bem acessíveis e com altíssima qualidade. Qualquer empresa, micro, pequena, média ou grande pode utilizar desses serviços.

Outro exemplo foi a adoção de WebTV, que aconteceu recentemente no 26º Salão Internacional do Automóvel, no Centro de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP). A Ford fez uma programação completa para exibir aos mais de 4 mil profissionais das concessionárias o que acontecia e o que estava sendo apresentado durante os 11 dias do maior evento automotivo da América Latina.

Sendo assim, não existe motivo para adiar essa imersão no mundo da comunicação multimídia. Sua empresa, seus clientes e seus funcionários agradecem. O melhor momento para começar a oferecer uma WebTV e WebCast é agora, seja para melhorar a comunicação interna com seus funcionários ou externa com seus consumidores. Até pessoas físicas já aderiram ao vídeo. Veja, por exemplo, a explosão do Youtube e da JustinTv.

Conheça as grandes empresas portuguesas espalhadas pelo mundo

Desenvolvem a sua actividade em sectores estratégicos para a economia portuguesa. Conheça as grandes empresas lusitanas do mundo.
Combustíveis, automóveis, engenharia e tecnologia de ponta, pasta e papel, alimentação e distribuição, cortiça. São das maiores empresas portuguesas, com fortes planos de internacionalização. E o negócio lá fora está a correr de vento em popa. Todas elas têm assistido ao crescimento das vendas por via da componente internacional. Enquanto as empresas continuam a investir, o Governo já anunciou a criação de um fundo de 250 milhões de euros para apoiar a internacionalização e as exportações nacionais.
Galp lidera o ranking das maiores empresas com presença internacional
Os dados do Instituto Nacional de Estatísticas colocam a Galp Energia no topo das maiores empresas exportadoras. A empresa conta com uma forte presença internacional em Espanha, Brasil, Angola, Venezuela, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Suazilândia, Gâmbia, Timor-Leste, Uruguai e Guiné-Equatorial.
De acordo com números da empresa liderada por Ferreira de Oliveira, no segmento de exploração e produção o investimento está sobretudo direccionado para o Brasil em especial para campos ‘offshore’, com destaque para o campo Tupi, que recebeu 173 milhões de euros.
Angola é outro mercado importante neste segmento, em que para o projecto de desenvolvimento do bloco 14 foram canalizados 93 milhões de euros, dos quais 52 milhões de euros são relativos ao campo BBLT (Belize, Lobito e Tomboco).
No final de Dezembro de 2010, a Galp Energia detinha 1.436 estações de serviço na Península Ibérica, em que cerca de 44% das estações de serviço situam-se em Espanha, enquanto África acolhe 103 postos de abastecimento da empresa portuguesa.
No que se refere às lojas de conveniência, a Galp conta já com 509 espaços, sendo cerca de metades estavam localizadas no mercado espanhol.
Autoeuropa é a segunda maior exportadora portuguesa
A Volkswagen Autoeuropa exportou 98,6% da produção total, no ano passado. Um volume que faz da fábrica de Palmela a segunda maior exportadora portuguesa, de acordo com o ranking do Instituto Nacional de Estatística. No total foram produzidos 101.284 unidades dos modelos VW Sharan (23.229 carros), Seat Alhambra (10.050 viaturas), VW Eos Cabrio (22.775 unidades) e VW Scirocco (45.230 carros). No ano passado, a VW Autoeuropa registou um volume de negócios de 1.646 milhões de euros, mais 16,7% que no ano anterior. Quanto ao investimento, a empresa diz que aplicou um total de 191 milhões de euros.
Para este ano, a Volkswagen já anunciou que vai aumentar as encomendas à fábrica portuguesa com a condição de uma parte desse volume ser entregue no mês de Agosto. Com esta encomenda, a produção prevista para 2011 passou para 130 mil unidades, em vez das 120 mil previstas no início do ano. Ainda em Abril, a VW Autoeuropa irá contratar 300 trabalhadores temporários com um contrato inicial de seis meses. “A renovação por um período igual ou superior irá depender das encomendas para 2012, bem como do desempenho e assiduidade de cada um”, refere o comunicado da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa.
Efacec está entre as melhores do mundo na tecnologia
A Efacec, grupo electromecânico de capitais portugueses, concorre hoje com as grandes multinacionais do sector, como a Siemens, ABB, Schneider ou Toshiba. A empresa conseguiu impor-se no mundo altamente competitivo da tecnologia, nas áreas da engenharia, transportes e logística e ambiente. E, por isso, nos últimos anos, a componente internacional da empresa acentuou-se, valendo actualmente quase 67% do seu volume de negócios. Em 2010, o grupo ultrapassou a fasquia dos mil milhões de euros de vendas, concretamente 1.035 milhões, e apenas 33% foram geradas em Portugal. A Efacec, que marca presença em mais de 60 países, detém uma unidade de produção de transformadores nos Estados Unidos e prepara-se para investir na mesma área no Brasil. A fábrica dos Estados Unidos é uma aposta no mercado de substituição, com base em tecnologia totalmente portuguesa. O projecto industrial no Estado de Pernambuco deverá arrancar ainda este ano e está orçado em cinco milhões. Recentemente e fruto da sua experiência na área dos transportes, ganhou uma encomenda de cinco milhões para o metro ligeiro de Bergen, na Noruega. A Efacec, detida em partes iguais pelos grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves, é presidida por João Pereira Bento.
Portucel Soporcel contribuiu com 3% do total das exportações para Europa
O grupo Portucel Soporcel é outro grande exportador português. E numa altura em que o aumento de exportações ganham uma importância ainda maior para o desenvolvimento da economia portuguesa, “o grupo mantém-se fortemente empenhado em contribuir para esse desígnio nacional”, admite fonte oficial.
Os dados mais recentes do INE, referentes a Dezembro de 2010, mostram que a Portucel Soporcel representou 3% das exportações nacionais para a Europa. Grande parte das vendas do grupo é conseguida nos mercados externos. Para este volume, o destaque vai para a Polónia com 9% das exportações, seguida muito de perto pela Suíça, com 8%, Itália com 7% e Alemanha com 3%. Também noutros países onde o grupo opera, o peso chegou a ganhar maior relevo. É o caso da Letónia com 48% e da Croácia com 38%.
Fora da Europa, no mesmo período em análise, o grupo liderado por Pedro Queiroz Pereira representou 8% das exportações portuguesas para os EUA, 19% para a Turquia, 18% para a Arábia Saudita e 17% para o Peru .
O valor global das suas exportações cresceu 25% em 2010, para cerca de 1,2 mil milhões de euros. O volume de negócios do grupo cresceu 26,5% para cerca de 1,4 mil milhões de euros.
Polónia representa 55% das vendas da Jerónimo Martins
Nas contas da Jerónimo Martins (JM), a rede de supermercados que o grupo tem na Polónia já factura mais de metade das vendas consolidadas do grupo. Em 2010, a JM trouxe da Polónia 4,8 mil milhões de euros, ou seja, 55% das vendas consolidadas do grupo, que atingiram os 8,7 mil milhões de euros. Líder no retalho alimentar na Polónia, destacado do segundo lugar, é lá que as vendas continuam a crescer mais todos os anos. Enquanto em Portugal, as vendas do Pingo Doce aumentaram 10,5%, na Polónia o crescimento das vendas foi 29,1% em comparação com 2009.
O administrador-delegado da JM, Pedro Soares dos Santos, já intitulou a empresa de “luso-polaca”, estando em cima da mesa da administração a possibilidade de entrar na bolsa polaca. O que está fora do baralho da JM é a mudança de sede para Varsóvia, porque “antes de ser empresário e gestor”, Alexandre Soares dos Santos, ‘chairman’ da JM é “português”, disse recentemente.
Na Polónia, a Biedronka tem já mais de 1.600 supermercados de ‘hard-disccount’ e a intenção é atingir as duas mil lojas em 2012 e as três mil lojas daqui a cinco anos. Mas, com o atingir da maturidade do mercado polaco, a JM está já a estudar dois novos países para entrar depois de 2012.
Amorim elege os BRIC’s como países com potencial de crescimento
“A Corticeira Amorim é uma das mais internacionais empresas portuguesas”, assume fonte oficial do grupo que figura na lista das maiores exportadoras, segundo dados do INE. Hoje a empresa exporta para mais de 100 países, com uma presença directa em dezenas de países de todos os continentes.
Actualmente conta com 28 unidades industriais que processam cerca de 35% da cortiça a nível mundial. Fonte oficial do grupo liderado por António Rios de Amorim afirmou que “a internacionalização surgiu de forma natural e integrada no processo de expansão da empresa.”
Hoje as exportações representam 95,5% das vendas totais do grupo sendo que as rolhas de cortiça são o produto de maior importância na cadeia de valor representando mais de 50% do volume de negócios. A produção de aplicações de cortiça para a construção, assim como aplicações técnicas de compósitos para a indústria aeroespacial ou mesmo design de moda ganham peso.
Questionada sobre a entrada em novos mercados, a mesma fonte explicou que “é importante reconhecer que o crescimento deve ser uma prioridade contínua, pelo que continuaremos a reforçar a aposta em países de elevado potencial de crescimento, como os BRICs.”
Fonte: Económico

Setor de luxo dobra negócios no Brasil no período de 4 anos

A mudança no perfil das classes sociais brasileiras nos últimos anos aponta uma direção promissora para os empresários: o mercado de luxo. O setor, que movimentou R$ 8,4 bilhões no Brasil em 2006, deve chegar próximo ao dobro dessa quantia – por volta dos R$ 15 bilhões, quando as contas com relação ao ano de 2010 forem fechadas. E a previsão para 2011 continua desenhando uma curva positiva para o segmento.
“A tendência continua sendo o crescimento. A evolução do poder aquisitivo dos brasileiros e a disponibilidade de crédito, por exemplo, tornam o mercado promissor”, avalia Antônio Perrella, diretor da GFK Brasil, responsável pelo estudo anual sobre o desempenho do setor.
Uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em setembro de 2010, intitulada “A nova classe média: o lado brilhante dos pobres”, confirma os dados. Segundo o estudo, baseado na última Pesquisa de Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) – realizada em 2009 –, em um ano, 106,5 mil pessoas ingressaram na classe A – com renda familiar superior a R$ 6.329.
Entre 2003 e 2009, 3,2 milhões de pessoas ascenderam ao grupo mais alto de renda que, em 2008, era de 9,2 milhões de pessoas. No mesmo período, outras 3,4 milhões de pessoas passaram para a classe B (renda familiar entre R$ 4.854 e R$ 6.329), que representava 40,4 milhões de pessoas no ano de 2009.
Na Bahia – De acordo com o professor da pós-graduação em marketing da Faculdade Ruy Barbosa, José Hamilton Sampaio, esse também é um mercado crescente na Bahia. “Há dez anos, por exemplo, não havia uma boa casa de vinhos em Salvador. Com a melhoria da empregabilidade no Estado, alguns empresários já estão investindo nesse segmento”, explica o professor da disciplina varejo de luxo.
Dados regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) para a Bahia dão uma ideia da melhoria de renda da população nos últimos anos. O número de pessoas com renda entre 10 e 20 salários mínimos aumentou de 96 mil para 105 mil pessoas entre 2002 e 2009.
“Levamos em conta o rendimento médio, mas nesse grupo tem gente que ganha alguns milhões de reais por mês. Sem contar que outros beneficiários como esposas e filhos também usufruem dessa renda. O tamanho do mercado é maior do que o número de pessoas de fato”, alerta o coordenador de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Joilson de Souza.
Quem confirma o bom momento vivido pelo mercado de luxo na Bahia é a sócia do Manihi Spa Urbano, inaugurado há cinco anos nas Alamedas das Espatódias, em Salvador. Com a oferta de serviços que vão desde a estética até a nutrição, o empreendimento, que tem foco nas classes A e B, conta com preços entre R$ 40 (salão de beleza) e R$ 1.900 por sessão de tratamento a laser.
“Conseguimos dobrar o nosso faturamento no último ano”, comemora a sócia Juliana Seroldi, que conseguiu recuperar o investimento inicial de R$ 1 milhão em menos de três anos. O segredo? “Tem que ter manobrista, ar-condicionado, cappuccino, chá, sequilhos. Os clientes adoram esses mimos”, revela.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Apple deve lançar serviço de música on-line antes do Google

A Apple completou o desenvolvimento de um serviço on-line de armazenagem de música e deve lançá-lo antes do Google, cujos esforços no segmento enfrentam um impasse, de acordo com diversas fontes conhecedoras dos planos de ambas as companhias.
Os planos da Apple permitirão que os clientes da iTunes armazenem suas canções em um servidor remoto e as acessem de onde quer que tenham conexão via internet, disseram duas dessas pessoas, que pediram que seus nomes não fossem revelados.
Criadora do iPhone e do iPod, a Apple ainda não assinou licenças para o novo serviço e as grandes gravadoras esperam obter acordos antes que o serviço seja lançado, de acordo com três das fontes. A Apple não informou aos parceiros musicais quando pretende lançar o serviço de armazenagem musical, disseram.
A Amazon lançou um serviço on-line de armazenagem de música em abril, sem acordos de licenciamento com as gravadoras, o que gerou ameaças de processos judiciais de parte de algumas delas. A Amazon alegou que o serviço Cloud Drive não precisa de licenças e que os arquivos transmitidos pelos usuários para a nuvem pertencem a eles.
Mas, na semana passada, a companhia negociou com algumas gravadoras em busca de acordo para um serviço de armazenagem novo e mais sofisticado.
A Amazon lidera o mercado de aparelhos de leitura digital e Apple e Google concorrem em plataformas móveis como celulares inteligentes e tablets.
O Google deveria ter lançado um serviço de música como parte de seu sistema operacional Android para celulares já no Natal passado.
“Mas eles não param de mudar o que estão pedindo”, disse o executivo de uma gravadora.
Duas das fontes disseram que o Google desejava originalmente lançar um serviço básico de armazenagem e uma loja parecida com a iTunes. Nas últimas semanas, a empresa começou a estudar opções de licenciamento para um serviço de música por assinatura, informaram.
Executivos da indústria fonográfica mencionam as mudanças no comando do Google como possível motivo para a incerteza da empresa quanto à estratégia musical.
Em 1º de abril, o cofundador Larry Page se tornou presidente-executivo do Google, e Eric Schmidt se tornou presidente do conselho. Andy Rubin, o encarregado da divisão Android, comandou a maior parte das negociações iniciais com as gravadoras.
Fonte: Folha

Os passos para internacionalizar o seu negócio

Se está a pensar dar o primeiro passo no mercado externo, saiba qual o apoio que melhor se adapta ao seu negócio.
O aumento das exportações e a internacionalização são a melhor forma de Portugal sair da crise, aumentando o produto interno bruto, diminuindo o défice comercial e criando emprego. E são muitos os apoios à internacionalização à disposição das empresas portuguesas, desde os sistemas de incentivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) aos protocolos entre o Estado e várias instituições bancárias, passando pelas faladas linhas de crédito PME Investe, as linhas de apoio à internacionalização de patentes, a garantia mútua e os seguros de créditos, entre muitos outros.
O Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, do QREN, visa o apoio a projectos de investimento que contribuam para a promoção da competitividade das empresas através do aumento da produtividade, da flexibilidade e da capacidade de resposta e presença activa das PME no mercado global. Podem ser beneficiários destes incentivos, empresas, associações empresariais, entidades públicas e entidades do Sistema Científico e Tecnológico.
No domínio da promoção internacional, o incentivo abrange o apoio a acções de prospecção e presença em mercados externos, designadamente, prospecção de mercados, participação em concursos internacionais, participação em certames internacionais nos mercados externos e acções de promoção e contacto directo com a procura internacional, bem como acções de promoção e marketing internacional, nomeadamente concepção e elaboração de material promocional e informativo e execução de programas de marketing internacional.
No QREN são despesas elegíveis, designadamente, alugueres de equipamentos e espaço de exposição, contratação de serviços especializados, deslocações e alojamento e aquisição de informação e documentação específica relacionadas com a promoção internacional enquadradas no âmbito das acções referidas.
As empresas podem concorrer a este apoio com um projecto individual, conjunto, de cooperação e projecto simplificado de inovação (Vale Inovação). A despesa mínima elegível por projecto é de 25.000 euros (excepto para Projectos Simplificados de Inovação – Vale de Inovação). O apoio traduz-se em incentivo financeiro não reembolsável, correspondente a uma taxa base máxima de 40% das despesas elegíveis, a qual poderá ser acrescida das majorações previstas.
Linhas de crédito
As linhas de crédito à disposição dos empresários são muitas. Por exemplo a destinada ao mercado marroquino tem uma dotação de 400 milhões de euros. Esta visa aprofundar a cooperação bilateral, entre Portugal e o Reino de Marrocos, através do reforço das parcerias empresariais no desenvolvimento de projectos de interesse comum. São enquadráveis as operações de exportação de serviços, ou simultaneamente, de bens e serviços de origem portuguesa; operações de exportação de bens de equipamento e intermédios de origem portuguesa considerados necessários ao desenvolvimento dos projectos de interesse comum e despesas locais relativas às operações referidas, até um máximo de 20% do valor do contrato entre o exportador e o importador, podendo ser autorizada uma percentagem superior no caso da construção civil.
Outro instrumento disponível, e muito interessante para as empresas, são os seguros de créditos da Cosec. É uma modalidade de seguro que tem por finalidade cobrir os riscos de não pagamento nas vendas a crédito de bens e/ou na prestação de serviços, efectuadas no estrangeiro.
O apoio traduz-se na emissão de uma apólice de seguro de créditos mediante a qual, o exportador português poderá cobrir os riscos associados à empresa importadora (riscos comerciais) ou ao país de importação (riscos políticos/extraordinários), quer ocorram na fase de preparação da encomenda, quer após a sua expedição. Os créditos abrangidos podem ser de curto, médio ou longo prazos.
O conceito de seguro de créditos à exportação inclui o princípio da globalidade pelo que o segurado deverá solicitar limites de garantia para todos os clientes externos a quem venda a crédito, ficando seguro até aos limites aprovados. Além do risco de mora do devedor, estão prevenidos, se ocorrerem antes da mora, os riscos de: falência judicial, concordata ou moratória; insuficiência de meios do devedor comprovada judicialmente ou simplesmente reconhecida pela Cosec e a recusa arbitrária do devedor em aceitar os bens/serviços encomendados.
A percentagem de cobertura pode ir até 90% do crédito garantido no mercado externo, em função do país e a taxa de prémio varia de acordo com a aplicação de diversos critérios e é definida após estudo da carteira de clientes do potencial segurado – nos riscos de natureza comercial situa-se, em regra, num patamar inferior a 1% sobre os montantes seguráveis.
Que apoios existem?
QREN
Apoia projectos de investimento que contribuam para a promoção da competitividade das empresas através do aumento da produtividade, da flexibilidade e da capacidade de resposta e presença activa das PME no mercado global.
Aicep/bancos
Colaboração entre a Aicep Portugal Global e os bancos protocolados para o desenvolvimento e concretização de iniciativas e instrumentos que contribuam para a crescente internacionalização das empresas portuguesas, para o aumento das exportações nacionais de bens e serviços, para o fomento do investimento empresarial e para o reforço da competitividade e da imagem das empresas nacionais lá fora.
Linha de crédito Moçambique
Dotada com 400 milhões de euros, aprofunda a cooperação bilateral, entre Portugal e a República de Moçambique, através do reforço das parcerias empresariais na execução de projectos de interesse comum, contribuindo para o desenvolvimento económico e social sustentável de Moçambique, em particular no apoio ao financiamento de projectos integrados no respectivo Programa Nacional de Desenvolvimento.
Capital de risco
Financia projectos de arranque, expansão, modernização, inovação, internacionalização, aquisição de um negócio e reestruturação/reforço da capitalização das empresas e de desenvolvimento, através da gestão de fundos de capital de risco.
Promoção de vinhos
Este apoio pretende apoiar a competitividade do sector vitivinícola nacional, em especial a promoção do vinho e produtos vínicos no Mercado Interno, através da realização de acções de valorização da imagem e da qualidade dos vinhos e produtos vínicos obtidos no território nacional e de informação e educação sobre o consumo de bebidas alcoólicas do sector vitivinícola. Pretende-se uma maior eficácia na utilização dos fundos públicos provenientes da receita da taxa de promoção cobrada sobre os produtos vínicos, bem como o desenvolvimento de sinergias entre os diversos intervenientes na promoção.
Fonte: Económico

terça-feira, 26 de abril de 2011

Google lança serviço de compras coletivas

O Google anunciou nesta quinta-feira o lançamento do Google Offers, site de compras coletivas nos moldes do Groupon e do Peixe Urbano. O serviço, que promete descontos de até 50% em produtos dos mais diversos segmentos, por enquanto, só está disponível nas cidades de Nova York, Portland, Oakland e São Francisco.
Em comunicado oficial, a empresa declara que a iniciativa faz parte do esforço de criar que ofereçam grandes oportunidades aos consumidores e ajudem a conectar clientes e prestadores de serviço. Ainda há previsão sobre quando será possível utilizá-lo em outras localidades.

Cresce o número de milionários na China

Um estudo preparado pela consultoria Bain & Company em colaboração com o China Merchants Bank projetou que o número de chineses que detêm mais de 1,5 milhão de dólares em ativos para investimento deve aumentar para 585 mil. Trata-se de quase o dobro da projeção de 2008. O estudo também registrou que fortunas acima de 15 milhões de dólares foram as que mais apresentam crescimento ao logo do período analisado. “A criação de riqueza na China está em franco crescimento”, disse Johnson Chng, chefe de serviços financeiros da Bain & Company.
De acordo com o estudo, o maior número desses indivíduos está nas cidades de Guangdong, Xangai, Pequim, Zhejiang e Jiangsu, com mais de 30 mil milionários em cada. Se comparada à pesquisa de 2009, houve uma diversificação dos meios de administrar a riqueza. Investimentos alternativos sofreram alta de 5,4%, além de crescimento de 5,3% em aplicações em ações e fundos de investimento. Houve uma queda de 7,4% nos investimentos em dinheiro e depósitos e também em propriedades, que decaiu 4,3%. Dos 2.500 mil entrevistados para a pesquisa, 81%  afirmaram que planejam diversificar seus investimentos no futuro, sendo que 44% deles pretendem aumentar os níveis de risco. Além disso, os bancos privados também se tornaram mais confiáveis para este público. Enquanto em 2009 apenas 15% citou os bancos privados como canal de investimento, este número subiu para 45% na pesquisa mais recente.
Fonte: Veja

Crise? Portugueses são dos que gastam mais quando viajam

Os portugueses mantêm a tendência para serem dos mais gastadores quando fazem férias fora do seu país, e pelo contrário são dos que pagam menos por alojamento «cá dentro», indica um estudo Hotéis.com.
Segundo o estudo, quando viajam para o estrangeiro, os portugueses gastam em média 116 euros por quarto por noite, situando-se portanto em quarto lugar neste ranking, o que demonstra que não hesitam em gastar um pouco mais quando vão de férias «para fora».Os portugueses encontram-se apenas abaixo da Rússia e dos Estados Unidos (em primeiro lugar, com uma média de 121 euros por noite), e do Japão (com um gasto médio de 117 euros). Todas as restantes nacionalidades gastam menos em alojamento do que os portugueses quando viajam para o estrangeiro, sendo que os sul-africanos são os mais poupados, pagando apenas uma média de 66 euros por quarto por noite.
Por outro lado, quando viajam para destinos dentro de Portugal, os portugueses são dos que gastam menos, demonstrando que procuram as melhores promoções e relações qualidade/preço.
Desta forma, encontram-se em 15º lugar no ranking de preço médio por quarto noite quando ficam no seu próprio país, com uma média de 86 euros.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Vendas de computadores sofrem com “efeito iPad”

Dados divulgados nesta semana mostram que o mercado de computadores está sofrendo com a competição com os tablets como o iPad, da Apple. No primeiro trimestre de 2011, as vendas mundiais de PCs caíram pela primeira vez em mais de um ano.
De acordo com a consultoria IDC, as vendas caíram 3,2% nos primeiros três meses do ano, enquanto a medida do instituto Gartner indica uma queda de 1,1%, para 84,3 milhões de unidades.
Mikako Kitagawa, analista do Gartner, diz que os computadores mais baratos, que estimulavam o crescimento do mercado nos últimos anos, não têm mais o mesmo efeito.
– Em vez disso, os consumidores foram atraídos para os tablets e outros aparelhos eletrônicos.
Kitagawa diz que há uma relação direta entre o lançamento do iPad 2, que chegou ao mercado em março, e a queda no interesse pelos computadores.
– Com o lançamento do iPad 2, mais consumidores compraram um aparelho alternativo ao computador ou simplesmente adiaram a decisão de comprar um PC. Estamos investigando se essa tendência vai ter um efeito de longo prazo no mercado de PCs.
O IDC é mais cuidadoso nessa relação. Para Bob O’Donnell, vice-presidente do IDC, diz que há outros fatores envolvidos.
– Apesar de ser tentador culpar os tablets pela queda no mercado de PCs, nós achamos que outros fatores, como uma maior vida útil dos computadores e a falta de lançamentos nesse mercado, tiveram papeis igualmente importantes.
Para Jay Chou, analista do IDC, com o aumento da capacidade dos tablets e dos netbooks (computadores voltados para o acesso à internet), os fabricantes de PCs vão ter de dar novas motivações aos consumidores para que eles paguem mais caro por uma máquina.
Fonte: R7

Computador do futuro terá circuitos de luz

Quando a americana Michal Lipson começou seus estudos em fotônica do silício há dez anos, poucos na comunidade científica a levaram a sério. A ideia de substituir os elétrons por fótons (porções minúsculas de luz) no transporte de dados dos processadores era extravagante demais, segundo conta a própria pesquisadora.
Por insistir no trabalho, Lipson figura entre os pioneiros nessa área e é um dos nomes mais respeitados entre os especialistas que estão desenvolvendo o novo paradigma da arquitetura de hardware. Seu objetivo é chegar ao computador com componentes fotônicos, tecnologia que permitirá retomar o ritmo do aumento de velocidade dos processadores e tornar possível a construção de objetos de ficção científica, como mantos de invisibilidade.
A cientista possui fortes laços com o Brasil, onde morou até os 19 anos. Ela é filha de Reuven Opher, professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) e coordenador do Projeto Temático “Nova Física no Espaço – Formação e Evolução de Estruturas no Universo”, apoiado pela FAPESP. Lipson é irmã da astrofísica Merav Opher, professora da Universidade George Mason, também nos Estados Unidos, que investiga a evolução de ondas de choque e camadas não-lineares de plasma associadas ao vento solar.
Lipson fez os dois primeiros anos de graduação em física no Instituto de Física da USP, curso que concluiu em 1992 no Instituto de Tecnologia de Israel (Technion), instituição na qual também fez o mestrado e o doutorado em física. Entre 1999 e 2001, fez pós-doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), nos Estados Unidos, onde desenvolveu com o professor Lionel Kimerling trabalhos em fotônica do silício.
Desde 2001, é professora na Universidade de Cornell, onde coordena o grupo de nanofotônica da instituição (Cornell Nanophotonics Group, CNG). Em 2010, foi condecorada com o MacArthur Fellows Program, premiação de US$ 500 mil destinada a talentos promissores em diversas áreas.
Lipson esteve entre os conferencistas convidados para o Workshop Fotonicom/Cepof, realizado em novembro de 2010 em Atibaia (SP) e organizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Fotônica para Comunicações Ópticas (Fotonicom) e pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica de Campinas (Cepof), ambos apoiados pela FAPESP. Confira, a seguir, a entrevista com Lipson.
A eletrônica permitiu a construção dos processadores presentes nos mais diversos dispositivos – desde relógios de pulso até os supercomputadores. O que a fotônica pode oferecer neste momento?
A eletrônica atual já encontrou seus limites. A lei de Moore, que estimou que, a cada 18 meses, os processadores dobrariam de capacidade, era observada até alguns anos atrás. Porém, hoje, ela não se verifica mais. Ao comprarmos um computador novo, hoje, ele terá capacidade muito próxima à de uma máquina fabricada há dois anos. Ou seja, a teoria de Moore está estagnada e a óptica pode abrir as portas para que essa revolução proporcionada pela microeletrônica possa continuar.
Qual é a limitação da eletrônica?
O problema está basicamente na dissipação de energia. Os fios elétricos esquentam e dissipam muita energia quando transportam os elétrons a longa distância. E longa distância, para os elétrons, significa passar de um lado para outro do próprio chip, algo como 1 centímetro, por exemplo. Chamamos isso de interconexão longa. E é justamente nesse ponto que a óptica tem muito a contribuir.
Como a óptica resolve esse problema?
Diferentemente dos fios elétricos, os dutos de luz não dissipam energia, ou seja, não há perdas.
A fotônica pode substituir totalmente a eletrônica?
Não. Os circuitos do futuro serão construídos por meio da integração entre fotônica e eletrônica. A eletrônica ainda é muito eficiente no processamento de informações e há espaço para novas tecnologias nesse ponto. Por isso, o processamento ainda será eletrônico. O problema que estamos enfrentando está na transmissão dessa enorme quantidade de informação numa velocidade muito alta, um processo que dissipa bastante energia.
Essa transmissão de dados ocorre no interior do processador?
Esse transporte de dados ocorre também entre os componentes microeletrônicos do computador, como entre a memória e o processador, e entre um processador e outro. Esse processo todo influencia na velocidade da máquina. Por isso, o computador, num futuro próximo, terá componentes eletrônicos com conexões ópticas. Dentro de dez anos, teremos máquinas funcionando com luz em seu interior.
Quais são os desafios para chegar a essa nova geração de computadores?

Basicamente, conseguir a interação entre eletrônica e a fotônica. O trabalho do nosso grupo de fotônica do silício foi importante por ter demonstrado que essa interação é possível. Mostramos que é possível fazer fotônica utilizando a mesma tecnologia da microeletrônica e as futuras máquinas poderão utilizar a mesma plataforma usada hoje.
Como começaram as pesquisas em fotônica do silício?
Essa área foi iniciada por vários cientistas no mundo. Meu grupo em Cornell foi um dos pioneiros. É uma área nova. Os primeiros artigos científicos foram publicados em 2004 e tratavam de moduladores de silício. Meu grupo demonstrou o primeiro desses dispositivos.
A eletrônica e a fotônica já estão interagindo?
Estamos muito perto disso. É importante ressaltar que, em 2004, havia pouquíssimos grupos de pesquisa trabalhando com fotônica do silício. Quando comecei a minha carreira em Cornell, em 2001, era muito comum eu ser questionada durante as minhas palestras com perguntas como: “Por que você pesquisa essa coisa maluca?” Hoje todas as maiores universidades do mundo investigam fotônica do silício, assim como as grandes empresas mundiais do ramo de microeletrônica. Estamos falando de IBM, Intel, Motorola e vários outros gigantes que investem pesado no desenvolvimento da fotônica.
Já existem experimentos bem-sucedidos dessa integração entre fotônica e eletrônica?
A Intel demonstrou, recentemente, um importante avanço nessa integração. A IBM está envidando grandes esforços nesse sentido por meio de uma parceria com o MIT. O nosso grupo em Cornell está entre os mais fortes nessa pesquisa e eu acredito que, em dois anos, ou até menos, teremos uma demonstração da eletrônica conversando com a fotônica e fazendo uma comunicação de dados. Atualmente, o que temos são componentes individuais que trocam sinais entre eles. Meu grupo realizou um experimento que enviou um sinal elétrico que passou da eletrônica para a óptica e depois fez o sentido inverso, da óptica para a eletrônica. Isso a gente demonstrou no chip. O que falta é integrar todos os componentes – processadores, memória etc., simultaneamente.
Esse seria o novo paradigma da arquitetura de computação?
Sim. Há outras tecnologias para o futuro, como o computador quântico. Mas ainda é para um futuro mais distante e ele não servirá para todas as aplicações. Ele não deverá substituir completamente a tecnologia computacional, pois será adequado a tarefas muito específicas e só para o processamento de dados. Portanto, a fotônica é a melhor candidata para a próxima tecnologia de computação na área de transmissão de informação.
Quais seriam as outras aplicações da fotônica?
Agora que estamos conseguindo fazer uma fotônica em chips e com alta qualidade, muito superior ao que tínhamos há dez anos, abriu-se caminho para várias outras aplicações. Uma delas é a biofotônica, aplicação que lança mão de ferramentas de análise de estruturas biológicas, como as pinças ópticas, e também em terapias. Além dessa, o setor de telecomunicações está entre os mais beneficiados pela fotônica. Ela permite a redução do chamado custo por bit, ou seja, torna-se cada vez mais barato transportar grandes volumes de informação. Também a manutenção é mais barata, pois não há necessidade de controle de temperatura da rede e outras limitações próprias da eletrônica.
Quais outras possibilidades que a fotônica poderá proporcionar?
Nossa equipe começou a trabalhar no desenvolvimento de um tecido de silício que desvia a luz. O objetivo é gerar invisibilidade. Começamos a fazer isso com objetos minúsculos para que, um dia, seja possível provocar esse efeito em maior escala. A divulgação dessa pesquisa em 2010 provocou grande repercussão.
Como funciona esse mecanismo de invisibilidade?
A ideia é cobrir o objeto com um manto, mas não queremos que esse tecido seja percebido. Só enxergamos um objeto porque os raios de luz que batem sobre ele são refletidos e alcançam os nossos olhos. Para gerar a invisibilidade, precisamos captar os raios de luz e desviá-los ao longo da capa, sem permitir que a luz interaja com o tecido. Assim, poderemos esconder qualquer objeto sob ele. Conseguimos esse efeito com peças minúsculas utilizando componentes fotônicos. Num futuro bem mais distante, acredito que será possível esconder grandes objetos com o auxílio da fotônica.

Fonte: Exame

Casa Branca propõe melhorar segurança de transações online

A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira um plano que busca impulsionar a confiança nos negócios do ciberespaço através da criação de uma identificação única e segura.
“Com transações online mais confiáveis e com uma melhor proteção da privacidade, evitaremos crimes custosos, renovaremos a confiança das empresas e dos consumidores, e impulsionaremos o crescimento e a inovação“, disse o presidente Barack Obama em comunicado.
“É por isso que esta iniciativa é tão importante para nossa economia”, completou o presidente.
A Estratégia Nacional para Identidades Confiáveis no Ciberespaço (NSTIC, da sigla em inglês) propõe a criação de identidades online seguras e confiáveis, disponíveis para os consumidores que quiserem utilizá-las.
O projeto seria instrumentado pelo setor privado e a participação seria voluntária
Fonte: Económico

Tablets são mais usados para jogos, informação e e-mail

Usuários recorrem mais a este equipamento à noite e ao fim-de-semana; já está a provocar desinteresse por computadores.
A janela que os tablets rasgaram abre-se a cada dia que passa, mas os estudos ao consumo e ao uso de dispositivos ainda não conseguem acompanhar com rigor a tecnologia que analisam.
Contudo, um inquérito levado a cabo nos Estados Unidos da América pela plataforma adMob, no mês passado e junto de 1430 utilizadores, antecipa as primeiras tendências de consumo: mais de 84% dos inquiridos recorre aos tablets para jogar, seguido da procura de informação, com 78% dos utilizadores, e, a apenas quatro pontos percentuais abaixo, para consulta do e-mail.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Carros de luxo não vão em crises

Os tempos são de contenção, mas esta não chega aos topos de gama do sector automóvel.
Pelo menos a avaliar pela notícia publicada hoje pelo “Wall Street Journal”, segundo a qual as vendas de carros de luxo dispararam no primeiro trimestre de 2011, impulsionadas pela procura em mercados como a China e uns Estados Unidos em franca recuperação.
Marcas como a Mercedes, a Audi ou a BMW, viram as suas vendas crescer, respectivamente, 13%, 18% e 21% só nos primeiros três meses deste ano e mostram-se optimistas quanto aos prováveis números recorde que esperam atingir no final do ano.
Só a BMW vendeu um total de 321.175 carros, durante o período em análise, sobretudo graças à crescente procura dos modelos Série 5. Segundo o “WSJ”, a marca espera ultrapassar os 1,5 milhões de unidades vendidas no final do ano.
Fonte: Económico

Compras online são um bom negócio?

Descontos de mais de 50 por cento são um negócio em expansão para as empresas que vendem estas promoções e uma oportunidade para os consumidores.
Jantares, massagens e experiências com descontos de mais de 50 por cento são um negócio em expansão para as empresas que vendem estas promoções e uma oportunidade para os consumidores, que acabam por poupar algum dinheiro.
São cada vez mais as pessoas que recorrem a este tipo de sites de compras colectivas, em que todos os dias há promoções específicas para cada cidade do país e cuja duração é de 24 horas.
«Por dia, há sempre duas ou três promoções e as pessoas compram mesmo que não precisem, se o preço compensar e, normalmente, compensa mesmo», conta Rita Pires, cliente assídua da Groupon, uma das mais conhecidas empresas a operar em Portugal, além da LetsBonus, da GoodLife e do ClubeFashion.
Uma das recentes compras foi um conjunto de sessões de depilação a laser, com um desconto de 70 por cento. «Agora até estou desempregada, mas vi uma oportunidade na Groupon: tinham uma coisa que custava 200 euros por 60 e comprei porque sei que é uma boa oportunidade».
O que pode ser enganador?
Rita reconhece que «é enganador» porque o consumidor acaba por comprar coisas de que não precisa só porque o preço é atractivo. Licenciada em Publicidade e Marketing, sabe que «as pessoas compram muito por impulso e depois até se esquecem que compraram», confessando que já deu por si a contar todos os vales de jantares que tinha para usufruir.
O desconto pode ser de «mais de metade» mas, alerta, «é preciso ter atenção com a alfândega», um problema que não se coloca no caso das encomendas europeias. «Uma vez mandei vir uns ténis dos Estados Unidos que ficavam muito mais baratos (do que se comprasse em Portugal) mas depois paguei um balúrdio na alfândega e assim já não compensa», garante.
A crise parece não afectar as empresas de compras colectivas online: a LetsBonus, por exemplo, passou dos cerca de três mil utilizadores registados em Outubro, altura em que se lançou no mercado português, para os mais de 237 mil que agora tem, o que representa «um crescimento exponencial», segundo Feliciano Grosso, responsável de Marketing da empresa.

Publicidade no Facebook está 40% mais cara

Com a popularidade em alta, o Facebook ficou mais caro. Segundo o site All Facebook, a empresa de Mark Zuckerberg aumentou em 40% o valor dos anúncios que veicula nas páginas dos seus usuários.
Segundo a notícia, embora a taxa seja global, deve haver uma flutuação de acordo com a realidade de cada região.
Certo mesmo é que, caso seja confirmada a alta, a rede pode dobrar sua receita até o fim do ano. Os números registrados pelo Facebook, ressalta a matéria, se assemelham muito com os do Google, quando estava dando seus primeiros passos.

Apple é a mais inovadora, mas gasta “pouco” em P&D, diz pesquisa

Que a Apple é considerada a empresa mais inovadora da atualidade todo mundo sabe. Mas o que muita gente pode desconhecer é que, se comparada com as empresas que mais gastam com pesquisa e desenvolvimento, a companhia chefiada por Steve Jobs economiza bastante. É isso o que aponta a pesquisa Global Innovation 1000, da consultoria Booz & Co., que avaliou o desempenho das maiores companhias do mundo no quesito inovação.
O estudo, divulgado recentemente, foi feito com mais de 450 líderes de inovação, de mais de 400 empresas de 10 setores industriais, e diz respeito aos resultados de 2009 das companhias participantes. Sem surpresas, Apple, Google e 3M conquistaram os três primeiros lugares, respectivamente, mesmo gastando bem menos do que as empresas campeãs em investimento.
No ranking das empresas que mais colocaram dinheiro no ramo de P&D, a Apple aparece em 81º lugar, investindo 1,333 bilhão de dólares na área em 2009. Esse valor representa 3,1% do total de vendas da empresa. Enquanto isso, na Roche Holding, primeiro lugar na lista das companhias que mais investem em pesquisa, o gasto foi de 9,12 bilhões de dólares naquele ano, ou 20,1% das suas vendas.
Esses números serviram para mostrar que investimento na área de pesquisa e desenvolvimento não garante resultados, segundo os responsáveis pelo estudo. Tanto não garante que apenas três empresas – Toyota, Microsoft e Samsung – apareceram nas duas listas, a de gastos com inovação e a de resultados positivos na área. Confira ao lado a lista completa das companhias mais inovadoras do mundo, segundo a pesquisa da Booz & Co..
Fonte: Exame

terça-feira, 12 de abril de 2011

Facebook quer criar uma rede social chinesa

Mark Zuckerberg terá firmado hoje um acordo com o Baidu, o maior motor chinês de pesquisa na Internet.
Segundo o site Business Insider, Mark Zuckerberg, criador do Facebook, e Robin Li, presidente do maior motor chinês de pesquisa na Internet, o Baidu, terão firmado hoje um acordo para a criação de uma rede social no país.
Esta não estará inserida no domínio facebook.com, uma vez que o governo chinês proibiu a rede social de Zuckerberg no país. Em vez disso, funcionará como um espaço autónomo.
O projecto só será apresentado, com definição da data de lançamento, depois de ter a permissão do governo da China.
Fonte: Diário de Notícias

7 erros que o Twitter deveria corrigir já

Todo dia, 500.000 novas contas são criadas no Twitter e 140 milhões de tuítes são publicados. Apesar da grande adesão, o serviço está longe da perfeição. Passados cinco anos, atualizações quase mensais ainda não resolveram antigos defeitos da ferramenta mais popular de microblog. Verdade seja dita: a empresa corre para melhorar a qualidade dos seus serviços. Mas o esforço nem sempre sai à altura. Nesta semana, a rede implementou o novo desenho de sua página principal, e, ao fazê-lo, o sistema caiu. Confira abaixo sete melhorias que o serviço continua devendo:
1. Instabilidade
O Twitter já existe há cinco anos, mas seus servidores continuam instáveis. Frequentemente os usuários se queixem de lentidão ou deparam com a famigerada baleia suspensa por passarinhos e o aviso de que a demanda superou a capacidade do Twitter. Os problemas de acesso também afetam outros programas que as pessoas usam para acompanhar a rede social, como Twitter Fox, Hootsuite, Tweetdeck e Twitterfeed. Existem diversos esforços do microblog para amenizar tais interrupções no serviço, mas o principal problema enfrentado pela rede é o crescente número de usuários que ingressam mensalmente na página. O alto volume de conexões requer atualização constante da estrutura de rede, o que já foi feito em 2010.
2. Retuíte
No final de 2009, o Twitter lançou uma ferramenta específica para o retuíte. Mas, ainda hoje, a ferramenta tem um grave defeito: não permite acrescentar comentários. Quando a intenção é postar uma nota junto com a mensagem original, a única opção continua sendo copiar e colar o tweet que será reproduzido, citar o autor e, então, publicá-lo. Apesar dos protestos constantes, nada foi feito até o momento para alterar o recurso, o que mostra que a administração do microblog deve estar “satisfeita” com o seu desempenho.
3. Linguagem
O internauta brasileiro é um dos mais ativos do serviço – “Cala Boca Galvão”, “Dunga”, “Dilma” e “Felipe Melo” foram alguns dos assuntos mais comentados de 2010 –, mas o Twitter não tem versão em português. A rede oferece apenas sete opções de idioma: inglês, espanhol, italiano, coreano, francês, alemão e japonês. Já o Facebook fala 71 línguas, incluindo “inglês de ponta-cabeça” e “inglês pirata”. O microblog abriga profissionais brasileiros que, teoricamente, deveriam auxiliar no processo de tradução. Infelizmente, não existe ainda previsão para que isso aconteça.
4. Histórico

É cada vez mais difícil encontrar tweets antigos. Ao tentar procurar citações no serviço de microblog, o usuário nota que a rede social só exibe posts das últimas semanas ou meses. Pior: quando o usuário faz uma busca por palavras, só encontra resultados da mesma semana. O Twitter já avisou que apaga as mensagens mais antigas, mas sem informar seus critérios ou políticas. Apesar disso, usuários podem utilizar serviços de busca externa para ajudá-los na procura.
5. Trending Topics
A lista dos trending topics frequentemente apresenta termos que a maioria das pessoas não sabe o que são e nem por que estão sendo comentados. Neste momento, por exemplo, são ‘tendências’: Jersey Shore Reunion, ZameronIsSassy e #noonecares. Falta ao Twitter uma ferramenta colaborativa que permita, aos usuários, contribuir com explicações, à maneira da Wikipedia. Esse serviço é, hoje, feito pelo site WhatTheTrend.
6. Aplicativo para Android
Há um mês, o Twitter reformou seu aplicativo para o sistema Android, do Google. Apesar das melhorias, o novo app pode deixar as pessoas confusas. Ao entrar no programa, você depara, não com os tweets mais recentes, como na página do Twitter, mas com os últimos que você leu. Para ver os últimos posts, é necessário rolar a lista de mensagens. Mais uma vez, apesar das críticas, a companhia não apresentou uma solução para o problema. A melhor opção para os usuários é utilizar a versão móvel do site, que pode ser usada em qualquer celular com acesso à internet, por meio do endereço: m.twitter.com.
7. Comunicação
Hoje, a melhor forma de obter informações sobre o que acontece no microblog é seguir as contas oficiais do próprio Twitter. O problema é que elas não são extensivamente divulgadas, o que deixa muitos usuários no escuro. O exemplo mais recente foi a mudança na página principal do serviço que, após apresentar diversos problemas, levou os administradores do site a reverter o desenho oficial do site para uma versão mais antiga, sem explicações claras aos visitantes. Além do blog e das contas oficiais, não existe uma área de avisos detalhando os problemas enfrentados pelo sistema.
Fonte: Exame

iPad está “matando” as vendas de computadores, dizem analistas

Previsões de vendas de PCs caíram de números de dois dígitos antes de lançamento do tablet para apenas 1% no primeiro trimesttre de 2011.
Números divulgados recentemente mostram que o iPad está realmente canibalizando o mercado tradicional de computadores – e os notebooks netbooks em especial. A BusinessWeek publicou que as vendas globais de laptops entraram em colapso, indo de taxas de crescimento de dois dígitos antes do lançamento do tablet para apenas 1% no primeiro trimestre deste ano. E à medida que os analistas diminuírem cada vez mais as previsões de vendas de computadores, a concorrência será ainda mais acirrada entre os fabricantes.
A BusinessWeek descreve como se Steve Jobs e o iPad estivessem mandando “destruição” para Taiwan, causando uma crise tanto para a Asustek quanto para a Acer. Enquanto isso, a BusinessInsider afirma que as vendas no varejo da HP caíram 12% e os rendimentos da Dell diminuíram em 8%.
Como resultado do crescimento mais lento, as estimativas de vendas de computadores estão sendo reduzidas. Em março, a Gartner cortou sua previsão de crescimento de unidades de computadores para 2011 em cinco pontos percentuais, indo de 15,9% para 10,5%, de acordo com informações da CNN. De maneira parecida, o AppleInsider informa que o analista do Deutsche Bank, Chris Whitmore, reduziu sua previsão de crescimento das vendas de computadores de 9% para 4%.
A razão para tudo isso? Sim, você adivinhou. Whitmore estima que cerca de 30% dos donos de iPad estão usando-o como um substituto do laptop, em vez de um aparelho adicional. Analistas da Morgan Stanley também confirmaram essa tendência no último mês de setembro, quando afirmaram que o tablet da “maçã” havia canibalizado cerca de 25% do mercado de notebooks desde que foi anunciado, em janeiro de 2010.
Mas a notícia ainda pior para os fabricantes de computadores é que o mercado de tablets está apenas crescendo mais e mais rápido. Como citado na reportagem da BusinessWeek, o eMarketer estima um crescimento de 178% para os tablets neste ano, com a Apple mantendo em torno de três quartos do mercado (74%).
Talvez a tão falada era “pós-PC” de Steve Jobs já tenha começado. Fabricantes de computadores estão correndo para preparar alternativas para o iPad 2.
Mas apesar de o bom e velho laptop estar definitivamente em queda, não há como tirá-lo da conta ainda. A Gartner espera que as vendas de computadores se recuperem neste ano. O lançamento do Windows 8 também pode ajudar a reviver esse mercado. E os mais recentes processadores amigáveis a laptops, o Llano, da AMD, e o Sandy Bridge, da Intel, já estão conseguindo fazer bastante barulho, talvez até conseguindo aumentar as vendas no setor.
Fonte: IDG Now

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Groupon atinge 10 milhões de cadastros no Brasil

O site de compras coletivas Groupon atingiu a marca de 10 milhões de usuários cadastrados no Brasil, desde o início da operação por aqui em junho do ano passado.
Presente em 44 municípios, a empresa planeja expandir atuação em mais 20 cidades até o fim do ano. Com isso, cobriria 60 municípios brasileiros.
Segundo Florian Otto, CEO do Groupon, a operação da empresa no país está entre as quatro maiores do Groupon no mundo. “Nosso desafio é chegar ao segundo posto ainda neste ano”, diz ela.
Em comemoração à marca dos 10 milhões, o Groupon Brasil afirma estar concedendo descontos de até 90% para as seguintes regiões: São Paulo (capital, ABC, Guarulhos e São José dos Campos), Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu e Londrina.
Fonte: Exame

YouTube será reformulado para concorrer com televisão

A intenção da Google é criar 20 canais de conteúdos exclusivos com qualidade profissional através do portal, divididos em temas como arte e esportes durante várias horas de programação semanal
Por Agência EFE
A gigante Google já começou a trabalhar num projeto para reformular o portal do YouTube com o objetivo de transformá-lo em uma plataforma televisiva na rede com uma programação própria, informou nesta quinta-feira “The Wall Street Journal”.
A intenção da Google é criar 20 canais de conteúdos exclusivos com qualidade profissional através do portal, divididos em temas como arte e esportes durante várias horas de programação semanal e com o objetivo de criar uma audiência estável e vender espaço publicitário. Segundo fontes do jornal americano, os diretores do YouTube querem que as pessoas criem o hábito de assistir ao site da mesma forma que costumam assistir à programação da televisão.
A reforma do site de vídeos prevê um investimento de US$ 100 milhões para a produção de conteúdos de baixo custo projetados especificamente para o formato do YouTube. A decisão da Google chega em um momento que os serviços de vídeos em streaming (sem download) através da internet cresce com força e está mudando a maneira dos espectadores acompanharem seus programas preferidos.
Sites como o “Netflix” nos Estados Unidos, que oferece uma videoteca por uma assinatura de baixo custo, assim como “Amazon.com” e “Hulu.com” são exemplos de modelos de negócio que estão explorando com sucesso o conceito de televisão pela internet como concorrência com as tradicionais televisões a cabo e por satélite. EFE

Google, entre inovação e privacidade

Rostos e placas de carros fotografados pelo Google Street View terão que ser borrados. A decisão do Tribunal Administrativo Federal (TAF) da Suíça relançou o debate sobre a proteção da privacidade.
Em sua decisão, o tribunal deu razão ao responsável federal da proteção de dados, Hans-Peter Thür, que estima que o Google não respeita o direito dos cidadãos à proteção de seus dados pessoais.

O interesse econômico do Google terá que frear o passo diante da proteção da imagem de cada cidadão, julgou o TAF, reiterando a proibição de fotografar um indivíduo sem seu consentimento.
A empresa expressou seu descontentamento com a decisão e já está pensando em apresentar um recurso perante a mais alta corte do país, o Tribunal Federal. Por sua vez, o comissário federal de proteção de dados se diz contente por ter desempenhado um “papel pioneiro” contra o Google Street View.
“Estou satisfeito que a questão de saber se um cidadão andando na rua pode ser alvo de outros serviços online foi respondida”, disse Hans-Peter Thür. Segundo o suíço, “a sentença confirma nossos direitos à imagem. Os atores internacionais devem respeitar as leis da Suíça. As fotos são tiradas aqui, mas são trabalhadas e colocadas online nos Estados Unidos e por isso o Google estava achando que estaria subordinado só às leis dos EUA.”
Gostinho de vitória
A Suíça não é o único país a questionar os procedimentos do Google Street View. Hans-Peter Thür indica que seus homólogos de outros países também estão aproveitando a brecha. Para Thür, “por onde o gigante da internet passa, seus serviços testam os limites legais, infringindo a lei.”
Os responsáveis europeus da proteção de dados, reunidos segunda-feira (4) em Bruxelas, tomaram nota da decisão da Suíça. A francesa Gwendal Le Grand disse à televisão suíça que seu país irá acompanhar de perto a forma como o governo suíço vai aplicar a decisão do tribunal.
Para o alemão Peter Schaar, o veredicto vai obrigar o Google a agir de forma mais responsável. “Eu acho a decisão muito boa. É uma verdadeira vitória para a proteção de dados, certamente será um exemplo para além das fronteiras suíças. As autoridades alemãs de proteção de dados também vão analisar se devemos ir no mesmo sentido em relação ao Google”, declarou à televisão suíça.
O caminho da inovação
Principal ferramenta de busca na Internet, o Google conecta e copia dados desde o início de sua atividade, avançando nos limites da sua tecnologia e da proteção de dados.
Sua ferramenta Google Street View é mais um avanço tecnológico que, desde a sua criação, passou por melhorias e mudanças – como muitas inovações”, diz Marc Pollefeys, professor de informática.
“A única maneira de fazer é tentando”, explica o professor da Escola Politécnica de Zurique, em referência ao modelo de negócios do Google.
“Você vai afinando as coisas aos poucos, melhorando cada vez mais. Só quando elas começam a funcionar é que você vê que as pessoas estão interessadas, que vale a pena investir mais na tecnologia”, explica.
De acordo com Marc Pollefeys, se as empresas tivessem que garantir que seus sistemas são 100% eficazes antes de serem produzidos, a inovação simplesmente não existiria. “Acho que essa é a diferença essencial entre os EUA e a Europa. Nos Estados-Unidos, eles tendem a experimentar coisas para ver se funcionam, afinando-as ao longo do caminho.”
“Metade dos produtos do Google está em fase beta [estágio incompleto]. Eles tentam as coisas rapidamente para ver se funcionam. É uma forma de inovar, eu acho. Assim, pouco a pouco, a tecnologia vai se desenvolvendo.”
Cada um é responsável
A decisão do tribunal suíço também pode causar problemas em termos de aplicação. Outros agentes que o Google tiram fotos contendo um público desinformado. “Os programas de televisão serão obrigados a encobrir os rostos das pessoas em suas reportagens? E as fotos postadas no Facebook ou em sites de fotos como Flickr?”, pergunta Stéphane Koch, consultor em segurança digital em Genebra.
“Isto levanta verdadeiras questões sobre a igualdade da aplicação da presente decisão para os diferentes atores que produzem o mesmo tipo de conteúdo. Espero que chegue um momento em que tais decisões ou jurisprudências tornem-se difíceis de aplicar ou totalmente incoerentes.”
Para Stéphane Koch, o Google fotografa a vista da cidade, mas não intencionalmente as pessoas. E qualquer foto pode ser alterada sob demanda, lembra. No mundo de hoje, cada um é responsável pelo respeito de sua privacidade e intimidade.
“No Facebook, por exemplo, a maioria das pessoas não usa as configurações de privacidade. As pessoas são talvez muito passivas, enquanto que hoje, administrar sua privacidade deriva de uma abordagem proativa. Temos que controlar os instrumentos absolutamente, ao invés de deixar os instrumentos nos controlar.”

Fonte: Swiss Info

41% das empresas têm problemas de segurança de TI

A McAfee divulgou o relatório Panorama de risco e conformidade: 2011, encomendado pela empresa e conduzido pela Evalueserve. A análise revela que 41% das organizações estão desprotegidas contra os riscos à segurança da área de Tecnologia da Informação ou desconhecem esses riscos e 40% estão totalmente inseguras em relação à implementação de contramedidas.
O relatório Panorama de risco e conformidade: 2011 constatou que cerca da metade das empresas planeja investir este ano 21% mais em soluções de risco e conformidade. Em geral, a pesquisa conclui um forte crescimento no setor de risco e conformidade. A maioria dos profissionais da área de TI prefere soluções automatizadas e integradas.
Em relação à conformidade normativa, 75% dos entrevistados têm dúvidas de que a empresa seja aprovada em uma auditoria e mais da metade declarou que já foi reprovada. Nove por cento das empresas indicaram que essas reprovações resultaram em multas emitidas por entidades governamentais ou do próprio setor. Os bancos de dados também estão entre os maiores desafios de infraestrutura em termos de conformidade com exigências legais.
Entre as principais conclusões, 41% das empresas indicaram investimentos em monitoramento da atividade de bancos de dados e 45% das empresas aplicam patches (arquivos utilizados para aplicar correções de programas) semanais em seus sistemas; 49% das empresas declararam que tentam proteger os dados por meio da aplicação de patches em todos os elementos do sistema;84% dos entrevistados sentem que suas empresas e operações comerciais são afetadas por patches inesperados e 37% têm dúvidas de quais ativos precisam de patches quando surge uma nova ameaça.
Em relação aos investimentos, 24% das organizações estão investindo mais de US$ 250 mil anuais em auditores. Já a conformidade é vista como fator determinante dos orçamentos em 25% dos projetos de TI. O relatório mostra que 40% das organizações entram em “modo de emergência” em função da proximidade de uma auditoria normativa, afastando os recursos essenciais das prioridades estratégicas.
Trinta e nove por cento não sabem se são capazes de converter riscos de TI em riscos comerciais. Entretanto 56% das organizações indicaram que a adição de conhecimento de contramedidas às análises de riscos traria o maior benefício. Já 60% dos entrevistados acreditam que cerca de 10% do tempo de inatividade pode ser atribuído a alterações não autorizadas que ocorrem ao longo do ano.
“As empresas estão enfrentando cada vez mais pressão para proteger as informações e a privacidade dos clientes, além de suas próprias informações. Isso gera a necessidade de um grande foco no gerenciamento de risco e conformidade”, declara Stuart McClure, vice-presidente sênior e gerente-geral de Risco e Conformidade da McAfee.
“Conforme demonstra o estudo, as empresas concordam que há necessidade de aprimorar o gerenciamento de riscos por meio da identificação mais adequada de ameaças, vulnerabilidades e contramedidas, assim como a necessidade de melhorar a conformidade com políticas, por meio da automação de controles de TI”, finaliza Stuart.

Android terá 49% do mercado em 2012, diz estudo

Até o final deste ano, o sistema operacional para smartphones Android, do Google, será o mais popular no mundo, de acordo com um estudo divulgado hoje pelo Gartner. Em 2012, o Android estará presente em 49% dos aparelhos, prevê a consultoria.
Para o Gartner, o mercado mundial de smartphones irá atingir um total de 468 milhões de unidades vendidas em 2011, um aumento de 57,7% em relação a 2010. Apesar da liderança do Android (38,5% de mercado em 2011), o segundo lugar será mantido pelo iOS, da Apple, ao menos até 2014, de acordo com as estimativas do instituto, e seguido pelo Symbian, da Nokia (19,2% de mercado em 2011 e apenas 5,2% em 2012), RIM (fabricante do BlackBerry, com 13,4% em 2011 e 12,6% em 2012), Microsoft (5,6%) e outros (3,9%/3,4%).
O declínio do Symbian se deve à parceria anunciada em fevereiro entre Nokia e Microsoft para a adoção do Windows Phone em seus aparelhos. O Gartner diz, em um comunicado oficial, que reavaliou a posição do Windows Mobile para os próximos anos por conta do acordo entre as duas empresas. Em 2012, o Windows Phone deve ter 10,8% de mercado mundial, atingindo 19,5% de mercado em 2015.
O crescimento do Android nos próximos anos se deve à redução de preços por parte dos fabricantes. “Em 2015, 67% dos aparelhos com sistema aberto terão um preço médio de venda de US$ 300 ou inferior, provando que os smartphones se tornaram uma opção popular”, afirmou Roberta Cozza, analista do Gartner.
No final de março, um estudo do IDC indicava a liderança do Android no mercado de smartphones a partir deste ano e o crescimento do Windows Phone para a segunda posição em 2015, à frente do iOS.
Fonte: Terra

Permitir acesso a redes sociais no trabalho é bom para empresas, diz estudo

Um estudo divulgado na Inglaterra afirma que os patrões devem encorajar seus funcionários a acessarem as redes sociais –como o Orkut e Facebook– no trabalho, pois cultivar relacionamentos com colegas e clientes ajuda as empresas.
O responsável pela pesquisa, Peter Bradwell, afirmou que as empresas deveriam abandonar sistemas específicos de compartilhamento de informação e agregar utilidades aos sites de relacionamentos, contribuindo para a produtividade, inovação e o trabalho democrático.
Mesmo assim, o autor afirma ser necessário estabelecer limites para as utilizações fora do trabalho.
“Proibir o Facebook ou YouTube, em qualquer caso, é quase impossível. As empresas podem colocar um tempo limite para a utilização desses sites por dia. A resposta não é encerrar o acesso à rede social pessoal, mas é preciso compreender como podemos administrar os novos desafios”, argumentou Bradwell.
O estudo concluiu que tentar controlar a utilização de sites como o Facebook, que conta com mais de 500 milhões de usuários no mundo, poderia até prejudicar a empresa.
Fonte: Techlider

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mistura de Facebook com Blogger, o Tumblr cresce em ritmo explosivo

David Karp criou a rede de blogs Tumblr em 2007. Na ocasião, ele tinha apenas 21 anos. Hoje, a plataforma de blogs que permite publicar fotos, vídeos e textos de forma descomplicada acumula 16 milhões de blogs e um total de 4 bilhões de posts. Em média, cerca de 30 milhões são publicados a cada dia.
O serviço também permite seguir outros usuários, num ambiente de rede social similar ao do Twitter e do Facebook. Com alguns cliques, é possível republicar ou curtir a publicação de um de seus contatos.
No Brasil, o número de usuários do Tumblr saltou de 253 mil, em fevereiro do ano passado, para 1,9 milhão, em fevereiro deste ano – um crescimento de 750%, segundo a comScore. No mesmo período, o número global de usuários do serviço cresceu 273% e atingiu 22,7 milhões de usuários.Em visualizações de páginas, o crescimento foi de 1.540%.
Nesta entrevista, Karp, que hoje ocupa o cargo de diretor de produto, fala dos diferenciais do serviço em relação aos concorrentes, do ato de bloggar via tablets e smartphones, das falhas frequentes que deixam o serviço fora do ar e da mania dos Tumblrs temáticos.
1 – O que diferencia o Tumblr de serviços de blogs como Blogger e do WordPress?
Eu adoro o WordPress e acho que é uma plataforma incrível, mas nós temos propostas diferentes. O Tumblr possui um tráfego maior de informação devido à sua característica de rede social. Por meio do nosso painel, o usuário acompanha o que outras pessoas estão publicando. Se ele gostar, pode curti-las ou republicá-las com apenas alguns cliques. É um volume maior de posts. Esse é o nosso diferencial.
2 – O fato de as pessoas usarem tablets e smartphones para blogar muda alguma coisa nos blogs?

Nós já temos aplicativos para iPhone, iPad e dispositivos que rodam o Android. Temos tido bons resultados nestas plataformas. Como o ato de bloggar no Tumblr muitas vezes é relacionado ao lazer, com a publicação de fotos e vídeos, os usuários também acessam o painel a partir desses dispositivos em momentos de descontração. É uma prática que vai crescer com a popularização dos smartphones e tablets.
3 – O Tumblr cresceu 1.540% em visualizações de páginas em 2010. É possível manter esse ritmo em 2011?
2010 foi um ano muito bom para o Tumblr. Não temos uma previsão de quanto vamos crescer em 2011. Se continuarmos no mesmo ritmo dos anos anteriores, estaremos indo bem.
4 – Como você avalia a atuação do Tumblr no mercado brasileiro?
Não tenho números específicos sobre o Brasil neste momento. Mas é um dos países onde mais crescemos. Temos uma equipe de profissionais, espalhados em países como Japão, França, Alemanha e Filipinas, que monitoram as tendências locais e estabelecem parcerias com os usuários que mais se destacam. Todos esses mercados têm recebido atenção especial de nosso escritório, incluindo o Brasil.
6 – O Tumblr recebeu 30 milhões de dólares das empresas Sequoia Capital, Spark Capital e Union Square Ventures. Como o dinheiro será aplicado?
Grande parte do dinheiro será investida para ampliar nossa infraestrutura. Eu já gostaria de ter feito essa ampliação seis meses atrás, mas não tínhamos os recursos. Alguns departamentos também estão com equipes menores do que deveriam. Vamos contratar novos designers. Além disso, vamos fazer novas traduções do serviço e continuar promovendo eventos para comunidades segmentadas, como músicos, fotógrafos e videomakers. São pessoas que geram conteúdo e informação para a plataforma.
7 – Nos últimos meses, o Tumblr tem tido interrupções frequentes. Como vocês têm trabalhado para corrigir o problema?
Nós últimos seis meses, nos temos enfrentado um crescimento exponencial para o qual nossa estrutura não estava preparada. Interessantemente, o Brasil é um dos principais desafios atualmente, porque tem se tornado um dos principais pontos de origem de tráfego. Em alguns momentos, até mesmo os picos têm dobrado ou triplicado de tamanho. Isso tem derrubado parte de nossos servidores. Nossa equipe está trabalhando para construir uma estrutura sólida que suporte todo esse crescimento. Isso acontece com todos serviços. Aconteceu com o Twitter e eles até inventaram aquele desenho da baleia para sinalizar as interrupções. As panes já diminuíram bastante e, em breve, serão completamente resolvidas.
8 – Os brasileiros criam blogs que fazem piadas com políticos, divulgam notícias e discutem a Copa do Mundo de 2014. Você conhece os Tumblrs brasileiros?
Sim, claro que conhecemos. Eles são muito populares e possuem um tipo de humor peculiar do brasileiro. E isso é algo que nós queremos entender melhor. Quais são os temas, como eles surgem, como se propagam etc. Todo esse fenômeno é algo novo. São essas pessoas que nós queremos na nossa comunidade.

Fonte: Exame

Empresas rendem-se às redes sociais

O avanço das redes sociais em actividades como colaboração, troca de informações e fonte de pesquisas esgueirou-se com facilidade para o seio das empresas e a sua aceitação rápida e estrondosa apanhou todos de surpresa. No início, eram consideradas fontes de diversão, principalmente por funcionários mais jovens. Mas elas ganharam características profissionais e impactaram o mundo empresarial. Os casos de sucesso provam que já não é possível ignorar as redes sociais.
Algumas empresas entraram neste mundo com acções direccionadas ao atendimento a clientes via Facebook e Twitter. Não demorou para perceberem que as discussões geradas nessas redes sobre a empresa podiam ser usadas de forma estratégica, incluindo para a criação de novos serviços e para um mapeamento mais eficiente do mercado.
O consultor sénior da TGT Consult, Waldir Arevolo, afirma que esse uso convergente de media está-se a mostrar a melhor prática do mercado.  Segundo ele, usar as inovações das redes e aproveitar-se do colectivo para gerar boas experiências “é uma forma de manter a marca sempre em evidência, aprimorar os serviços e impactar os negócios”.
Outro elemento importante que as redes sociais trouxeram foi uma forma mais eficiente e rápida de avaliar a imagem perante os clientes, assim como os resultados de campanhas de marketing. De acordo com o analista da consultora IDC, e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Alexandre Campos, antes as empresas só conseguiam identificar certas tendências relacionadas com a sua marca ou serviços através de extensos estudos de mercado.
“Hoje, o retorno é imediato e o aumento do acesso às redes só vai reforçar isso, principalmente no Brasil”, diz, acrescentando que vale a pena destacar a chegada do Facebook ao Brasil como indicador da importância das tendências do marketing digital e dos negócios na Web 2.0.
As redes também contradizem a ideia de que um alcance abrangente só é viável para grandes empresas, com elevadas quantias para investir. A opinião de especialistas é que elas trouxeram um outro nível de competitividade, reforçando a crença de que entrar nelas, com planeamento, é uma actividade fundamental actualmente.
Seguindo as tendências das redes sociais, a Bolsa de Mercadorias e Futuros Bovespa (BM&F Bovespa) começou a estudar, em 2009, qual seria a estratégia ideal para tirar proveito delas com a meta de popularizar o mercado de acções, que até há alguns anos tinha um público muito restrito. A primeira etapa foi escolher as que tinham mais a ver com a proposta, o que resultou na escolha do Twitter, Facebook, Yahoo Respostas e Orkut.
O Twitter, pela característica de fonte de informações rápidas, passou a ser utilizado para divulgar cursos gratuitos, inscrições, números da bolsa, entre outros. O Yahoo Respostas para responder a questões de utilizadores da rede sobre os temas que dizem respeito à Bovespa. E o Orkut e o Facebook como comunidades: os participantes entram, tiram dúvidas, criticam e dão orientações para nortear a estratégia da Bovespa.
A empresa ainda não tem métricas bem definidas dos resultados, mas já notou um grande retorno em número de seguidores, que formam um público diferente dos que apenas visitavam o site. “Trata-se de um grupo que interage mais e que gera informações importantes. Essa experiência já apoia voos maiores da Bovespa nas redes sociais”, avalia a gestora de Internet da BM&F Bovespa, Renata Martins.
A experiência foi sustentada com o lançamento de uma aplicação que simula a participação no mercado de acções e é uma competição, em que os participantes partilham resultados e conseguem comparar o desempenho com outros amigos. “O objectivo para 2011 é manter esse trabalho e aumentar a abrangência de actuação nas redes, aproveitando as tendências e oportunidades”, diz Renata.
A operadora Porto Seguro também age intensamente nas redes sociais, mas iniciou a estratégia um pouco antes, em 2007, quando a área passou a departamento específico directamente ligado à vice-presidência executiva da organização. O primeiro trabalho foi de monitorização das redes sociais, para o qual se contratou uma empresa especializada.
Este “outsourcing” “foi importante para começar, não tínhamos tanto conhecimento e precisávamos de diagnosticar as redes sociais. Surpreendemo-nos com alguns dados que indicavam como as pessoas se relacionavam com a marca, entre outras informações. A partir daí, traçámos estratégias”, refere o gestor de Canais Electrónicos da Porto Seguro, Rafael Caetano.
O foco inicial era ser forte no atendimento, integrando o processo com o serviço de atendimento ao cliente (SAC) da empresa, cujas solicitações acontecem mais via Twitter. Depois, realizaram acções no Facebook, Orkut, LinkedIn, Twitter e Youtube, incluindo a partilha de vídeos e de fotos relativas a actividades da empresa.
Em relação à tecnologia, usa algumas das principais ferramentas do mercado para monitorizar, o que apoia a equipa interna. Hoje, a Porto já não contrata mais profissionais para esse fim, a menos que precise de um maior esforço pontual, em campanhas específicas.
Para Caetano, a integração das redes sociais com outros medias também traz muitos frutos. Foi o que aconteceu na campanha do Trânsito Mais Gentil, que pedia tolerância no trânsito e tinha como um dos objectivos reduzir o número de sinistros, o que tem impacto directo no negócio da organização.
“A campanha foi disseminada por meio dessa integração e tornou-se um dos nossos casos de sucesso”. Para o futuro, o gestor dos Canais Electrónicos da Porto Seguro vai procurar compreender como as pessoas interagem e se comportam nas redes para ajudar os corretores de seguros a estreitarem o relacionamento com os clientes usando esses canais.
“É importante que o grupo de corretores consiga entender e diagnosticar as necessidades dos clientes pelas redes que não seriam identificadas de outras formas. A Web 2.0 tem esse poder”, afirma.
Tecnologias
O empenho de algumas empresas em atrelar as redes sociais às suas principais tecnologias comprova a procura do mercado. É o caso da Oracle, que trabalha com o conceito de media social no seu middleware. Segundo o consultor sénior de Vendas da Oracle do Brasil, Dênis Abrantes, a ideia é levar todo o conceito das redes sociais para dentro das aplicações, tanto para uso interno quanto para aplicações externas.
O principal discurso da empresa é o da produtividade: com informações disponíveis em tempo real, graças às características colaborativas, o tempo dos processos e das actividades é reduzido sensivelmente. “A intenção é colocar à disposição das empresas todos os recursos das redes em camadas especializadas de software, para que elas sejam aplicadas da melhor maneira para cada organização”, diz Abrantes.
A SAP, seguindo o mesmo caminho, quer aprimorar soluções de busca inteligentes e de análise de conteúdo gerado pelas redes. São ferramentas de monitorização independentes do ERP, que permitem aos utilizadores observar o seu próprio contexto e o dos concorrentes nos media sociais para sustentar as tomadas de decisão.
A organização também se dedica a soluções para integrar as redes sociais como mais um canal de atendimento na estrutura de SAC das empresas, integrada também nas ferramentas analíticas. “A estratégia é oferecer soluções que possibilitem aos utilizadores uma postura pró-activa em toda a rede social, além de avaliar tendências”, diz o arquitecto de soluções SAP, Diego Anunciato.